A DESMORALIZAÇÃO DO TSE, SATISFAÇÃO
DE TEMER
HELIO FERNANDES
Estarrecida
a comunidade assiste a degradação, entrelaçados, do Executivo e Legislativo. E
de uma parte do Judiciário. Falta apenas 1 mês para que Temer complete 1 ano da
usurpação que o transformou de vice em presidente,mesmo indireto. Foi a vitoria
da conspiração parlamentar,imaginada, coordenada e executada por ele e o então
intimissimo e poderoso presidente da Câmara.
Esse
parceiro, Eduardo Cunha, agora preso e condenado, foi a peça fundamental de tudo,
consumado naquele domingo tétrico de 17 de abril de 2016.Temer, o grande
beneficiado, entrou com o que ele mesmo apregoava, a condição de
constitucionalista. Com essa veleidade, conseguiu enganar a quase todos.
A MISTIFICAÇÃO
Exibindo
sempre aquele sorriso dúbio, tentava implantar uma competência desconhecida de
todos, tomou posse aos 75 anos de idade. E num fato inacreditavelmente inédito,
com essa idade toda, e quase tanto de vida política, jamais disputou uma
eleição majoritária. E chegou ao mais alto cargo do país, sem precisar de
eleição, desprezando ou não precisando do apoio do povo.
EM MAIO, 1 ANO DE NADA
Estamos
na reta final para completar 1 ano de uma data "redonda": 9 de maio,
1 ano de nada ou de coisa alguma. Chegou ao Planalto com uma idéia
fixa repetida praticamente todos os dias: "A reforma da Previdência é uma
necessidade obrigatória, essa realização marcará para sempre o meu
governo".
Marcou
realmente de forma negativa. Nem a previdência, nem qualquer outro projeto, saíram
do lugar. E a corrupção domina seu governo, como um todo,e a ele,
pessoalmente em duas frentes de acusação.
TEMER: A LAVA-JATO E O TSE
Vive
apavorado, com Curitiba, o TSE de Brasília, e agora com as pesquisas. Nas
primeiras, aparecia com 16% a favor, e todo o resto, contra. Não reclamou, foi
para a televisão, comentou: "Não quero ser popular, quero salvar o
país". 6 meses sem consulta á opinião publica, veio o IBOPE. E os 16% que
acreditavam nele, foram reduzidos a 10. E não representam a realidade.
Mas o
pânico, vem, não da impopularidade, e sim, do medo de perder o cargo, premido
ou espremido pela Lava-Jato ou pelo TSE. Em Curitiba não tem defesa, pretende
se salvar junto com deputados e senadores, que manejam e manobram projetos
estranhos e extravagantes. Há dias revelei com exclusividade.
O
ex-amigo e parceiro, mandou um emissário conversar com ele. Temer recebeu-o,
não era mais intimidação, e sim, apelo. Na eminência de ser condenado novamente
ainda este ano, Cunha mudou o tom para apelo. Temer não respondeu, a mudança de
estilo do antigo amigo afetou-o completamente.
Fica
faltando a decisão do TSE. Mas esse, pelo menos para Temer, não representa
nenhum perigo. E para a opinião pública, também. O TSE, oficialmente, se
arrojou completamente aos pés do presidente indireto. Um tribunal que depois de
26 meses, concede mais prazo a pedido do réu, está mais desmoralizado do que o
próprio réu.
Só para
terminar por hoje. O presidente do TSE, Gilmar Mendes, viaja amanhã para
Portugal, onde como já revelei, comprou um apartamento onde pretende morar, se
seus planos não se consumarem favoravelmente. Na viagem que começa amanhã, o presidente
do TSE vai também a Paris e Berlim. Já fez isso antes. Ficou com um processo 14
meses sem que ninguém reclamasse. Portanto, não se surpreendam se repetir a
façanha.
E como
tenho dito e repetido, não haverá julgamento neste ano de 2017. E não quero
eliminar também o ano de 2018, para que não digam que quero adivinhar. Em 2017
certíssimo, não haverá julgamento. Para 2018, deixo para aqueles que acreditam
mais em destino do que em corrupção.
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