Políticos deveriam ser proibidos
de falar em impeachment, Lava jato, sucessão presidencial.
HELIO FERNANDES
O
prefeito de São Paulo, desesperado de estar chegando ao fim do mandato, e
provavelmente da vida publica, decidiu: "Motoristas de taxi não podem
falar de política, futebol e religião com passageiros". Esses três
assuntos e os outros três que coloquei no titulo, deveriam fazer parte do
silencio a ser imposto a políticos ou personalidades da vida publica. Para
completar a proibição deveriam apreender o taxímetro, político não fala de
graça.
A crise
nacional tem como base a incompetência, a imprudência, a inconsciência, tudo
completado pela corrupção. Mas também, que leva quase todos a uma desvairada
contradição: a ambição desenfreada. Fazem tudo para continuar no palco, desde a
compra da reeleição para não deixar a presidência, até a invenção do mensalão
para se manterem.
Diante do
sucesso das empreitadas, corromperam os 11 maiores empreiteiros, para
enriquecerem de forma alucinante, mesmo que com isso empobreçam eternamente o
país. É evidente que nenhum deles desconhecia ou desconhece que o
enriquecimento colossal e individual empobreceria para sempre o país.
Não vou
citar nomes, a lista dos implicados, investigados, acusados e finalmente
condenados é tão grande, que a palavra omissão significaria muito pouco. E a
opinião publica conhece todos ou quase todos. Três deles, forte ou fartamente
citados, foram presidentes da Republica, teimosamente se recusam a abandonar as
manchetes.
Os outros pretenderam o cargo, não atingiram o objetivo. Mas se
transformaram em servos, submissos e subservientes. Mais grave, se fosse possível:
cúmplices, coadjuvantes, intermediários no recebimento das propinas.
Agora, visível
e assustadora, a coalizão contra a Lava jato. Por carta aberta, através de
medidas provisórias de "leniência", afirmações palacianas de que o
desemprego foi impulsionado pela Lava jato. Mesmo que fosse verdade, nada
justificaria a impunidade e o "direito" á imunidade que pretendem conceder
aos personagens protagonistas do maior escândalo da Historia do Brasil.
A crise é
muito mais profunda do que se imagina. No ultimo dia do ano escrevi: "2016
será muito pior do que 2015. Em 2017 haverá certa melhoria, mas tão pequena,
que não trará conforto econômico e conseqüentemente, de melhoria politica para
o futuro.
Rigorosamente verdadeiro.
Agora o
FMI entrou em cena, revelando o que já se sabia, a repercussão foi enorme. O
FMI "descobriu a pólvora", garantindo que a queda do PIB, neste 2016,
será de 3,7. Qual a surpresa? Ainda acenou com um 2017 com o PIB
praticamente "zero a zero", irrealidade e inverdade. A incógnita para
o país, começa em 2018.
Qualquer analise apenas adivinhação. Será o ano da
eleição da lava jato. Todos os possíveis ou supostos candidatos, foram
"condecorados" em Curitiba. Menos naturalmente Lula, que afirmou
ontem, estrondosamente: "Duvido que exista alguém mais honesto do que
eu". Esqueceu de Dona Dilma, que não pode pretender o terceiro mandato.
E de FHC,
que quase sofreu impeachment por ter comprado um mandato para ele. Foi salvo
pelo troglodita que era presidente da Câmara. Agora, não pode ser presidenciável.
Tendo nascido em 1931, em matéria de idade, passou muito alem da Tapobrana.
Petrobras-Argentina.
Está
tentando vender duas empresas. Como surgiram dificuldades, deu nota oficial
tentando explicar. Diz que as duas empresas na Argentina representam ativos
importantes. Deve ser. O ex-diretor internacional, Cerveró, revelou que FHC
negociou uma empresa lá, por 1 bilhão de dólares, recebendo 100 milhões de dólares
de propina. FHC negou, tímida e vagamente.
Dilma, Temer, Nelson Barbosa, George Clooney.
Dos
quatro o único que tem credibilidade é o grande ator. Seguiu o caminho aberto
por outros atores e intelectuais, protestando contra o fato de nenhum negro ter
sido indicado para qualquer categoria do Oscar. O presidente Obama tem se
ocupado e se preocupado com o crescimento do preconceito racial.
A
presidente e o vice, em hostilidade permanente, ”conversaram" durante 15
minutos. Como eram apenas os dois, deram uma versão tola sobre o encontro
inútil. E Nelson Barbosa, que perseguia o Ministério da Fazenda ha anos,
confirmou o que a presidentA vinha dizendo. È preciso aumentar impostos para a
recuperação do país.
Como ela
colocou no orçamento a arrecadação da CPM, (que não existe e dificilmente
existirá) ele fez a apologia do novo imposto. Textual: "A CPMF será
aprovada em maio, e em setembro o Brasil já sentirá os seus efeitos
positivos".
Banco Central: sem credibilidade ou autoridade.
Tombini
decidiu manter os juros como estavam. Contrariou a sua própria orientação:
"A inflação só cai com a alta dos juros". Não existe o menor sinal de
queda da inflação e Tombini joga a toalha. Devia entregar também o cargo, já
que a contradição é visível.
Nenhuma
surpresa para este repórter. Há dias venho dizendo que não haveria aumento. E
ontem, escrevi: vai ficar em l4,25 ,aumento só depois do carnaval. Quando
revelei com exclusividade a carta que Tombini mandou para o Ministro Nelson Barbosa,
comentei: "Eles são conflitantes em tudo, até na questão dos juros".
Portanto,
vitoria do Ministro da Fazenda, se é que ele agiu pela própria cabeça. A decisão
de manter os juros, errada, devia ter começado a redução. Os juros estão num
patamar assustador, e a inflação inatingível. Haverá repercussão
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