O BRASIL É UM PAÍS DESGOVERNADO. BRASÍLIA E OS
DEUSES DA POLÍTICA PROMOVEM A BLINDAGEM DOS SEUS ATOS CRIMINOSOS, E AINDA DESAFIAM
O OLHAR MOROSO E DESASTROSO DO STF. EMPRESAS NACIONAIS ESTÃO ATRAVESSANDO A FRONTEIRA
E SE INSTALANDO NO PAMPA PARAGUAIO.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Uma terrível notícia para os
brasileiros é a de que 59 empresas brasileiras se mudaram para o vizinho
Paraguai, se constituindo no segundo pólo opcional. O reflexo deste quadro
produz efeito devastador para o PIB nacional.
A mais recente inauguração,
de mais uma indústria brasileira em solo paraguaio acende o sinal vermelho para
o governo federal. A subsidiária de Brinquedos Estrela se instalou no município
de Hernandarias, no Paraguai.
O argumento perene é de que
empresários confirmam a tendência de grandes e médias indústrias brasileiras
transferirem suas produções ao país vizinho, para escapar do câmbio e dos
juros desfavoráveis, aproveitar salários e tributação mais baixos e aumentar as
exportações.
Com investimentos de 2 milhões de
dólares, a unidade começará com 200 empregados e montará produtos com
componentes importados da China, segundo o presidente do grupo, Carlos Tilkian.
De mudança estão 58 companhias
até agora, registra a Confederação Nacional da Indústria, lista que inclui
outros líderes setoriais como a JBS, do setor de carnes, e a Riachuelo, de
vestuário.
Todas são beneficiadas pela lei
das maquiladoras e dispositivos complementares de incentivo a empreendimentos
industriais estrangeiros, que as isentam de impostos na importação de
matérias-primas e maquinários e aplicam tributação de 1% quando a mercadoria é
exportada.
As vantagens incluem energia
elétrica 65% mais barata, tributação de 10% incidente apenas sobre o lucro e
custo de mão de obra 50% menor. O crescimento do PIB acima de 3% nos últimos anos compõe o ambiente atraente para a
manufatura.
A rapidez do êxito de alguns
empreendimentos chama atenção. A Texcin começou a operar em agosto de 2015 com
investimento de 5 milhões de dólares do Grupo Riachuelo, 150 trabalhadores e
produção de 65 mil peças por mês.
Após sucessivas expansões,
pretende investir outros 5 milhões de dólares neste ano, aumentar o quadro para
1,5 mil empregados e vender 600 mil peças por mês”.
“O custo aumenta e elas passam a
ponderar a mudança para outra região da América Latina com melhores retornos em
termos de custo, facilidade tributária e taxas de juro.
“E uma alternativa é o Paraguai”,
diz o economista Igor Rocha, diretor de Economia e Planejamento da Associação
Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
Por enquanto, prevalece à busca
de custos menores. A jornada é de 48 horas semanais e as férias
são de 12 dias até o primeiro qüinqüênio de trabalho, passam para 18 dias
quando o trabalhador completa dez anos de firma e só a partir dessa etapa há
possibilidade de se atingirem 30 dias.
Não há Fundo de Garantia nem
Imposto Sindical, as contribuições sociais são de 16,5% sobre a remuneração,
diante de 20% a 23% no Brasil.
Tampouco existem recolhimentos
equivalentes aos destinados aos serviços sociais e de aprendizagem da indústria
e do comércio (Sistema “S”).
O Brasil é país de generosos,
através de políticos inescrepulosos, que contam com o olhar moroso da STF.
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