2016
começa em 1° de fevereiro. Chegará a 2018?
HELIO FERNANDES
A afirmação,
tremenda realidade. A interrogação um mistério insondável, impenetrável, indecifrável.
O personagem principal das duas datas se chama Dilma Roussef. No dia 1° de fevereiro
acaba o recesso global, continua o processo do impeachment. Impossível dizer
quanto tempo levará até chegar ao fim. Facílimo dizer que ela será absolvida,
continuará no cargo. (Com a única duvida do repórter, já afirmei: poderá ser
atingida pela cassação da chapa).
Digamos
que essa tragédia termine em junho, 5 anos e meio depois da primeira posse, 1
ano e meio depois da segunda. Dona Dilma recomeçará
então o que não deveria ter começado em 2010 e continuado a partir
de 2015 .Nos dois primeiros anos , poucos perceberam a tragédia Mas
ela era mais do que visível. De tal maneira que Lula e o PT, assombrados, foram
os primeiros a perceberem.
Tentaram
imediatamente localizar seu mandato em 4 anos, não conseguiram. Ela usou toda a
incompetência, imprudência, a volúpia do poder para desafiar os inimigos e
confrontar os amigos. Conseguiu apenas tornar visível a impopularidade, que
antes de terminado 2015 ,já a colocava como o primeiro ocupante do Planalto a
ficar com mais de 85 por cento de rejeição.
Sem
projeto, sem plano, sem compromisso, sem ideias, sem vontade, arrogante. Em silencio,
era um pavor. Falando, e sem conhecimento, errou em tudo. Não ha comparação com
ninguém. Em silencio, se omitia em tudo. Falando, a catástrofe que revoltava o
país inteiro. Seu primeiro equivoco foi à nomeação do Ministro da Fazenda, tido
e havido como um personagem que poderia ser nomeado por Aécio, caso tivesse
sido eleito. Não que o segundo Joaquim fosse incompetente, apenas frequentou a
Universidade errada no entendimento de Lula e da cúpula do PT. O que Dilma
imaginava, nenhuma importância.
Nos 27
dias que faltam para fevereiro, o Brasil continuará estagnado. Dilma sem fazer
nada, ou fazendo tudo errado, como sempre. Elogios só de amigos, como Jaques
Wagner no ultimo dia de 2015: "Impopularidade não é crime". Não é
mesmo. Mas essa impopularidade, é consequência da alta da inflação, do dólar,
dos juros do desemprego, da divida.
Baixa
só mesmo do PIB, do investimento, do otimismo, da esperança, da expectativa de
que os próximos 2 anos e meio, sejam mais prósperos. Nenhuma possibilidade. São
todos farsantes, na situação ou na oposição.
Dilma e Aécio,
que disputaram a ultima eleição, adoram falar na montanha de votos que
receberam. Ela, 54 milhões. Como estavam inscritos 137 milhões, 83 milhões nem
se lembraram do seu nome. Ele recebeu 52 milhões, pelo mesmo calculo, 85
milhões esqueceram dele. Por que tanto orgulho e arrogância?
Venezuela, com Maduro, quase na guerra civil.
Pode ter
sido até um bom motorista para Chaves. Mas não aprendeu nada, dirige cada vez
pior. Jamais em tempo algum, a Venezuela esteve em situação tão catastrófica, dramática,
miserável, e não apenas do ponto de vista econômico, financeiro, de abastecimento,
e em plena ditadura, sem solução á vista.
1. Maduro
sabia que perderia a eleição parlamentar. Por causa dessa certeza não permitiu nenhuma
fiscalização estrangeira. Mas não acreditava que a oposição obtivesse dois
terços do Parlamento. Com isso pode depor Maduro. Na véspera da posse, suspendeu
2 deputados, a oposição não tem mais o poder de destituir o ditador. A oposição
já disse que não aceita essa barbaridade.
2. Só o MERCOSUL
pode resolver o problema. Não se trata de "intervenção" nem negócios
internos, como dizem alguns apaniguados de Maduro, inclusive Dona Dilma, a
desbragada, desequilibrada e desorientada presidente do Brasil. O MERCOSUL tem
que intervir na ditadura da Venezuela. Tem um contrato com o MERCOSUL,
precisa cumpri -lo ou ser expulso .
A maldição do petróleo.
Quando o Brasil
descobriu a fabulosa profundidade do ouro do pré-sal,
festejos,
comemorações, gastos antecipados, por conta de cálculos aritméticos. Um barril
de petróleo em Nova Iorque,valia 165 dólares, compradores fazendo fila. Aqui, o
custo para cada barril, entre 42 e 46 dólares.
Como as
contas são feitas na base de 1 milhão de barris, até Dona Dilma acertava.
Gastos de 42 milhões de dólares, venda no valor de 165 milhões. Agora, os
gastos da prospecção tendem a subir. O preço do mercado não para de cair. Na quinta
feira, ultimo dia de 2015, 1 barril de petróleo não valia mais do que 35 dólares.
Para a Petrobras, o lucro de 123 dólares por barril se transformou em prejuízo
de 13 dólares por barril.
E não ha
o que fazer. Pelo que lamentam na Arábia Saudita e na Rússia, recuperação só a
longo prazo.
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