A IMAGEM DO VESTAL TEMER, ENLAMEADA NO PORÃO DO PALÁCIO
HELIO FERNANDES
Desde o
dia em que numa carta que ele mesmo divulgou, e na qual se confessava
"vice decorativo", até a terça feira cinzenta, uma longa trajetória.
Sempre se proclamando intocável e sem macula, mas invariavelmente dividindo o
palco com parceiros corruptos e corruptores. Forjou o passado para se
apresentar como "salvador da á". Mas agora está diante da realidade
da opinião publica e de diversos tribunais.
O Temer
"decorativo" foi substituído pelo Temer que mergulhou na confissão
proclamada por ele mesmo, numa madrugada ilícita, comprometida, dialogada ou em
silencio, destruindo tudo o que tentara construir ou propagar como uma
imagem que conhecia melhor do que ninguém .
Hipócrita,
explorador, vivendo sempre do dinheiro do cidadão- contribuinte -eleitor.
Jamais teve patrão. Quase 50 anos recebendo dos cofres públicos, ha muito tempo
com aposentadoria de 28 mil mensais, fora o que acumulava como vice, e
depois da auto-promoção, como presidente provisório ou indireto.
Todo esse
passado escondido, atingiu o presente e certamente o futuro, desmascarado pelas
acusações que não consegue responder, impossíveis de esconder e pelas
ligações criminosas que vão surgindo cada vez mais voluptuosamente
negativas.
O PAVOR DO QUE NÃO SABE.
Além de
tudo o que vai sendo publicado, o pavor das gravações em poder do Procurador
Geral, que serão publicadas. E o pânico do que pode contar o ex-assessor a quem
chamava desprezivelmente de "coitado, de boa índole".
Esquecido
que nas conversas corruptas com os bandidos Batista, quando o assunto era
dinheiro, dava o recado: "Trata disso com o Loures". Esse Loures,
agora é pânico e pesadelo. Tentou silenciá-lo de duas formas, fracassou nas
duas.
Mas na
terça feira cinzenta, três realidades enfileiradas, assustadoras, indestrutíveis,
que vão retira-lo do Planalto e transferi-lo para um endereço, que terá
que habitar por muito tempo. Alem das mais diversas acusações, estas três, que
começarão a serem examinadas na terça cinzenta e naturalmente inesquecíveis.
1-Corrupção
ativa e passiva.
2-
Obstrução da justiça. (Gravíssima, que já deveria ter provocado prisão
preventiva).
3-organização
criminosa. (Que já foi formação de quadrilha, mais pejorativa)´
4-De
qualquer maneira, a terça cinzenta, será prorrogada. Num tribunal presidido por
um ministro sem toga, e que já examina o caso a 27 meses e 13 dias, impossível
examinar o que acontecerá e em quanto tempo.
TSE-GILMAR-TEMER
Não
haverá votação na terça cinzenta. Mesmo assim, órgãos de
comunicação,arriscam palpites,nada maios do que palpites. Ontem, dois impressos
profetizavam o resultado de 4 a 3 a favor da absolvição da chapa.Durante esse
longo processo ,fiz analise não palpite, o tribunal sofreu muitas
substituições, o placar nem sempre era o mesmo.
Admitamos
que haja votação na terça cinzenta ou durante a semana. E que o palpite se
transforme em fato. O Ministério Público entrará com recurso no Supremo. Outra
realidade completamente diferente. Apesar dos votos amestrados, o Supremo sabe
muito bem: Temer não será absolvido nem poderá continuar presidente.
Embora vá usar de todo o seu poder ARBITRÁRIO, AUTORITÁRIO, ATRABILIÁRIO. Alem
de indecente, ilegítimo e vergonhoso.
PALOCCI ENDEUSADO
Sua
delação, indecisa e sem alvos definidos. Inicialmente a delação se basearia em
Lula. Como não tem caráter ou escrúpulos, considerava que aí, obteria grandes
benefícios. Conversando com amigos, foi alertado: desvendando o que você sabe
sobre o mundo financeiro, muito melhor para você, e sem desgaste. Se fixou
nisso.
Souberam,
banqueiros, altíssimos empresários, profissionais do que chamam de mercado,
estão tentando conversar com o ex-ministro. Falta intermediário. Segundo eles,
a proposta que têm para Palocci irrecusável.
A propósito:
mais problemas e preocupação para o mesmo grupo. Estão convencidos que Mantega,
ex-presidente do BNDES e ex-Ministro da Fazenda, também fará delação.
TEMER INESGOTÁVEL NA VÉSPERA
DA TERÇA
È só
olhar para um lado e o presidente indireto aparece envolvido em irregularidade,
impropriedade, falta de credibilidade. Constatem apenas mais estes três fatos,
assustadores, mas rigorosamente verdadeiros.
1- Apareceu
um coronel da PM, que sem explicação, realizava e fiscalizava obras, na casa de
uma filha de Temer.
2- A
Policia Federal, cumprindo ordens do Ministro Fachin, preparou 80 perguntas
para ele responder por escrito. Ele disse que não responderá. Deve voltar
atrás.
3-
Jornalistas perguntaram quando acabaria a crise, respondeu: "Quando acabar
o mandato do Janot". Isso é a complementação da sua nova estratégia de
defesa: confronto com o Procurador Geral.
Diretas ou Indiretas? Eis a questão...
ResponderExcluirHoje às 19 horas o país estará observando o seu futuro ser decidido.
Que os Ministros concluam enfim esse inexplicavelmente longo trabalho. Que não haja pedidos de vista ou outros artifícios protelatórios. E que se aplique, ainda que arriscada e tardiamente, o precedente do governador do Amazonas.
Aqui, já deveriam ter cassado essa chapa faz tempo. Nos dois primeiros anos. Daí não restaria polêmica quanto à eleição direta.
Ainda hoje ou até o último ano, ou até os últimos seis meses, ainda há espaço interpretativo e político.
Há vários precedentes, como o do governador do Amazonas e pelo menos seis prefeitos municipais.
O fato é que: caso haja eleições indiretas, entrará mais um sujo pau mandado e o rolo compressor das reformas seguirá atropelando os trabalhadores e contribuintes.
O Ministro Luís Roberto Barroso aplicou, no caso do Amazonas, o parágrafo 4º do artigo 224 do Código Eleitoral (alterado pela Lei 13.165/2015).
Embora questionado na ADI 5.525 em face da redação do art. 81 da Constituição. Lá no Amazonas haverá eleições diretas no próximo dia 6 de agosto para governador do Estado.
Esse espaço interpretativo confere um poder enorme aos julgadores e intérpretes legais e constitucionais.
Numa análise financista e de interesses dos grupos que comandam, eleições indiretas são o mais provável e também o mais fácil, em virtude da redação explícita do art. 81.
Mas há juristas argumentando que os dois últimos anos seriam correspondentes ao período de mandato presidencial original de cinco anos. Abrindo praticamente uma mutação para colocar indiretas só no último ano do mandato.
Seria o mais interessante para o povo e o mais trabalhoso para os grupos políticos dominantes.
Infelizmente, até um desavergonhado pedido de vista ou alguma outra medida protelatória podem ser usadas para segurar o cadáver político mumificado por mais algum tempo.
Pedro Ricardo Maximino