Advogados
poderosos, com clientes opulentos, tentam novo grau de recurso: a carta aberta.
HELIO FERNANDES
Vexaminosa,
falsa, pecaminosa, autocondenatoria, inverídica, alguns causídicos procuram
satanizar a imprensa e a Justiça, pretendendo inocentar o crime e a corrupção.
Com isso procuram manter a impunidade e a imunidade que perdurou por tanto
tempo. Revoltados e desesperados por não deixarem os acusados em liberdade,
produziram um documento sem brilho, grandeza ou credibilidade, que só foi
publicado mesmo como matéria paga.
Exageraram
visivelmente ao comparar a condenação de criminosos provados e comprovados, e afirmar,
"que agora é pior do que na ditadura". E obtiveram o efeito contrario
e contraditório, na segunda afirmação, condenando um processo legitimo na
Justiça, com diversos graus de recursos, como se fosse uma ação da
inquisição.
Os causídicos
se condenaram, não defenderam os clientes, e jogaram toda a opinião publica
contra eles. A voz das ruas já se manifestava contra a chamada "leniência",
que beneficiava a roubalheira, e procurava interferir na caminhada justa e
equilibrada da Lava-jato.
O documento indefensável.
Parece
redigido por causídicos de acusação e não de defesa. È inacreditável da
primeira á ultima linha. Praticamente incompreensível, ilegível, indefensável.
Vou destacar apenas três pontos daquele desalinhavado e desconjuntado
documento.
1 - O que
chamam de "vazamento seletivo”, copiando o nada tratadista Eduardo Cunha.
E nada mais é do que jornalismo investigativo, hoje o apogeu da imprensa.
2 - Dizem
insensatamente, que as prisões são feitas para provocar a delação premeditada.
Esquecem que a maioria delas foi obtida com os acusados em liberdade.
3 - A
delação do ex-diretor Cerveró, que trouxe para as ruas, acusações contra Lula e
FHC, não foi aceita pela Policia Federal e pelo Ministério Publico Federal.
Insistiu, garantiu: "Eu falo sem compromisso, ouvem, vejam se vale à
pena". Estão aí dois ex-presidentes, desvendados e atormentados. A opinião
publica quer a punição não leu a carta publicada em meia pagina e em letrinha miúda,
por economia. Tive que ler por dever de oficio. E obrigado a lamentar.
Equivocado desprendimento, por tanta corrupção inglória.
O malabarismo orçamentário de Dona Dilma.
Importante
e imprescindível o orçamento. Para pessoas, países, governadores, prefeitos,
empresas, famílias. Ninguém pode administrar, sem saber o que fazer, ou viver, sem
conhecer quanto ganha ou quanto gasta. Menos naturalmente Dona Dilma. A
presidente demonstrou toda a onipotência, ao enviar o orçamento para o
Congresso. Colocou como receita até mesmo a "arrecadação" com a CPM,
que não foi votada e não tem uma possibilidade em 1 milhão de ser aprovada.
Queria
incluir o que pretende (?) arrecadar com a criminosa "leniência", e o
produto da roubalheira que está sonegada no exterior. E que avalia, não se sabe
por quais cálculos ou números em 150 bilhões.
Mais
excentricidade. Cortou a economia que chamavam de superávit primário, para
amortizar os juros da divida. Já foi de 80 ou 90 bilhões, cresceu tanto, que
precisaria de mais de 200 bilhões. Agora, colocou em 0,5 por cento do orçamento,
que é de 3 trilhões. Portanto, apenas 15 bilhões.
Duas grandes batalhas no Congresso: o impeachment e
a volta da CPMF.
Se
chegarem a ser votadas, mobilizarão grandes forças políticas. Mas as duas serão
derrotadas. Estranho e curioso. A derrota, certíssima, dos que pretendem o
impeachment, favorecerá Dona Dilma. Que permanecerá no cargo. (Dependendo do que
acontecer no TSE).
Também se
houver decisão no plenário, a CPMF será massacrada, tenebroso para Dona Dilma.
Que não cansa de repetir: "Governar é aumentar impostos". Exatamente
o contrario do que pensa o povo.
..............................................................................................................
Nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com os colunistas, através do: e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
ESTA MATÉRIA PODE SER REPUBLICADA DESDE QUE INDIQUE O NOME DO AUTOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário