OS 4 a 3 DE GILMAR, E OS 7 a 1 DE FELIPÃO
HELIO FERNANDES
Duas
derrotas destruidoras, vergonhosas, inesquecíveis. O jornalista esportivo, Juca
Kfuri pergunta se uma pode ser pior do que a outra. E ele mesmo responde: "Pode
sim". Foi a de agora, sexta feira.
A
primeira teve um lado bom: Felipão foi para a China, está completando 3 anos,
dizem que não volta mais. A de agora, lancinante e com uma agravante: Gilmar
que comprou um apartamento em Portugal e diz que vai morar lá, continua aqui e
participando para destruir a credibilidade.
Menos de
48 horas depois do resultado tramado e prevaricado durante 28 meses, e
executado em 4 dias, voltou o falastrão ministro sem toga: "A imprensa e
os políticos intimidaram o TSE, queriam que resolvessemos a crise política,
cassando o mandato do presidente". E se arvora em grande defensor da
democracia, que segundo ele se transformaria numa INCÓGNITA, se o TSE, não
tivesse a dignidade e a coragem de resistir e defender o lado positivo e a
decisão correta.
Garante
que estão pressionando o judiciário, quando ele e seu grupo é que estão
impedindo o verdadeiro judiciário, o Supremo, a julgar a contradição do TSE.
Matreiramente: "A ex-presidente foi beneficiada, continua com os direitos
políticos". Esqueceu que insultou Lewandowski por não ter suspendido os
direitos políticos dela.
Inconsequente
e incoerente, afirma: "A presidente Carmen Lucia devia sair em defesa de todos
os Ministros". Inveja e ciúme, pelo fato dela ter defendido com bravura o
Ministro Fachin, devassado pelo serviço secreto, por ordem do presidente,
parceiro e acolito de Gilmar.
SE FOTOGRAFIA FALASSE
Mesmo
silencioso, o admirável flagrante de Ailton de Freitas, provocou um estrondo.
Ailton pegou Temer e Aécio Neves, frente a frente, rindo, quase se abraçando em
publico. A felicidade expressa pelos dois merecia um som.
Como
ainda não é possível, coloquemos a legenda, os dois falando ao mesmo tempo: "Continuamos
em liberdade". Devem estar lamentando a ausência de Gilmar, para agradecer
por tanta dedicação e solidariedade.
O AFETUOSO PSDB
Anunciaram:
na quinta feira DESEMBARCARIAM do governo. A mesma palavra usada por Romero
Jucá, quando o PMDB se preparava para trair Dilma. Nenhuma surpresa, o mesmo
Romero Jucá, é o articulador, mas da permanência do PSDB.
Prorrogaram
o prazo, desperdiçaram todo o fim de semana em almoços e jantares, nenhuma
conclusão. A data mais falada é segunda feira, continuam conversando, sem
definição. O mais provável e previsível, quando Temer for expulso. Aí, a
adesão, qualquer que seja o substituto.
Disputaram
o poder em eleição presidenciável, 4 vezes seguidas. 2002, 2006, 2010, 2014.
Perderam todas. Agora, acreditavam que tinham 3 candidatos para 2018, os três
calcinados no mesmo incêndio.
MACRON-LE PEN
Nas vésperas
da eleição legislativa, ansiedade do lado do governo. Le Pen teve 34 por cento
no segundo turno, havia o temor de que isso influenciasse a votação do partido
dela. Todos partidos fizeram campanha em massa, Macron chegou a dois terços,
até eles ficaram perplexos.
Decepção
total do partido da extrema direita, provando que os 34 por cento do segundo
turno não eram dela. Elegeu apenas 5 deputados.Como são 577, 10 por cento
seriam 57, 1 por cento, pouco mais pouco mais do que 5. Conclusão: ela
não representa nada.
O Partido
Socialista, esmagado. Não elegeu nem seu presidente. Que anunciava que iria
formar outro partido.
GERALDO
ALCKMIN: O ESTRANHO APOIO A TEMER
De forma surpreendente, o Governador de São Paulo vem sendo o
sustentáculo do presidente indireto dentro do PSDB. Quando Temer assumiu com a
vitória da conspiração parlamentar, Alckmin declarou que não estava contra nem
a favor. Agora fez dois discursos defendendo a permanência de Temer no Governo.
O primeiro, na sexta feira, logo depois da votação do TSE. O segundo, ontem, ainda mais conclusivo, considerando que Temer tem de terminar o mandato, (desde quando Michel Temer tem mandato com prazo para terminar, se ele não disputou eleição presidencial?)
Há 23 anos, toda a vida política e eleitoral de Alckmin se reduzem, e se encerram no governo de São Paulo. Em 1994 foi vice de Mario Covas, candidato a governador de São Paulo. Cumpridos os 4 anos, em 1998, disputaram a reeleição. Ganharam com Mario Covas quase sem poder tomar posse, extremamente doente. Morreria em 2001 com Alckmin, vice, assumindo o governo. Em 2002 se reelegeu. Em 2006 se desencompatibilizou, disputou a presidência da republica e foi derrotado.
Em 2010 foi novamente eleito governador, e reeleito em 2014. Considerava e considera que em 2018 a vez dentro do PSDB seria novamente dele, já que Serra fora derrotado duas vezes e Aécio em 2014. (tudo isso, antes da crise política, econômica e moral que domina o país).
Fica visível, nessa contradição política e eleitoral do Governador Alckmin, que ele admite que será muito melhor para a tão almejada candidatura dele, que Temer permaneça até 2018.
JUSTIÇADOS
Beto
Richa, governador do Paraná, foi intimado pela justiça, a devolver as despesas
de uma viagem particular a Paris. Passagem de avião e estadia. Que vergonha.
Principalmente para este repórter, que conheceu muito bem o pai, senador e
também governador.
O
deputado federal Paulinho da Força, perdeu os direitos políticos. Normalmente,
essa perda é por 8 anos. No caso dele fizeram um "arranjo", a perda
foi só por 5 anos. Assim pode se candidatar novamente em 2022.
PS-
Emocionante a homenagem-reverência, que Roland Garros prestou ao brasileiro
Guga Anteontem, antes do jogo em que Nadal conquistou seu décimo titulo nessa
quadra.
PS2-
Estavam se completando 20 anos da sua terceira vitoria ali. Grandes campeões
estavam presentes, o publico vibrou. Guga entrou no Hall da Fama, ao receber o
belíssimo anel, o presidente falou: "È para você usar diariamente, com
orgulho". Guga agradeceu num francês perfeito.
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