Charlie Hebdo: 1 ano do assassinato.
HELIO FERNANDES
Ninguém
esqueceu. O presidente Hollande inaugurou uma placa, seria inesquecível mesmo
sem ela. Os profissionais do semanário fizeram um numero especial. Tiragem
elevada, circulação aumentada, esgotou logo, não revelaram os números. Pedem
nova tiragem, até mesmo fora da França, estão tentando ou estudando.
Mas não
escondem: nada é como antes, mudou tudo. Constrangimento diário. Trabalham em
outro lugar, gente nova e diferente, alem dos mortos alguns desapareceram. Lamento
principal: a segurança no trabalho, fora dele, em casa e fora dela. A
repercussão cada vez maior. Ontem, logo que a edição foi para as bancas, o
Vaticano já protestava por causa da capa. Mas o publico, de todos os lugares, cada
vez "mais Charlie".
2016 começa em 1° de fevereiro. Chegará a 2018?
A afirmação, tremenda realidade. A interrogação um mistério insondável, impenetrável, indecifrável. O personagem principal das duas datas se chama Dilma Roussef. No dia 1° de fevereiro acaba o recesso global, continua o processo do impeachment. Impossível dizer quanto tempo levará até chegar ao fim. Facílimo dizer que ela será absolvida, continuará no cargo. (Com a única duvida do repórter, já afirmei: poderá ser atingida pela cassação da chapa).
Digamos que essa tragédia termine em junho, 5 anos e meio depois da primeira posse, 1 ano e meio depois da segunda. Dona Dilma recomeçará então o que não deveria ter começado em 2010 e continuado a partir de 2015 .Nos dois primeiros anos , poucos perceberam a tragédia Mas ela era mais do que visível. De tal maneira que Lula e o PT, assombrados, foram os primeiros a perceberem.
Tentaram imediatamente localizar seu mandato em 4 anos, não conseguiram. Ela usou toda a incompetência, imprudência, a volúpia do poder para desafiar os inimigos e confrontar os amigos. Conseguiu apenas tornar visível a impopularidade, que antes de terminado 2015 ,já a colocava como o primeiro ocupante do Planalto a ficar com mais de 85 por cento de rejeição.
Sem projeto, sem plano, sem compromisso, sem ideias, sem vontade, arrogante. Em silencio, era um pavor. Falando, e sem conhecimento, errou em tudo. Não ha comparação com ninguém. Em silencio, se omitia em tudo. Falando, a catástrofe que revoltava o país inteiro. Seu primeiro equivoco foi à nomeação do Ministro da Fazenda, tido e havido como um personagem que poderia ser nomeado por Aécio, caso tivesse sido eleito. Não que o segundo Joaquim fosse incompetente, apenas frequentou a Universidade errada no entendimento de Lula e da cúpula do PT. O que Dilma imaginava, nenhuma importância.
Nos 27 dias que faltam para fevereiro, o Brasil continuará estagnado. Dilma sem fazer nada, ou fazendo tudo errado, como sempre. Elogios só de amigos, como Jaques Wagner no ultimo dia de 2015: "Impopularidade não é crime". Não é mesmo. Mas essa impopularidade, é consequência da alta da inflação, do dólar, dos juros do desemprego, da divida.
Baixa só mesmo do PIB, do investimento, do otimismo, da esperança, da expectativa de que os próximos 2 anos e meio, sejam mais prósperos. Nenhuma possibilidade. São todos farsantes, na situação ou na oposição.
Dilma e Aécio, que disputaram a ultima eleição, adoram falar na montanha de votos que receberam. Ela, 54 milhões. Como estavam inscritos 137 milhões, 83 milhões nem se lembraram do seu nome. Ele recebeu 52 milhões, pelo mesmo calculo, 85 milhões esqueceram dele. Por que tanto orgulho e arrogância?
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