Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 16 de março de 2017

Com foro privilegiado, menos do que se esperava

HELIO FERNANDES

Depois de 2 anos de rumorosa e incessante investigação, a Lava Jato, sempre combatida, coloca suas tropas na rua. Mas apesar do armamento pesado, e do pânico preventivo dos que sabiam que seriam alvos, por enquanto parecem todos salvos, ou pelo menos não atingidos mortalmente.

Podem argumentar: estão nas manchetes negativas, pelo menos 16 personagens todos ocupantes dos mais cobiçados cargos da Republica. Dois ex-presidentes, outros dois que tentaram, mas foram derrotados.

Só que em se tratando do mais alto cargo da Republica, ficou de fora, precisamente o que está no poder.  E citado 43 vezes em delações, é tão presumidamente culpado quanto os outros 4.

Alem do mais esse presidente no cargo, que surpreendentemente não foi citado, responde a um processo no mais alto tribunal eleitoral do país, com provas irrecusáveis.

Por manipulação de recursos de varias fontes, principalmente da Lava-Jato. Portanto, o presidente foi esquecido, ou melhor, deslembrado.

DEPOIS DE 2 ANOS ENORME DECEPÇÃO

Com a publicação da segunda lista do Janot, muitas esperanças se esvaíram. Dos 5 ministros arrolados, apenas 2 verdadeiros, Moreira e Eliseu do primeiro time político e da primeira hora da amizade. Os outros 3, meros coadjuvantes.

A lista por outros é completada com 10 outros personagens, conhecidos, citadissimos, que comandam a guerra contra a Lava-Jato, capaz de derrotá-la ou derrubá-la. (tirei o nome do Guido Mantega, não tem nada a ver com isso. Não é um santo, mas não é um bandido como tantos outros, nem enriqueceu, licita ou ilicitamente).

Dos 83 com foro privilegiado Maia. A impressão do, 16 foram nominados. E os outros 67? E por que apenas 1 deputado, Rodrigo Maia. Se nodos fosse presidente, teria sido incluído?  Muitas falhas. Os senadores são o que todos esperava, nenhuma duvida. Mas existem muitos outros.

 A Lava - Jato tem o apoio e a solidariedade das ruas. Mas ha muito tempo silenciosa. Se não houver conclusão este ano, enorme vantagem para os corruptos
corruptores. Estão agindo direta e indiretamente. 

Ontem já começaram a tratar da reforma partidária. Querem implantar o famigerado voto de lista. Em vez de votar nominalmente, como até agora, o cidadão seria obrigado a votar numa lista. Na qual estariam todos os indiciados que terminam o mandato em 2018. 

Já se reuniram ontem, o presidente indireto, o da Câmara e o do senado. Protegidos (?) pelo guarda chuva do ministro Gilmar Mendes.

Se não conseguirem, partirão para a guerra aberta. Ou seja, tentarão aprovar a ANISTIA para o Caixa 2. Ariscarão tudo num lance isolado.

PS- Não esquecer que em setembro acaba o mandato de Rodrigo Janot.  Aumentam a velocidade, ou assistirão a frustração nacional. Participando dela.


Nenhum comentário:

Postar um comentário