Estão
dando tempo aos corruptos corruptores
HELIO FERNANDES
Enquanto
no Brasil inteiro o povo ia para as ruas bradando em massa e cada vez mais alto, 'fora
Temer', o próprio tramava com acólitos e apaniguados. A lista de Janot pingava
mais alguns nomes, aumentando o numero dos que pretendem se salvar, seja como
for.
Apareceram
mais 5 governadores, alguns deputados e senadores sem a menor importância. Mas
que aumentam o numero dos que reforçam a resistência á lava-Jato, por caminhos
insuspeitados. Ha anos, são apresentados e logo engavetados, na Câmara e no Senado,
projetos de reforma política.
Alguns com
itens imprescindíveis, moralizadores, realmente com o objetivo de colocar a
política em caminhos verdadeiramente republicanos. Arquivados, porque continham
propostas altamente positivas e construtivas. O apoiaram a 'coalizão
proporcional', que elege quem não tem votos. A exigência de um numero mínimo de
votos, para que os partidos existam, possam 'gozar' do fundo partidário, e se exibir no horário eleitoral gratuito.
E
finalmente, todos esses projetos que não andaram, acabavam com a reeleição, garantindo
a imprescindível alternância no poder. Uma das paixões de Rui Barbosa, destruída
pela volúpia de FHC. Que com o dinheiro sujo das 'desonerações', enriqueceu
empresários com o dinheiro do povo, e prorrogou o próprio mandato.
TEMER DESENTERRA ESSA REFORMA POLITICA
È a
maior preocupação do presidente indireto. Mandou recolher na Câmara e no Senado
projetos adormecidos, 'limpou-os atentamente, tirou o que não interessava,
chamou o presidente do TSE para conversar, concluíram: “A reforma política
partidária é a salvação para a crise".
Com
esse aval, convocou ao Planalto o presidente da Câmara e do Senado, determinou:
"Precisamos fazer com URGENCIA a reforma partidária. É a única maneira de
unirmos Executivo e Legislativo, no interesse do país". Na verdade está
entusiasmado com seu próprio futuro.
O SONHO ALUCINADO DA REELEIÇÃO
Desde
que assumiu como indireto, não deixou de admitir mais 4 anos. Pressionado,
dizia,'não penso em reeleição'. Perguntado por que não mandava PEC acabando com
a reeleição, desconversava. Não desconversa mais, Está convencido que será
praticamente candidato único. Quando falam em Lula, que já lançou a
candidatura, e lidera as pesquisas, abre o sorriso dúbio e supérfluo, balbucia:
'O Lula, ah! o Lula! E volta a sonhar.
Sabe que
a reforma política partidária enfrentará enormes obstáculos. Mas joga com o
tempo que a lentidão da Procuradoria lhe concede. Vai levar esse plano com decisão, e acredita, com apoios importantes. Tem medo
apenas que o Supremo queira aumentar a velocidade dos julgamentos.
Se
as coisas não caminharem como ele projeta, Temer então se aliará com a parte
muito grande do Congresso, que se refugia ou tenta sobreviver, utilizando de
todas as maneiras a palavra ANISTIA, nas 4 formas sempre utilizadas, mas agora
ameaçando todos eles. Examinemos todas elas.
O caixa 1
indiscutível e inegável abastecido e comprovado com dinheiro de propina. Nem os beneficiários
negam. O caixa 2, nas mais diversas nuances, todas criminosas e
vergonhosas.
A - Como
foi usada sempre, sem punição para ninguém, 'desfaçatez', como disse Ayres Brito.
B- Abastecida e usada com dinheiro da corrupção, em parte para campanha
eleitoral.C-Exclusivamente destinada a enriquecimento pessoal. Como se vê, não
ha escapatória, todos têm que ir para a cadeia, por mais ou menos tempo.
A não ser que sejam beneficiados pela lentidão da Procuradoria. A sorte está
lançada, o jogo está jogado. Mas o que adianta colocar na lista, Sergio Cabral
ou Eduardo Cunha. Perderão o que estava GANHO.
Trump não manda tanto
Custou a
compreender que não manda tanto quanto pensava. Logo que tomou posse, proibiu
visitantes de 7 países de entrarem nos EUA. Contestado pelo Promotor de
Washington, perdeu para um juiz e um colegiado de juízes.
Ficou
entre recorrer á Suprema Corte, cuja derrota seria definitiva, ou fazer outro
decreto. Optou por esta modificação, foi derrotado por um juiz do Havaí e por
outro do estado de Mariland. Não sabe o que fazer.
Na semana
passada, reagiu violentamente atacando duramente um jornalista de televisão. Motivo:
ele publicou uma declaração de imposto de renda de Trump, de 2005. O que todos
estranham: o jornalista revelou que ele pagou 38 milhões de dólares para um
lucro de 150 milhões. Portanto, 26 por cento.
Talvez a
irritação tenha como base o fato de que Trump deveria ter pagado na fonte, 35
por cento, ou seja, 52 milhões. Teria sonegado 14 milhões. Mas o jornalista não
fez o menor comentário. Apresentou os documentos e pronto.
PS- O
governo está badalando este fato: em fevereiro, foram aumentados, 35.590 empregos
com carteira assinada. Para os cálculos percentuais, vou considerar que foram
36 ml.
PS2- Os
desempregados são 13 milhões. Nesse total, 36 mil representam 0,4 por cento.
Resultado para esconder e não para festejar.
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