A reforma
da Imprevidência, e a espoliação dos trabalhadores
HELIO FERNANDES
São os
dois assuntos que estão na pauta do indireto, desde a sua posse em 9 de maio de
2016. Faz o maior esforço de mistificação, de retrocesso, de concessão, para
tentar aprovar a da Previdência, considerando-a urgente, necessária e
indispensável. Mas não consegue sair do lugar, convencer alguém que suas
palavras se baseiam numa
realidade
irrefutável.
O projeto
inicial, tido como indispensável, é retocado, emendado e reformulado com a
maior insistência. Para aprovação precisa
de irrisórios 308 deputados,mas vai cedendo a todas as pressões , deformando
e deteriorando o que divulgava praticamente como parte indispensável para a
salvação nacional.
Cansado
de ter que explicar exaustivamente a importância da reforma da Previdência, que
está mais para imprevidência do que para qualquer coisa. Não é nem um jogo de
palavras, é que na concepção e no comportamento de Temer, essas duas
palavras são vizinhas e inseparáveis.
Para Temer, farsante sempre, textual: "Consumaremos essa reforma, exatamente
como está no original.
Ele sabe
muito bem que não é nada disso, ele mesmo ficou surpreendido com o estardalhaço
feito por Marcelo Caetano, assessor com nome de um político de Portugal,
colaborador do ditador Salazar, que depois dele acabou Primeiro Ministro
fantasiado de democrata. O Marcelo Caetano daqui, foi afastado discretamente,
substituído por uma agencia de publicidade.
Não tenho nada contra agencias de publicidade, apesar do que dizem geralmente delas,
principalmente nos EUA, onde estão as mais gigantescas, que se multiplicam pelo mundo.
Como todas se localizam na Avenida Madison, espalham: "Ali são ganhas
fortunas, sem precisar usar a inteligência".
A daqui, contratada pelo governo criou um slogan,badalado na televisão e radio: "È preciso
reformar hoje, para pagar amanha". Tudo farsa, imaginação de acordo com a vontade d
o cliente.
Falam em déficit de 179 BILHÕES, mistificação total. Se fosse verdade, o país não existiria,
nenhum aposentado receberia. Se os empresários e a União PAGASSEM
sua parte 8 por cento cada, com os 8por cento do trabalhador, estariam com superávit
obrigatório.
Já pedi um levantamento dos débitos, não podem fazer, eles mesmos são os caloteiros.
Vão conseguir os 308 votos, enfrentarão a ira da população. Mas pelo menos
não conseguirão o que chamam de vitoria, antes de completado um ano de governo.
Apesar do que retumba o falastrão Henrique Meirelles. Reação da
Câmara dos deputados? Até que não seria difícil. Mas é impossível acreditar.
A reforma trabalhista, assustadora e ameaçadora
Pressionado naturalmente pelos empresários paulistas, e surpreendentemente pelos do
Norte-Nordeste, Temer faz tudo para aprovar a re forma que arruína milhões
de trabalhadores.
Arruína e elimina seus direitos, que pareciam intocáveis, irrefutáveis e irrevogáveis. Mas
sempre é fácil encontrar quem esteja disposto a praticar uma traição.
Quando era presidente da Câmara, Temer impediu 5 ou 6 vezes,que o então presidente
FHC, sofresse o impeachment mais do que justo.Isso foi em 1996, exatamente 20 anos
depois, começando em 2016, iniciou o movimento para o impeachment
da presidente Dilma.
Foi outro presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que o projetou, perdão, arrojou
para onde está. Agora para destruir os direitos conquistados por milhões de trabalhadores,
garante o apoio de outro presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Isso é tão deprimente, que dezenas de deputados protestaram, com cartazes com
a seguinte legenda: "OUTRO EDUARDO CUNHA, NÂO". Mas Temer, indireto, incerto,
incompetente, garantiu aos empresários: "A reforma trabalhista é tão certa quanto
a reforma da Previdência. As duas IMPRESCINDIVEIS para a salvação do país
"DEPUTADOS articulam derrotar Temer
Essa reforma que o indireto garante que roubará de milhões de trabalhadores,
corre sérios riscos.
Está em desenvolvimento, a resistência aos planos de acabar com a legislação que
vigora há mais de 70 ou 80 anos,afirmam que está inteiramente ultrapassada.
Tramam então colocar no lugar o que definem desta forma: "Um grande ACORDO
entre patrões e empregados que teria força de lei".
Não é segredo, que pretendem modificar três pontos. 1- Ferias. 2- Horas de trabalho.
3- 13° salário. Os dois primeiros casos já com esquemas arquitetados e articulados.
Falta resolver a questão do13% salário.
Imaginam pagar em 10 prestações mensais. Nesses encontros, que terão força de lei,
pretendem dizer aos trabalhadores: "Vocês serão beneficiados. Em vez de receberem uma
vez no fim do ano, receberão todo mês mais 10 por cento do valor do salário.
No total receberão a mesma importância, como se fosse um aumento mensal
de 10 por cento".
È tanta indignidade, provocará tanta revolta, que jogará pais todo contra o governo
e contra a Câmara. Imaginem aprovar essa barbaridade.
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