NA CONFISSÃO DE
BATISTA, A CONFIRMAÇÃO DAS NOTÍCIAS
EXCLUSIVAS DESTE REPÓRTER
HELIO FERNANDES
Fevereiro
de 2014. No meu blog, revelei detalhes da ida do então vice Michel Temer á sede
da JBS. Tudo começou com uma doação do então quase desconhecido Joesley, a
senadores do PMDB. Eduardo Cunha soube que a JBS havia doado 50 milhões a senadores.
Intimissimo de Temer telefonou para ele, contou, terminou: "Nós ficamos
sem nada".
Como
diria 3 anos depois o próprio Joesley em depoimento e entrevista, "Temer
agiu sem nenhuma cerimônia, quando se trata de dinheiro". Mandou ligarem
para a JBS, "diga que estou indo para lá". Foi, cumprimentou Joesley
como se estivesse FURIOSO, entrou logo no assunto. Textual como publiquei na
época: "Você me criou um problema enorme, favoreceu senadores, os
deputados estão me pressionando"
Acostumado,
tranquiilo, Joesley perguntou, como resolver a questão. Já abandonando o tom de
briga, Temer fez a proposta: "Com 15 milhões acalmo os deputados, apenas
30 por cento".
Já saiu
de lá com o dinheiro, 10 milhões para ele, 5 milhões para Cunha. Agora, o
delator tentou dar um jeito, mas não apagou o fundamental. Confessou que doou
35 milhões aos senadores e com os 15 que teve que dar a Temer, pensou que
chegaria aos 50 milhões, que na verdade passaram a 65.
O DIA TODO NA JBS
Como
diria mais tarde, no inicio da conspiração parlamentar, "sou um vice
decorativo", ficou lá até o fim da tarde. Ao se despedir, escreveu num
papel o numero do seu celular particular, entregou a Joesley, isso no primeiro
encontro. Na entrevista, o delator disse "que foi no segundo
encontro". Foi no primeiro, qual a diferença? Joesley disse na entrevista,
"passamos a conversar muito". Lógico, um corrupto corruptor que tem o
celular (EXCLUSIVO) do presidente, tem que usá-lo. Daí para as madrugadas no
porão palaciano, apenas um passo.
O ENCONTRO COM MEIRELLES
Já não
tem maior importância, mas como contei na época, repetição rápida. Ele era o
poderoso presidente do Conselho de Administração da JBS. Contei isso,
numa das suas idas á televisão, como se fosse por acaso, afirmou: "Quando
presidi o Conselho da JBS, eu mandava menos do que um continuo". Não
deixei sem resposta, e logo usei o blog para desmenti-lo.
Na
verdade, uma coisa facílima. Meirelles e Gilmar Mendes, falastrões sem o menor
conteúdo.
A POLÍCIA FEDERAL E EDUARDO CUNHA
Tudo
indica que o ritmo é outro. Já pediu a segunda PRORROGAÇÃO do prazo. Afirmaram
que estão encontrando dificuldades, principalmente na questão da obstrução da
justiça. A mais grave e praticada pelo presidente a céu aberto.
Entregaram
exame parcial, com visível constrangimento, concluíram: "O presidente
Temer praticou crime de corrupção passiva, confirmado pela delação de Joesley
Batista". A constatação que ninguém quis fazer, mas é rigorosamente
verdadeira. E que mostra e demonstra o perigoso roteiro seguido pela PF.
Antes da
publicação parcial, da cadeia, Eduardo Cunha SOUBE de tudo. E imediatamente
entrou no Supremo, pedindo a ANULAÇÃO da delação. Motivo: Joesley teria mentido.
O ex-presidente da Câmara, que tentava hostilizar Temer, agora se coloca na
posição de seu defensor intransigente. Essa mudança, tem que ser apurada.
A JBS COLOCOU À VENDA, ATIVOS NO VALOR DE 6 BILHÕES
É preciso
saber se existem compradores. E quem fez as avaliações. A desmoralização do
grupo, total e absoluta. Ha 15 dias, o patrimônio ativo da JBS, era tido em 183
bilhões .Se essa avaliação estiver mantida, 6 bilhões, representariam 3 e
meio por cento do total.
Difícil
saber ou acreditar em qualquer coisa que venha dos Batista.
A REFORMA TRABALHISTA NO SENADO
A maior
prova da falta de governabilidade do país. A votação foi na Comissão de
Assuntos Sociais. Temer perdeu por 10 a 9. O líder do governo, Renan Calheiros,
coordenou pela recusa, ou seja, a derrota do governo.
Na Rússia,
assim que recebeu a noticia, Temer repetiu varias vezes: "Vou ganhar no
plenário". Sem o menor constrangimento mostrou que é uma BRIGA pessoal. Em
vez de demitir Renan de lá mesmo, mostrou que tem medo do ex-presidente do Senado
não aceitar ser demitido. A credibilidade de Temer não dá pra mais do que
isso.
Senadoras
lideradas pela presidente da Comissão, Martha Suplicy, protagonizaram espetáculo
de baixaria. O som estava péssimo, não ouvi se houve palavrão.
AÉCIO LIVRE
Finalmente,
quase ás 6 da tarde, a primeira noticia oficial: o julgamento foi adiado, não
se sabe para quando. Conclusão: a defesa de Aécio, perdeu duas vezes,pedindo o
adiamento. Mas conseguiu o tão pretendido adiamento, pelo avançado da
hora.
Temer
disse ontem e hoje pela manhã, "salvarei o mandato de Aécio, na Comissão
de Ética, ou onde for". Só que o AINDA presidente, nada a ver com a
decisão.
Mas o dia
estava para o senador afastado. Enquanto não fazia nada, a Primeira Turma
reformou a própria decisão, e mandou Andréia Neves para prisão domiciliar.
CERTISSIMOS. Com Adriana Ancelmo e Claudia Cruz, livres e absolvidas, a prisão
da irmã de Aécio, só merece uma palavra, em letra maiúscula: BARBARIDADE.
Palavra que também se ajusta á justiça brasileira.
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