JT era para ser uma justiça pacificadora
(...) “perguntamos: Qual é a real formação civil de um juiz?
Teria ele advogado? Ou trabalhado em alguma empresa, ou mesmo ter possuído
algum negócio? Saem do nada, para ditar regras de direito, deformando títulos legais,
tudo em nome de uma liberdade conquistada em pleno pulmão da ditadura de 64,
com a mão vetusta, e a Lei da Magistratura Nacional - Loman.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Quando se fala em conflitos trabalhistas, é preciso refletir sobre a
essência da palavra, para que o mal menor não se transforme num mal maior. Com o devido reparo
dos que não se dão ao trabalho de pesquisar e consultar as informações dos
portais dos tribunais e do Ministério do Trabalho e Emprego estou discordando
dos números do desemprego recém divulgados, de que a população ativa (empregada
era de 45 milhões).
Na
informalidade (sem CTPS anotada) temos 60 milhões. Com isso, a demanda de ações
no judiciário brasileiro atingiu total de 115 milhões (desses 34 milhões na
justiça laboral). Só na laboral em 2016 ingressaram 4.4 milhões de novas ações.
Hoje são
14 milhões desempregados. (75 milhões informais) e 38 milhões empregados. Em conseqüência
dos dissabores da relação laboral, em 2020 teremos 150 milhões de ações. E
vamos gastar R$ 400 bilhões para sustentar os tribunais no país. 30% desse
valor serão destinados para a Justiça do Trabalho, onde 97% serão para pagar a
folha de servidores.
O custo
Brasil, tem ingredientes maléficos, um deles o que acabo de alinhar. Quando
falo em pacificação, me refiro inicialmente abrupta relação:
juízes/serventuários com a comunidade. O preciosismo e as armadilhas das leis
trabalhistas, e ainda das decisões dos juízes, desembargadores e ministros da
especializada do trabalho, são em sua maioria fora da realidade do próprio
negócio. Multinacionais quando se defendem na justiça, possuem os melhores
serviços de advocacia.
Das ações
na justiça laboral, 67% encalham na fase de execução. E mais da metade se
tornam insolúveis. As indenizações arbitradas nas sentenças lotéricas dos seus
juízes, superam até os mais otimistas dos advogados que militam nesta justiça.Levar
uma revelia na JT, o melhor é fechar o negócio e evaporar. A visão deste
cenário deprime e amargura a população que padece com seus magros salários, e
distante uma eternidade dos privilégios dos atores internos dos tribunais.
Se extinta a especializada,
serventuários debochados, irônicos, ameaçadores e intimidadores, despreparados
e pernósticos e seu juízes terão que se contentar em deixar sua "zona de
conforto", e terminar seus dias atrás de um balcão rabugento, onde não
poderão mais, ofender e pisotear nos demandantes e advogados. EM SUMA: O FIM
DESSA JUSTIÇA FOI TRAÇADO PELOS SEUS PRÓPRIOS ATORES.
Perguntamos:
Qual é a real formação civil de um juiz? Teria ele advogado? Ou trabalhado em
alguma empresa, ou mesmo ter possuído algum negócio? Saem do nada, para ditar
regras de direito, deformando títulos legais, tudo em nome de uma liberdade
conquistada em pleno pulmão da ditadura de 64, com a mão vetusta, e a Lei da
Magistratura Nacional - Loman.
Enquanto
o segmento que mais emprega, o pequeno e o micro empregador padecem a deriva
das decisões contrárias, impedidos de recorrer diante das taxas absurdas dos
recursos, para fazer valer texto de lei, ignorados por juízes desfocados, cujas
sentenças são na verdade mera interpretação e inovação. Em 2015 lancei a obra,
JUSTIÇA TRABALHISTA DO BRASIL - o fenômeno social agoniza. Em suas páginas
estão registradas essas e outras observações, com todo esmero e seriedade, que
o tema merece.
Agora uma
avalanche composta de pessoas de profundo saber jurídico e que já concluíram
que é necessária a medida extrema de extinguir a JT. E se isso ocorrer, ao
contrário dos paternalistas que lutam para preservar o status e o elenco de privilégios concedidos de forma criminosa por
eles mesmos em suas decisões nos tribunais superiores.
Quanto ao
trabalho, a mais valia, estará garantida e os direitos ínsitos em lei, estarão
preservados. Uma justiça onde um juiz se negou a fazer audiência com um
trabalhador porque ele calçava chinelos, não é digna de se manter na estrutura
da Republica.
Quem
assiste às sessões dos tribunais trabalhistas, sofre constante com o
desmerecimento que esses fazem dos representantes da Ordem dos Advogados do
Brasil.
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