Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

2016 começa em 1° de fevereiro. Chegará a 2018?

HELIO FERNANDES

A afirmação, tremenda realidade. A interrogação um mistério insondável, impenetrável, indecifrável. O personagem principal das duas datas se chama Dilma Roussef. No dia 1° de fevereiro acaba o recesso global, continua o processo do impeachment. Impossível dizer quanto tempo levará até chegar ao fim. Facílimo dizer que ela será absolvida, continuará no cargo. (Com a única duvida do repórter, já afirmei: poderá ser atingida pela cassação da chapa).

Digamos que essa tragédia termine em junho, 5 anos e meio depois da primeira posse, 1 ano e meio depois da segunda. Dona Dilma recomeçará  então o que não deveria  ter começado em 2010 e continuado a partir  de 2015 .Nos dois primeiros anos , poucos perceberam a tragédia  Mas ela era mais do que visível. De tal maneira que Lula e o PT, assombrados, foram os primeiros a perceberem.

Tentaram imediatamente localizar seu mandato em 4 anos, não conseguiram. Ela usou toda a incompetência, imprudência, a volúpia do poder para desafiar os inimigos e confrontar os amigos. Conseguiu apenas tornar visível a impopularidade, que antes de terminado 2015 ,já a colocava como o primeiro ocupante do Planalto a ficar com mais de 85 por cento de rejeição.

Sem projeto, sem plano, sem compromisso, sem ideias, sem vontade, arrogante. Em silencio, era um pavor. Falando, e sem conhecimento, errou em tudo. Não ha comparação com ninguém. Em silencio, se omitia em tudo. Falando, a catástrofe que revoltava o país inteiro. Seu primeiro equivoco foi à nomeação do Ministro da Fazenda, tido e havido como um personagem que poderia ser nomeado por Aécio, caso tivesse sido eleito. Não que o segundo Joaquim fosse incompetente, apenas frequentou a Universidade errada no entendimento de Lula e da cúpula do PT. O que Dilma imaginava, nenhuma importância.

Nos 27 dias que faltam para fevereiro, o Brasil continuará estagnado. Dilma sem fazer nada, ou fazendo tudo errado, como sempre. Elogios só de amigos, como Jaques Wagner no ultimo dia de 2015: "Impopularidade não é crime". Não é mesmo. Mas essa impopularidade, é consequência da alta da inflação, do dólar, dos juros do desemprego, da divida.

 Baixa só mesmo do PIB, do investimento, do otimismo, da esperança, da expectativa de que os próximos 2 anos e meio, sejam mais prósperos. Nenhuma possibilidade. São todos farsantes, na situação ou na oposição.

Dilma e Aécio, que disputaram a ultima eleição, adoram falar na montanha de votos que receberam. Ela, 54 milhões. Como estavam inscritos 137 milhões, 83 milhões nem se lembraram do seu nome. Ele recebeu 52 milhões, pelo mesmo calculo, 85 milhões esqueceram dele. Por que tanto orgulho e arrogância? 

Venezuela, com Maduro, quase na guerra civil.

Pode ter sido até um bom motorista para Chaves. Mas não aprendeu nada, dirige cada vez pior. Jamais em tempo algum, a Venezuela esteve em situação tão catastrófica, dramática, miserável, e não apenas do ponto de vista econômico, financeiro, de abastecimento, e em plena ditadura, sem solução á vista.

1. Maduro sabia que perderia a eleição parlamentar. Por causa dessa certeza não permitiu nenhuma fiscalização estrangeira. Mas não acreditava que a oposição obtivesse dois terços do Parlamento. Com isso pode depor Maduro. Na véspera da posse, suspendeu 2 deputados, a oposição não tem mais o poder de destituir o ditador. A oposição já disse que não aceita essa barbaridade.

2. Só o MERCOSUL pode resolver o problema. Não se trata de "intervenção" nem negócios internos, como dizem alguns apaniguados de Maduro, inclusive Dona Dilma, a desbragada, desequilibrada e desorientada presidente do Brasil. O MERCOSUL tem que intervir na ditadura da Venezuela. Tem um contrato com o MERCOSUL,  precisa cumpri -lo ou ser expulso .

A maldição do petróleo.

Quando o Brasil descobriu a fabulosa profundidade do ouro do pré-sal, 
festejos, comemorações, gastos antecipados, por conta de cálculos aritméticos. Um barril de petróleo em Nova Iorque,valia 165 dólares, compradores fazendo fila. Aqui, o custo para cada barril, entre 42 e 46 dólares. 

Como as contas são feitas na base de 1 milhão de barris, até Dona Dilma acertava. Gastos de 42 milhões de dólares, venda no valor de 165 milhões. Agora, os gastos da prospecção tendem a subir. O preço do mercado não para de cair. Na quinta feira, ultimo dia de 2015, 1 barril de petróleo não valia mais do que 35 dólares. Para a Petrobras, o lucro de 123 dólares por barril se transformou em prejuízo de 13 dólares por barril.

E não ha o que fazer. Pelo que lamentam na Arábia Saudita e na Rússia, recuperação só a longo prazo.
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