Mais outra acusação contra Sergio
Cabral, Odebrecht, Eike Batista
HELIO
FERNANDES
Não tenho a
menor ideia até onde irão as denuncias contra o ex-governador. A cada dia
surgem novas. A de agora vem do Le Monde, jornal respeitado da França. Ele é
frontalmente ligado á CORRUPÇÃO para que a Olimpíada de 2016, fosse realizada
no Rio de Janeiro. Dá valores, datas, nomes de pessoas ligadas a Serginho, e
que pagaram 7 milhões para a Olimpíada ser no Rio.
Não é a
primeira vez que ele é ligado a mobilizações corruptas no setor esportivo. Os 7
milhões que teria pago pela Olimpíada, representam importância mínima, comparada
com o que gastou no Maracanã: 1 BILHÃO e 300 MILHÕES, para transformar o maior
estádio do mundo, lenda e legenda nacional e internacional no chiqueiro imundo
e desprezado que é hoje.
Depois
de desperdiçar essa fortuna, favorecendo a Odebrecht (sempre ela, sempre ela)
constatemos a realidade de antes e a de agora. Inaugurado em 1950, o jogo final
Brasil - Uruguai, com a derrota provocou o silencio emocionante de 200 mil pessoas
presentes. Foi um dos espetáculos mais tristes e trágicos a que já assisti em
toda a vida esportiva.
RECORDE NACIONAL E INTERNACIONAL, HOJE ABANDONADO
Depois da
Copa de 1950, terminaram as obras, colocaram “borboletas”, logo se sabia
quantas pessoas estavam presentes. E vieram os grandes públicos. Em 1970, 20
anos depois, a eliminatória Brasil - Paraguai. Quem perdesse, estaria fora. 187
mil pagantes. Numero jamais superado. Em 1983, Fla-Flu, com a presença de
177 mil pessoas. Começaram então as conversas para que o Brasil sediasse
outra Copa.
Demora,
as sedes das Copas e das Olimpíadas, são escolhidas de 6 em 6 anos. Em 2008
ficou decidido: a Copa de 2014 seria no Brasil, com exigências de 9 estádios e
a construção de um NOVO Maracanã, com a derrubada do ANTIGO, que precisava de
completa remodelação. Vou tratar apenas do Maracanã, apesar dos outros,
chamados de 'elefantes brancos', terem desperdiçado dezenas de bilhões.
DERRUBADA DO MARACANÃ, CRIME DE LESA PÁTRIA, INESQUECÍVEL
Era
o símbolo esportivo nacional com repercussão internacional. Todos queriam jogar
no Maracanã, não havia nada igual no mundo. Destruíram um estádio
lenda-legenda, colocaram no lugar, outro de 79 mil lugares, mas que é liberado
apenas para 74 mil. E introduziram a corrupção como rotina, tudo comandado pela
Odebrecht.
O
contribuinte pagou 1 bilhão e 300 milhões para substituir um monumento por um
mostrengo. E para as Olimpíadas precisaram de mais 300 milhões, para
adaptações. O Maracanã antigo era freqüentado pelo povo, que se dividia entre a
GERAL e a ARQUIBANCADA, criando as palavras, "geraldino" e
"arquibaldo".
Na Copa
de 2014, o povo ficou distante, nos piores lugares. Os "aristocratas'' freqüentaram
durante a Copa, sumiram. Nada disso pode ser esquecido, é CRIME, e dos grandes.
E mais grave: o que sobrou do lendário Maracanã é "administrado" pela
Odebrecht e Eike Batista. Os IRRESPONSAVEIS pelos lucros fabulosos e pelo
chiqueiro desabitado, e sem futebol.
Para
terminar por hoje. O Barcelona está INVESTINDO 1 bilhão em obras no seu estádio.
Dos atuais 94 mil lugares, passará para100 mil. Tudo o que se refere ao Maracanã,
deveria se incluído na lava-Jato. Em se tratando de Odebrecht e Eike Batista, é
tudo dinheiro sujo. Apesar deles serem mestres na lavagem de dinheiro.
O GESTOR
João Doria
Foi
candidato a prefeito, de São Paulo com um patrocinador verdadeiro e uma frase
duvidosa. O patrocinador, publico e notório: Geraldo Alckmin, governador do
estado. E a frase que ele mesmo começou a contestar: "Não sou POLITICO,
sou GESTOR". Antes mesmo da posse, acreditando que todos são idiotas,
garantiu: "Não serei candidato á REELEIÇÃO".
Como
ninguém havia perguntado nada, cumpri meu papel e alertei: se antes da posse
ele faz uma declaração como essa, alguma coisa pretende obter. O que logo se
mostrou rigorosamente verdadeiro. Queria e ainda pretende "queimar etapas",
surgindo como presidenciável para 2018.
Agora, o
prefeito João Doria aparece em manchetes pré-fabricadas, como presidenciável
com mais chances do que os três que já foram candidatos. E que jogam tudo no
encerramento da carreira com uma candidatura em 2018. Alckmin, Aécio, Serra. O
prefeito, parecendo muito experto, não passa de um tolo.
Desmoralizando
a frase que o projetou, Doria age como político, primário. E como gestor,
precisaria de tempo. Que só teria para 2022, e assim mesmo se fizesse uma
extraordinária administração. Para ser candidato em 2018, teria que deixar a
prefeitura em abril de 2018. Ou seja: praticamente 1 ano.
Alem de
todas as impossibilidades, dificuldades e impropriedades, mais uma que o GESTOR
que não é POLITICO, não percebeu: o eleitor não gosta de quem se candidata a um
cargo, pensando em disputar outro.
O
Ministro-senador-governador Serra, poderia lhe dar aula sobre o assunto. Foi
eleito, sofreu terrivelmente, cumpriu 16 meses, saiu, se candidatou a
governador. Foi eleito, mas cobrado intensamente. E tinha um curriculo que
Doria está longe de ostentar.
Em suma:
para 2018 nenhuma chance para o gestor ou o político. E 2022 está tão longe que
ofusca a visão do político e do gestor.
O CHANCELER MONOGLOTA
Aloizio
Nunes Ferreira, será o primeiro da Historia. Disseram que Serra também era.
Tolice. Estava exilado no Chile. Com o golpe de Pinochet, os brasileiros
tiveram que ir embora. Serra foi para os EUA. Queria fazer uma Universidade. Acreditando
que a ditadura acabaria logo, não se matriculou, mas melhorou muito seu inglês.
O governo
de Portugal, chegou a reclamar do Brasil, muitos embaixadores iam para lá
porque só falavam português. O mais notório: Gama e Silva, Ministro da Justiça
e do AI-5. O jornalista Oto Lara Resende apelidou-o de "doidivanas do
Balaio". Doidivanas pelo estilo. Balaio, uma boite da moda naqueles
tempos. Inferior ao Vogue e ao Sachas. O ministro era também inferior ao padrão
dos freqüentadores das outras duas boites.
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