OS POLÍTICOS PRECISAM SER HOMENS DE
HONRA. O SEGUNDO ESCALÃO DO PT RIFOU LULA NA CONVENÇÃO QUE ESCOLHEU DILMA PARA
A REELEIÇÃO. LULA TEM UM TERÇO DOS VOTOS E PODE ALCANÇAR PERCENTUAL QUE O
ELEGERIA PRESIDENTE NO PRIMEIRO TURNO EM 2018. EMFIM “LULA PRESO GANHA A
ELEIÇÃO NUMA CELA. SOLTO GANHA A ELEIÇÃO NA ESTRADA”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
A
proposta da defesa do ex-presidente Lula da Silva, para arrolar 87 testemunhas
de defesa, foi acatada pelo juiz federal Sergio Moro, mas exigindo a presença
de Lula.
A decisão de Moro foi taxativa: “Já que este julgador terá que
ouvir 87 testemunhas da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de
outras, embora em menor número arroladas pelos demais acusados, fica consignado
que será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências
nas quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria defesa, a fim
prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou
que poderiam ser substituídas”.
Por
conta do inusitado fato, manifestações de toda ordem coalharam as redes sociais
em seguida, e alguns juristas, manifestaram sua linha doutrinária sobre o fato.
Em tese, argumentam que a decisão foi um “ato de represália, contra a atitude
da defesa de Lula”.
Parece-me
que o ex-presidente, (diria bem orientado), está conseguinte se manter na
mídia, e com isso motivando reações da opinião pública, quanto ao seu projeto
de candidatura a presidência em 2018.
O
atuante advogado Criminalista e Professor Doutor em Direito da PUC-RS, Aury
Lopes Jr., argumenta que “É pacifico o entendimento de que são 8 por réu e por fato. Logo, esse número elevado não é nada de anormal, desde que encaixe
nesta equação (número réus/fatos imputados). O que o juiz poderia ter feito era
determinar que a defesa definisse que testemunhas irão depor
sobre que fatos para controlar o limite de 8 por fato. Isso é comum e chancelado pela jurisprudência”.
Pelo que ouvi na oitiva da Lava
jato, é latente que o ex-presidente Lula, está se aproximando de uma possível
acusação para condenação e prisão.
O depoimento de Leo pinheiro
ex-presidente da OAS sinalizou nitidamente de que existe conexão do triplex do
Guarujá com Lula. Desde os primeiros detalhes revelados por Norberto Odebrecht,
somado a delação de Palocci, é bem sinuosa a caminhada de Lula no processo.
Agora, olhando politicamente,
entendo que Lula, está armando uma estratégia, com o roll
de
testemunhas, para ganhar tempo (talvez um ano), para a formação de culpa, fase
em que o juiz concluiu o processo. Talvez, por isso, mesmo assim, para evitar,
Moro deve descentralizar os depoimentos, para que outros juízes o auxiliem na
tarefa.
Ao sabor da leitura preferida pelo juiz Moro, Teoria
Pura do Direito, de Hans Kelsen; Cosa Nostra: O juiz e os “homens de honra”, de Giovanni Falcone, com
Marcelle Padovani e Comentários
ao Código Penal, de Nelson Hungria, A defesa de Lula no processo em que é
acusado, terá que buscar muita inspiração.
Em que pese todas as acusações e revelações nas
oitivas das delações, Lula, ainda desafia o judiciário, dá declarações
debochadas, demonstrando total desapreço ameaças de Curitiba.
Com um terço dos votos declarado nas pesquisas de
agora, Lula poderá ter mais da metade do eleitorado para se eleger presidente
em 2018.
Começando pelo tripex do Guarujá. O grupo foi o
mesmo que militou na cúpula da campanha da reeleição e que ocupou o governo nos
cargos loteados pela madrinha presidente.
Mantido
sob holofotes da mídia, não fossem as acusações contra ele, Lula jamais seria
novamente lembrado pelo eleitor. Pesquisa do Ibope, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostra que o
ex-presidente Lula é virtualmente o mais cotado para vencer a eleição
presidencial em 2018.
De acordo
com o levantamento, 30% dos entrevistados afirmaram que votariam em Lula “com
certeza” e 17% disseram que “poderiam votar”, enquanto 51% disseram que não
votariam “de jeito nenhum”.
O PSDB é o partido que mais tem
pré-candidatos (os senadores José Serra e Aécio Neves e o governador paulista,
Geraldo Alckmin) viram cair seus percentuais. Enquanto Serra tem 25% dos votos
“certos” ou possíveis, Aécio e Alckmin têm 22%. Os três apresentaram taxas de
rejeição maiores que a de Lula: 62% disseram que não votariam de jeito nenhum
em Aécio, 58% em Serra e 54% em Alckmin.
As entrevistas com os eleitores
foram realizadas entre os dias 7 e 11 com 2.002 pessoas em 143 municípios de
todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para
mais ou para menos.
Impressiona
muito que o jornal britânico Financial
Times destacou a possibilidade de Lula voltar ao poder nas eleições
de 2018, citando que pesquisas apontam que o possível candidato venceria as
eleições se elas ocorressem hoje. O diário lembrou que Lula terminou seu
segundo mandato, em 2010, com 83% de aprovação da população, motivado sobre
tudo pelo fato de metade dos brasileiros terem ascendido para a classe média
durante seu governo.
De uma
fonte fidedigna deste colunista e respeitadíssimo coordenador político de
majoritárias: “Lula preso, ganha a eleição numa cela, solto ganha a eleição na
estrada”.
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