Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 13 de junho de 2017

OS 4 a 3 DE GILMAR, E OS 7 a 1 DE FELIPÃO

HELIO FERNANDES

Duas derrotas destruidoras, vergonhosas, inesquecíveis. O jornalista esportivo, Juca Kfuri pergunta se uma pode ser pior do que a outra. E ele mesmo responde: "Pode sim". Foi a de agora, sexta feira.

A primeira teve um lado bom: Felipão foi para a China, está completando 3 anos, dizem que não volta mais. A de agora, lancinante e com uma agravante: Gilmar que comprou um apartamento em Portugal e diz que vai morar lá, continua aqui e participando para destruir a credibilidade.

Menos de 48 horas depois do resultado tramado e prevaricado durante 28 meses, e executado em 4 dias, voltou o falastrão ministro sem toga: "A imprensa e os políticos intimidaram o TSE, queriam que resolvessemos a  crise política, cassando o mandato do presidente". E se arvora em grande defensor da democracia, que segundo ele se transformaria numa INCÓGNITA, se o TSE, não tivesse a dignidade e a coragem de resistir e defender o lado positivo e a decisão correta.

Garante que estão pressionando o judiciário, quando ele e seu grupo é que estão impedindo o verdadeiro judiciário, o Supremo, a julgar a contradição do TSE. Matreiramente: "A ex-presidente foi beneficiada, continua com os direitos políticos". Esqueceu que insultou Lewandowski por não ter suspendido os direitos políticos dela. 

Inconsequente e incoerente, afirma: "A presidente Carmen Lucia devia sair em defesa de todos os Ministros". Inveja e ciúme, pelo fato dela ter defendido com bravura o Ministro Fachin, devassado pelo serviço secreto, por ordem do presidente, parceiro e acolito de Gilmar.

SE FOTOGRAFIA FALASSE

Mesmo silencioso, o admirável flagrante de Ailton de Freitas, provocou um estrondo. Ailton pegou Temer e Aécio Neves, frente a frente, rindo, quase se abraçando em publico. A felicidade expressa pelos dois merecia um som. 

Como ainda não é possível, coloquemos a legenda, os dois falando ao mesmo tempo: "Continuamos em liberdade". Devem estar lamentando a ausência de Gilmar, para agradecer por tanta dedicação e solidariedade.

O AFETUOSO PSDB

Anunciaram: na quinta feira DESEMBARCARIAM do governo. A mesma palavra usada por Romero Jucá, quando o PMDB se preparava para trair Dilma. Nenhuma surpresa, o mesmo Romero Jucá, é o articulador, mas da permanência do PSDB.

Prorrogaram o prazo, desperdiçaram todo o fim de semana em almoços e jantares, nenhuma conclusão. A data mais falada é segunda feira, continuam conversando, sem definição. O mais provável e previsível, quando Temer for expulso. Aí, a adesão, qualquer que seja o substituto.

Disputaram o poder em eleição presidenciável, 4 vezes seguidas. 2002, 2006, 2010, 2014. Perderam todas. Agora, acreditavam que tinham 3 candidatos para 2018, os três calcinados no mesmo incêndio.

MACRON-LE PEN

Nas vésperas da eleição legislativa, ansiedade do lado do governo. Le Pen teve 34 por cento no segundo turno, havia o temor de que isso influenciasse a votação do partido dela. Todos partidos fizeram campanha em massa, Macron chegou a dois terços, até eles ficaram perplexos.

Decepção total do partido da extrema direita, provando que os 34 por cento do segundo turno não eram dela. Elegeu apenas 5 deputados.Como são 577, 10 por cento  seriam 57, 1 por cento, pouco mais pouco mais do que 5. Conclusão: ela não representa nada.

O Partido Socialista, esmagado. Não elegeu nem seu presidente. Que anunciava que iria formar outro partido.

GERALDO ALCKMIN: O ESTRANHO APOIO A TEMER

De forma surpreendente, o Governador de São Paulo vem sendo o sustentáculo do presidente indireto dentro do PSDB. Quando Temer assumiu com a vitória da conspiração parlamentar, Alckmin declarou que não estava contra nem a favor. Agora fez dois discursos defendendo a permanência de Temer no Governo.

O primeiro, na sexta feira, logo depois da votação do TSE. O segundo, ontem, ainda mais conclusivo, considerando que Temer tem de terminar o mandato, (desde quando Michel Temer tem mandato com prazo para terminar, se ele não disputou eleição presidencial?)

Há 23 anos, toda a vida política e eleitoral de Alckmin se reduzem, e se encerram no governo de São Paulo. Em 1994 foi vice de Mario Covas, candidato a governador de São Paulo. Cumpridos os 4 anos, em 1998, disputaram a reeleição. Ganharam com Mario Covas quase sem poder tomar posse, extremamente doente. Morreria em 2001 com Alckmin, vice, assumindo o governo. Em 2002 se reelegeu. Em 2006 se desencompatibilizou, disputou a presidência da republica e foi derrotado.

Em 2010 foi novamente eleito governador, e reeleito em 2014. Considerava e considera que em 2018 a vez dentro do PSDB seria novamente dele, já que Serra fora derrotado duas vezes e Aécio em 2014. (tudo isso, antes da crise política, econômica e moral que domina o país).

Fica visível, nessa contradição política e eleitoral do Governador Alckmin, que ele admite que será muito melhor para a tão almejada candidatura dele, que Temer permaneça até 2018.

JUSTIÇADOS

Beto Richa, governador do Paraná, foi intimado pela justiça, a devolver as despesas de uma viagem particular a Paris. Passagem de avião e estadia. Que vergonha. Principalmente para este repórter, que conheceu muito bem o pai, senador e também governador.

O deputado federal Paulinho da Força, perdeu os direitos políticos. Normalmente, essa perda é por 8 anos. No caso dele fizeram um "arranjo", a perda foi só por 5 anos. Assim pode se candidatar novamente em 2022.

PS- Emocionante a homenagem-reverência, que Roland Garros prestou ao brasileiro Guga Anteontem, antes do jogo em que Nadal conquistou seu décimo titulo nessa quadra.

PS2- Estavam se completando 20 anos da sua terceira vitoria ali. Grandes campeões estavam presentes, o publico vibrou. Guga entrou no Hall da Fama, ao receber o belíssimo anel, o presidente falou: "È para você usar diariamente, com orgulho". Guga agradeceu num francês perfeito.


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