IMPEACHMENT
DE DILMA. HISTÓRIA PARA ‘BOI DORMIR’. LULA-LÁ ESTÁ DE OLHO NO PARLAMENTARISMO.
VIROU ARISTOCRATA.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
21.10.15
A lei que regula oimpeachmentno Brasil (Lei 1.079) foi sancionada
por Eurico Gaspar Dutra, em 1950. Sem dúvida, está completamente ultrapassada,
há sérias dúvidas sobre se foi (ou não) recepcionada pela Constituição de 1988.Tão logo surgiram os primeiros pedidos de impeachment a guerra de liminares, que
já começou e todas concedidas pelo STF, para reprovar a manobra jurídica
promovida por Eduardo Cunha e pela oposição.
Questiona-se
o presidente pode ser responsabilizado por “crimes” ocorridos em mandato já
extinto? O pedido deimpeachmentadmite aditamento? Uma mera opinião do
Ministério Público sobre “pedaladas”, opinião não analisada pelo TCU nem
convalidada pelo Congresso, é suficiente para tirar um partido do governo? As
contas de Dilma, de 2014, rejeitadas (corretamente) pelo TCU, mas ainda não
apreciadas pelo Congresso Nacional, como manda a Constituição, constituem base
jurídica para o impedimento?
A
oposição alega-se incompetência, ingovernabilidade e corrupção da moralidade
pública. Os imputados retrucam e dizem que isso é golpe.
O
fato é que a lei de 1950 é do tempo em que mandava em tudo e soberanamente o
Executivo (com total menosprezo ao povo e ao Poder Jurídico de Controle).
Cunhamos a frase: “Todos os males da democracia se podem curar com mais
democracia” (Alfred Emanuel Smith, americano, político), ou então: “Algo só é impossível até que alguém duvide e acabe provando o contrário”
(Albert Einstein).
Necessitamos
urgentemente de uma nova regulamentação jurídica para encampar esse poder (do
povo) de deseleger. O velho modelo do Estado brasileiro, falido (onde convive o
patrimonialismo dos governantes com o extrativismo de algumas elites econômicas
e financeiras, em prejuízo da maioria da população), é decrépito e está
ultrapassado. Oimpeachment(da Dilma, por exemplo) é uma forma de
“deseleição” dominada pelo mundo político normalmente corrupto (e que, ademais,
é subjugado pelo econômico e financeiro).
A
cassação dos parlamentares (de Eduardo Cunha, por exemplo) cabe ao mundo
político (que é comandado pelos financiadores das suas campanhas). Em regra,
não passa de uma farsa.
Enquanto
discutimos o impeachment, a presidente Dilma Rousseff (PT) fica, por isso protagonizou
mais uma gafe em pronunciamento e virou novamente motivo para piada nas redes
sociais. Durante entrevista coletiva realizada em Nova Iorque, em evento da
Organização das Nações Unidas a petista sugeriu a
invenção de uma tecnologia para estocar vento.
O
mecanismo eleitoral do país é vergonhoso, o eleitor vota de forma desastrosa,
90% sequer se lembra dos nomes que sufragou na última eleição. Um sistema
combalido, falido, e se consistência. Elegemos um poste, indicado por um
senhor, que escapou do “mensalão”, fala a língua o povo, mas pratica a do
capital. Temos a Lava Jato, e o impeachment em discussão.
Enquanto
costuram o impeachment, Lula-Lá descobriu o discurso do parlamentarismo. Quer
ser aristocrata.
Chega
a ser vergonhoso esse tipo de discurso azedo e de vocabulário medíocre da
presidente, certamente atenta contra o país, dando certeza aos demais países
sérios que o Brasil está sendo dirigido por pessoa despreparada para a
presidência. Nos movimentos sociais de junho de 2013, ouvimos: “Vocês não nos
representam”.
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