Titular: Helio Fernandes

terça-feira, 21 de março de 2017

O ESCÂNDALO DA CARNE ADULTERADA

HELIO FERNANDES

Depois das empreiteiras roubalheiras, surge o escândalo dos maiores frigoríficos do mundo, todos brasileiros. A BRF e JBS, de passado escabroso e duvido, representam o mesmo que a Odebrecht, só que no setor de carnes. Foi um estrondo que abalou o Brasil e o mundo. Basta verificar: 14 milhões de frangos são abatidos diariamente, e vendidos para 150 países.

Alem de carne suína, bovina e de aves. Na sexta feira quando se completavam 3 anos da Lava-jato, a comemoração foi varrida de jornais e televisões, substituída pelos grandes frigoríficos representados pelos dois maiores: BRF e JBS, ambos de passado polemico e duvidoso.

A primeira, marcada pela fusão da Sadia-Perdigão, desnecessária, mas imprescindível para liquidar a concorrência. A JBS maculada pela espantosa e espetacular campanha de publicidade do FRIBOI. E logo a seguir, essa mesma JBS, era enquadrada por ter roubado, os 4 maiores fundos estatais: Banco do Brasil, Correios, Petrobras, Caixa Econômica.

Um dos irmãos, donos da JBS, foi preso, mas só por 3 dias. Depositaram 1 bilhão e 350 milhões, para 'prevenir' prejuízos futuros. Agora reaparecem nessa denuncia das carnes adulteradas e apodrecidas.

PREJUIZOS NA EXPORTAÇÃO

As vendas do Brasil para 150 países, oscilam entre 7 e 10 % do que vendemos. Os 150 compradores já se movimentam. Na sexta feira mesmo, o embaixador da União Européia no Brasil, recebeu ordens. Procurar a maior autoridade no assunto, e exigir explicações. Telefonou para o Ministro da agricultura, se encontrarão hoje.

O presidente indireto jantava numa churrascaria, dizia, 'o caso não tem maior importância'. Os compradores tinham convicções inteiramente diferentes.

JBR E JBS NÃO PERDEM TEMPO

Logo no sábado e domingo, as duas compravam espaço de texto corrido, nas mais diversas televisões.

A JBS COMPRAVA PAGINA NA FOLHA

Tentava de todas as maneiras mostrar, 'não compactuamos com nada que coloca em risque sua responsabilidade e alta reputação'. E terminava com um rodapé, textual: 'A gente só produz os alimentos que a gente coloca na mesa de nossas famílias'.

Qualidade é a maior prioridade da JBS e de suas marcas. Encerrava a defesa com 10 itens, tentando mostrar que não tem macula e nada atinge sua reputação. Acreditávamos que fossem explicar o roubo e o rombo nos fundos estatais.

1.100 policiais cumpriram 310 mandados de busca e apreensão. Dezenas de prisões, incluindo um figurão, no aeroporto, ia fugindo. 

Segundo o Ministro da Agricultura, um DESASTRE

Alem dos encontros, ele passou o dia na televisão. Horas e horas, é o assunto do dia. Nenhuma noticia positiva todas obviamente negativas. Dos 150 países compradores de carnes diversas, o Brasil recebeu noticias que podem ser sumarizadas na palavra SUSPENSÃO. E as coisas só irão piorar. O ministro demitiu 2  superintendentes importantes, criou uma força tarefa para acompanhar os fatos

Alguns países não foram tão drásticos em relação ao país, mas identificaram os vendedores com os quais não queriam mais negociar essas empresas VETADAS, dominavam o mercado com muitas empresas. Tinham nome sobrenome, mas eram conhecidas pelas iniciais: BFR e JBS. Conhecidas pelo passado e pelo presente, comprometem o futuro do Brasil no setor de exportação.

Marcelo Brettas volta atrás

Fui dos primeiros a comentar a decisão do magistrado, mandando libertar a mulher de Sergio Cabral, pelo fato de ter 2 filhos pequenos. Elogiei o ministério publico por ter entrado com o recurso. E lembrei, já elogiei muitas vezes o magistrado. Volto a elogiá-lo, pelo reconhecimento de que estava errado ou equivocado.

 Explicação da Lava-jato

Ricardo Boechat, fez excelente entrevista com o Coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol. O jornalista perguntou o indispensável, o Procurador não deixou nada sem resposta. “Primeira pergunta, situando o problema:” A Lava- Jato é contra o Lula e o PT? Dallagnol fez explanação articulada mostrou que existem investigados. acusados e até presos, do PMDB, PSDB, PDT, PP, e mais e mais.

Foi um dialogo completo e nada hostil, Dallagnol deixou bem claro, que a força tarefa de Curitiba, não tem a menor culpa da possível lentidão do processo.

A propósito: o segundo mandato de Rodrigo Janot, acaba em setembro. Existem duvidas se pode exercer o terceiro mandato, e se pudesse, seria nomeado. Se não puder, o candidato natural e absoluto seria Dallagnol. No caso duas duvidas. 1- Seria nomeado? 2- Se fosse indicado, seria aprovado pelo Senado?


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