O PSDB, AVILTADO, DESMORALIZADO, DIVIDIDO, DESESPERADO, DESORIENTADO, MAS NÃO É O ÚNICO PARTIDO FALIDO
HELIO FERNANDES
Houve um
tempo em que os partidos eram realmente representativos e respeitados. 56 anos
depois de protelada, prorrogada e promulgada indiretamente Republica, foi
realizada a primeira eleição direta no país. Apesar dos 15 anos da ditadura, o
povo votou satisfeito, nesse 2 de dezembro de 1945.
Apenas 3
partidos: PSD,PTB,UDN. Entre a derrubada do decrépito e autoritário
"Estado Novo", e a eleição, 33 dias, dificuldade de aglutinação
partidária. Os socialistas não tiveram tempo de registrar o PSB(Partido
Socialista Brasileiro). Se filiaram a UDN, formaram a "Esquerda Democrática",
elegeram 3 deputados, incluindo o mais votado do Distrito Federal,Hermes Lima.
Nos 69
anos decorridos desse 1945 até 2014, a ultima eleição federal e
presidencial, descrédito, desanimo, desesperança, dispersão e dissolução do
sistema partidário. A representatividade aumentou em numero, reduziu em
credibilidade.
Ainda
resistiu 15 ou 20 anos, se transformou no que está aí, um sistema desagregador
e destruidor, cada vez mais longe do povo. A ditadura deixou como herança, o
caos, a discórdia, a desunião e a desavença. E um único objetivo, que
domina os maiores partidos, numericamente,PMDB, PT, PSDB.Ou seja:o
engrandecimento pessoal pela ocupação de cargos, e o enriquecimento ilícito e
sem limites.
Os
quadros que dominaram e dominam as legendas, vieram praticamente todos da forja
corrupta e anti-democrata dos 21 anos discricionários. Lógico, quase todos
desapareceram pela idade,absolvidos e beneficiados pela proximidade com os
generais.
Mas seus
substitutos e sucessores, não rejuvenesceram a política. Pelo contrario,
introduziram e glorificaram o engrandecimento pessoal, e o enriquecimento sem
limites, escandaloso, sem o menor constrangimento, que desprezou a verdadeira e
insubstituível POLÍTICA, colocando no seu lugar, a criminosa, corrupta,
amaldiçoada e dominadora POLITICALHA.
È com
isso que o cidadão tem que conviver agora e nos próximos tempos, seja em
2018 ou em qualquer outra data. Os quadros são praticamente os mesmos, desde a
primeira eleição direta, em 1989. Uma tragédia grega,traduzida para o
português.Vejamos rapidamente.
DE 1989 ATÈ AGORA, SÓ DOIS PARTIDOS DISPUTARAM TODAS AS ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS
Muito
antes de ter fechado a Tribuna impressa, lutava de forma intransigente, pelo
que deveria ser obrigatório e objetivo dos partidos.Ter candidato dos seus
quadros a presidente da Republica. Têm projetos de governo, planos, promessas,
que só podem cumprir, conquistando o poder diretamente com o voto do povo. Se
não vencerem, no segundo turno, apóiam um candidato que se aproxime das suas
convicções.
Mas não é
isso que acontece. Nas 7 eleições presidenciais realizadas de 1989 a 2014, só 2
partidos, PT e PSDB, concorreram a todas as eleições.Os dois, no momento em
terrivel e tormentosa crise interna e externa.
O PMDB
disputou apenas a eleição de 1989, candidato, doutor Ulisses. Fez uma carreira
brilhante, apenas como deputado e presidente da Câmara. Aceitou um acordo de
"oposição consentida", com os generais. Não seria cassado, mas não
poderia de modo algum se candidatar a governador de SP.
Permitiram
que fosse "anti-candidato” em 1974,
com Barbosa Lima Sobrinho de vice. Apenas figuração. Na eleição de verdade,
doutor Ulisses teve 5% dos votos.
O PSDB
disputou sua primeira eleição em 1989, com Mario Covas. 4% do eleitorado.
Elegeu FHC em 1994, por causa do impeachment de Collor e o patrocínio total do
presidente Itamar. Comprou mais 4 anos com o dinheiro de empresários riquíssimos,
que receberam fabulas como recompensa. (Se naquela época já existisse a
Lava-Jato, FHC estaria incluído. Mas isso é outra historia, já escrevi muito
sobre isso,no "retrocesso de 80 anos em 8").
O PSDB
concorreu e perdeu em 2002 e 2010 com Serra. Em 2006 com Alckmin, em 2014 com
Aécio Neves.Agora, Aécio oscila entre uma prisão ou um mandato de deputado.
