A Segunda
Turma do Supremo, PERIGO
HELIO FERNANDES
A decisão
de anteontem, libertando totalmente o pecuarista Dumlay, e o ex-tesoureiro
Genu, do PP, não só acendeu o sinal de alerta, como remeteu a lembranças de um
passado não muito distante. E obrigatoriamente trouxe para o primeiro plano, um personagem corruptissimo e
altamente perigoso para a democracia: Eduardo Cunha.
Foi ele
que descobriu e colocou nos órgãos de comunicação, a fragilidade e as
consequentes facilidades dessa Segunda Turma. Tendo perdido a presidência da Câmara,
e na iminência de ser cassado, divulgou com o maior espalhafato, todos
publicaram, lógico: "Na Segunda Turma tenho 2 votos, e o terceiro está a
caminho".
Não
revelou nomes, mas até as pedras da rua (Rui Barbosa) estavam fartos de
conhecer a realidade. Os 2 votos que ele considerava garantidos, eram Gilmar
Mendes e Dias Toffoli.
E o
terceiro, a caminho, Lewandowski. Este, depois do malabarismo jurídico de
salvar os "direitos políticos" de Dona Dilma, podia acertadamente ser
relacionado como voto a favor de Eduardo Cunha.
CASSADO E FALASTRÃO
Já sem o
mandato, entrou com recurso na Segunda Turma pedindo a anulação da cassação e a
devolução da condição de deputado. Entrou com esse recurso no ultimo dia antes
do recesso, Carmen Lucia já era presidente. Imediatamente pautou o recurso, não
para a Turma e sim para o plenário.
Vieram as
ferias, avisou: "Não vou sair de Brasília, cobrirei todos os plantões, podem
viajar". (A Ministra Laurita Vaz, presidente do STJ, fez a mesma coisa,
com o mesmo objetivo).
Demorou a
votação, Eduardo Cunha foi derrotado por 8 a 3, ele não estava mentindo sobre
os 3 votos. Agora está com um recurso no STJ e outro no Supremo, com o Ministro
Fachin. Da prisão, ele está esperançado. Esperança que cresceu com a estapafúrdia
decisão, de Gilmar, Toffoli, Lewandowski. Perigo para a Lava-Jato, revolta para
a comunidade.
Sergio Cabral
Noticiei,
de excelente fonte, que havia um movimento para transferir o ex-governador para
prisão domiciliar, ou seja, o casal de criminosos corruptos, voltaria a morar
junto. 7 vezes RÉU, Cabral tinha e tem medo
de não sair mais da prisão. O obstáculo era o juiz Marcelo Bretas, ninguém tinha
condições,credenciais ou coragem de falar com
ele sobre
o assunto.
Agora, o
próprio ex-governador, desalentado e desesperado, estaria tentando conversar
sobre delação. Mas teria que ir para Curitiba, o Rio te ligação com a Força
Tarefa da Lava-Jato. O enquadramento de Cabral, é precisamente com a Lava-Jato.
Todos lembram, que ele já foi transferido de Bangu para Curitiba, não gostou,
voltou. A situação piorou muito para ele.
O ABUSO DE AUTORIDADE
O relator, Roberto Requião tirou do projeto Renan. os pontos polêmicos e que atingiam
o bom senso e a dignidade. Lembrou que já governou o Paraná, duas vezes, iria prejudicar
a Lava-Jato. Que executa uma grande operação, no seu estado.
Muitos se surpreenderam com a velocidade como as coisas aconteceram. A CCJ aprovou,
o plenário votou e aprovou imediatamente. 19 senadores votaram pela aprovação.
Não revelaram seus nomes, nenhuma importância. Naturalmente estão entre os 19, Jucá, Lobão,
Eduardo Braga, Aécio e naturalmente Renan.
A MULHER DE CABRAL, VOLTOU PRA CASA
Finalmente numa decisão definitiva, a advogada deixou a prisão domiciliar, absurda.
Está perto do marido, em Bangu. E essa foi a última instancia, só sairá da prisão depois
de cumprida a pena. E devolvido todo o dinheiro roubado.
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