Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 17 de março de 2017

Estão dando tempo aos corruptos corruptores

HELIO FERNANDES

Enquanto no Brasil inteiro o povo ia para as ruas   bradando em massa e cada vez mais alto, 'fora Temer', o próprio tramava com acólitos e apaniguados. A lista de Janot pingava mais alguns nomes, aumentando o numero dos que pretendem se salvar, seja como for.

Apareceram mais 5 governadores, alguns deputados e senadores sem a menor importância. Mas que aumentam o numero dos que reforçam a resistência á lava-Jato, por caminhos insuspeitados. Ha anos, são apresentados e logo engavetados, na Câmara e no Senado, projetos de reforma política.

Alguns com itens imprescindíveis, moralizadores, realmente com o objetivo de colocar a política em caminhos verdadeiramente republicanos. Arquivados, porque continham propostas altamente positivas e construtivas. O apoiaram a 'coalizão proporcional', que elege quem não tem votos. A exigência de um numero mínimo de votos, para que os partidos existam, possam 'gozar' do fundo partidário, e se exibir no horário eleitoral gratuito.

E finalmente, todos esses projetos que não andaram, acabavam com a reeleição, garantindo a imprescindível alternância no poder. Uma das paixões de Rui Barbosa, destruída pela volúpia de FHC. Que com o dinheiro sujo das 'desonerações', enriqueceu empresários com o dinheiro do povo, e prorrogou o próprio mandato.

TEMER DESENTERRA ESSA REFORMA POLITICA

È a maior preocupação do presidente indireto. Mandou recolher na Câmara e no Senado projetos adormecidos, 'limpou-os atentamente, tirou o que não interessava, chamou o presidente do TSE para conversar, concluíram: “A reforma política partidária é a salvação para a crise".

Com esse aval, convocou ao Planalto o presidente da Câmara e do Senado, determinou: "Precisamos fazer com URGENCIA a reforma partidária. É a única maneira de unirmos Executivo e Legislativo, no interesse do país". Na verdade está entusiasmado com seu próprio futuro.

O SONHO ALUCINADO DA REELEIÇÃO

Desde que assumiu como indireto, não deixou de admitir mais 4 anos. Pressionado, dizia,'não penso em reeleição'. Perguntado por que não mandava PEC acabando com a reeleição, desconversava. Não desconversa mais, Está convencido que será praticamente candidato único. Quando falam em Lula, que já lançou a candidatura, e lidera as pesquisas, abre o sorriso dúbio e supérfluo, balbucia: 'O Lula, ah! o Lula! E volta a sonhar.

Sabe que a reforma política partidária enfrentará enormes obstáculos. Mas joga com o tempo que a lentidão da Procuradoria lhe concede. Vai levar esse plano com decisão, e acredita, com apoios importantes. Tem medo apenas que o Supremo queira aumentar a velocidade dos julgamentos.

 Se as coisas não caminharem como ele projeta, Temer então se aliará com a parte muito grande do Congresso, que se refugia ou tenta sobreviver, utilizando de todas as maneiras a palavra ANISTIA, nas 4 formas sempre utilizadas, mas agora ameaçando todos eles. Examinemos todas elas.

O caixa 1 indiscutível e inegável abastecido e comprovado com dinheiro de propina. Nem os beneficiários negam. O caixa 2, nas mais diversas nuances, todas criminosas e vergonhosas. 

A - Como foi usada sempre, sem punição para ninguém, 'desfaçatez', como disse Ayres Brito. B- Abastecida e usada com dinheiro da corrupção, em parte para campanha eleitoral.C-Exclusivamente destinada a enriquecimento pessoal. Como se vê, não ha escapatória, todos têm que ir para a cadeia, por mais ou menos tempo.  A não ser que sejam beneficiados pela lentidão da Procuradoria. A sorte está lançada, o jogo está jogado. Mas o que adianta colocar na lista, Sergio Cabral ou Eduardo Cunha. Perderão o que estava GANHO.

Trump não manda tanto

Custou a compreender que não manda tanto quanto pensava. Logo que tomou posse, proibiu visitantes de 7 países de entrarem nos EUA. Contestado pelo Promotor de Washington, perdeu para um juiz e um colegiado de juízes. 

Ficou entre recorrer á Suprema Corte, cuja derrota seria definitiva, ou fazer outro decreto. Optou por esta modificação, foi derrotado por um juiz do Havaí e por outro do estado de Mariland. Não sabe o que fazer.

Na semana passada, reagiu violentamente atacando duramente um jornalista de televisão. Motivo: ele publicou uma declaração de imposto de renda de Trump, de 2005. O que todos estranham: o jornalista revelou que ele pagou 38 milhões de dólares para um lucro de 150 milhões. Portanto, 26 por cento.

Talvez a irritação tenha como base o fato de que Trump deveria ter pagado na fonte, 35 por cento, ou seja, 52 milhões. Teria sonegado 14 milhões. Mas o jornalista não fez o menor comentário.  Apresentou os documentos e pronto.

PS- O governo está badalando este fato: em fevereiro, foram aumentados, 35.590 empregos com carteira assinada. Para os cálculos percentuais, vou considerar que foram 36 ml.

PS2- Os desempregados são 13 milhões. Nesse total, 36 mil representam 0,4 por cento. Resultado para esconder e não para festejar.



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