Alckmin que pretendia a terceira disputa presidencial, terá apenas mandato
tampão dentro do PSDB.
Para
impedir que um senador sem credenciais e um governador desconhecido, se
transformem, irresponsavelmente em presidenciáveis. O PSDB chegou ao fundo do
despenhadeiro ,está completamente fora do mercado eleitoral. E não apenas
presidencial
O PT, INÉDITO: DISPUTOU A PRESIDÊNCIA CINCO VEZES
SEGUIDAS, SEMPRE COM O MESMO NOME
Seu nome,
Luiz Inacio da Silva acrescentou o Lula,
ficou sendo sua identificação oficial, nacional e internacional. Concorreu em
1989, 94, 98, 2002, 2006. Na primeira, descrença geral. Eram 9 candidatos, quem
era muito falado, embora não favorito, era Brizola.
Mas quem chegou ao segundo turno foi ele, o
líder sindical, era praticamente o que sabiam dele. Ganhou de Brizola por
0,44%, foi apedrejado de todas as maneiras. Brizola foi para a fazenda no
Uruguai, voltou, apoiou Lula, não podia fazer outra coisa. O mandato de Collor
foi complicado, houve o impeachment, e a posse do vice legítimo, Itamar.
Ainda não havia reeleição, Itamar tinha apenas 19
meses no cargo. Membros da politicalha, emparedaram Itamar, este respondeu com
a candidatura do senador em fim de mandato, FHC. Não dava para Lula derrotá-lo.
Em 1998, Lula foi contestado pela primeira vez no PT. Um grupo lançou a
candidatura do senador Suplicy.
Conseguiu a legenda, mas ele sabia, não dava para
ganhar da dinheirama oficial e extra-oficial, que abarrotou a campanha do
arrogante e pretensioso FHC. Lula tinha certeza de que não ganharia, mas
precisava garantir a indicação para 2002. Fez a análise perfeita: Suplicy
mesmo derrotado em 98, seria o candidato em 2002.
Com 3 derrotas, Lula chegou ao Planalto fácil
em 2002. Achava que devia ao povo uma grande administração, cumpriu o que
imaginava. 4 anos admiráveis e insuperáveis. A reviravolta aconteceu
inesperadamente tramada e executada surpreendentemente por ele mesmo. De 2006 a
2010 destruiu o passado e o presente, e lançou toda a tragédia, para o futuro
que é agora.
Lula continua participante e com lugar cativo no
espetáculo da sucessão. Só que por culpa exclusiva dele, os fatos não dependem
nem dependerão apenas dele. Ele continua muito bem avaliado nas pesquisas. Mas a
palavra final (para ele finalíssima) depende do Judiciário.
Com uma condenação, a possível candidatura dele,
não perderá espaço. Mas com duas, e isso não está sendo considerado impossível
de jeito algum, ele tem tudo para continuar como ex-Presidente. O PT não se
lembra de nenhuma outra opção que possa ser colocada no lugar do mesmo
candidato, derrotado três vezes e vitorioso em duas.
Mas apesar de tudo, das maiores contrariedades, das
dificuldades alimentadas insuportavelmente, não se pode de maneira alguma,
descartar o seu nome para uma presumida candidatura. Mesmo dividindo o País,
Lula continua visível como personagem em 2018.
No momento, faltando exatamente 1 ano, com uma
sucessão presidencial marcada no calendário de outubro de 2018, impossível
qualquer análise ou comentário, sobre as supostas candidaturas dos mais
diversos partidos, todos eles desgastados, desorientados, desmoralizados.
PS: Lá em cima, falei sobre o Governador Geraldo Alckmin,
que presidenciável em 2006 quer voltar a disputar o Planalto em 2018, 12 anos
depois. È quase impossível para ele, e inimaginável para sua legenda, o PSDB.
Que garantiu a sua candidatura única, apesar de não existir ninguém que possa
garantir até mesmo a sobrevivência desse PSDB.
RECOMPENSA DA CORRUPÇÃO
E
desprezo pela credibilidade, desinteresse pelo que pensa a coletividade. O PMDB
elegeu ontem quase á noite, o presidente da Comissão de Ética da Alerj. O ex-
presidente, deputado Albernassi, ia para o TCE, mudou de endereço, foi para
Benfica.
Alem
disso, o mesmo corruptissimo PMDB, ganhou a Comissão de orçamento. Em
suma: tem agora o poder de punir e de movimentar todos os recursos.
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