Com foro privilegiado, menos do
que se esperava
HELIO FERNANDES
Depois de
2 anos de rumorosa e incessante investigação, a Lava Jato, sempre combatida,
coloca suas tropas na rua. Mas apesar do armamento pesado, e do pânico
preventivo dos que sabiam que seriam alvos, por enquanto parecem todos salvos,
ou pelo menos não atingidos mortalmente.
Podem
argumentar: estão nas manchetes negativas, pelo menos 16 personagens todos
ocupantes dos mais cobiçados cargos da Republica. Dois ex-presidentes, outros
dois que tentaram, mas foram derrotados.
Só que em
se tratando do mais alto cargo da Republica, ficou de fora, precisamente o que
está no poder. E citado 43 vezes em delações, é tão
presumidamente culpado quanto os outros 4.
Alem
do mais esse presidente no cargo, que surpreendentemente não foi citado,
responde a um processo no mais alto tribunal eleitoral do país, com provas irrecusáveis.
Por
manipulação de recursos de varias fontes, principalmente da Lava-Jato.
Portanto, o presidente foi esquecido, ou melhor, deslembrado.
DEPOIS DE 2 ANOS ENORME DECEPÇÃO
Com
a publicação da segunda lista do Janot, muitas esperanças se esvaíram. Dos 5
ministros arrolados, apenas 2 verdadeiros, Moreira e Eliseu do primeiro time político e da primeira hora da
amizade. Os outros 3, meros coadjuvantes.
A lista
por outros é completada com 10 outros personagens, conhecidos, citadissimos,
que comandam a guerra contra a Lava-Jato, capaz de derrotá-la ou derrubá-la.
(tirei o nome do Guido Mantega, não tem nada a ver com isso. Não é um santo,
mas não é um bandido como tantos outros, nem enriqueceu, licita ou
ilicitamente).
Dos 83
com foro privilegiado Maia. A impressão do, 16 foram nominados. E os outros 67?
E por que apenas 1 deputado, Rodrigo Maia. Se nodos fosse presidente, teria
sido incluído? Muitas falhas. Os senadores são o que todos esperava, nenhuma
duvida. Mas existem muitos outros.
A
Lava - Jato tem o apoio e a solidariedade das ruas. Mas ha muito tempo
silenciosa. Se não houver conclusão este ano, enorme vantagem para os corruptos
corruptores.
Estão agindo direta e indiretamente.
Ontem já
começaram a tratar da reforma partidária. Querem implantar o famigerado voto de
lista. Em vez de votar nominalmente, como até agora, o cidadão seria obrigado a
votar numa lista. Na qual estariam todos os indiciados que terminam o mandato
em 2018.
Já se
reuniram ontem, o presidente indireto, o da Câmara e o do senado. Protegidos (?)
pelo guarda chuva do ministro Gilmar Mendes.
Se não
conseguirem, partirão para a guerra aberta. Ou seja, tentarão aprovar a ANISTIA
para o Caixa 2. Ariscarão tudo num lance isolado.
PS- Não
esquecer que em setembro acaba o mandato de Rodrigo Janot. Aumentam a
velocidade, ou assistirão a frustração nacional. Participando dela.
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