ARMAS PARA O CIDADÃO. ARMAS PARA O
BANDIDO QUE NÃO PRECISA DE REGISTRO. UMA GUERRA SEM FIM, CEARÁ É UMA INCÓGNITA.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER TEM QUE SER PENALIZADA COM FUZILAMENTO. POLICIA MORRE E DEIXA VIÚVAS E A NAÇÃO FICA NO
PREJUÍZO DO CUSTO PARA HABILITAR UM PROTETOR DO CIDADÃO. O CRIME TERIA NATUREZA
INDENIZATÓRIA PARA O ASSASSINO.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Segundo
os dados da pesquisa “Perspectivas 2019”, do Instituto de Pesquisa IDEIA Big
Data, apenas 8% afirmam que pretendem comprar algum armamento, os outros 22%
não concordam, nem discordam da possibilidade de adquirir uma arma. O
levantamento foi realizado em dezembro do ano passado. O presidente Jair
Bolsonaro (PSL) editou uma medida permitindo o uso de arma de fogo.
Ocorre
que o cidadão já podia ter uma arma de fogo precisa ser maior de 25
anos, ter um emprego lícito, comprovar capacidade técnica e psicológica
para o uso desse tipo de equipamento e declarar que precisa da arma de fato.
Esse último requisito foi alvo da flexibilização feita por Bolsonaro.
Atiradores
desportivos, colecionadores e caçadores também têm a posse de
armas garantida pela lei. A diferença é que, no caso dessas pessoas, o
registro é realizado pelo Exército e segue critérios específicos para cada
categoria. Os atiradores, por exemplo, precisam comprovar que fazem parte de
clubes de tiro e participam de competições.
A
violência não cessa. Os casos se multiplicam e tomam dimensões, a exemplo da
onda que assola o Estado do Ceará, onde a cada instante um ato de violência
acontece e aterroriza a população.
A onda de violência no Ceará já registra ao
menos 190 ataques em 43 municípios. O Estado recebeu o reforço da Força
Nacional de Segurança, 309 suspeitos foram detidos e 35 detentos transferidos
para prisões federais. Mesmo assim, as ações de facções criminosas continuam.
Neste momento o Estado está perdendo.
No Brasil matam-se mais cidadão que em muitos
países em guerra. Só em 2017 foram registrados 63.880 homicídios, ou seja, 175
pessoas assassinadas por dia, a um ritmo superior de sete por hora, segundo
novos dados da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Destas mortes, que representam um aumento de
2,9% em comparação a 2016, 4.539 vítimas eram mulheres, e 1.133 foram casos de
violência doméstica. Os estupros também cresceram, 8,4%: foram 60.018 naqueles
12 meses.
São novos recordes históricos para o maior
país latino-americano, onde os índices de violência não pararam de subir nos
últimos três anos.
Recente o presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto que facilita a posse de armas, uma
de suas principais promessas de campanha. O decreto altera o Estatuto do
Desarmamento, aprovado em 2003, que limita o acesso a armamentos no Brasil. A
principal mudança do decreto é a definição mais flexível de quem tem
"efetiva necessidade" de ter uma arma. Dessa forma a Polícia Federal
perdeu o poder de barrar um registro de armamentos.
Por mais que se discuta o Decreto, não
podemos deixar de lado algumas questões que são pontuais quanto ao uso de arma
pelo cidadão. A violência que assola o país, não será combatida pela sociedade.
O Estado está atônito com a violência e tem se desgastado por demais, a cada
medida que não surge efeito.
As perdas de policiais é um fato lamentável e
desgastante sob todos os aspectos. Um simples serviço de segurança publica
solicitado a um Batalhão de Polícia no Rio de Janeiro, não é atendido. Esbarra
no silêncio que dá margem a interpretação nada saudável para a instituição. O
combate ostensivo vem dando sinais de fadiga, tamanho o número de criminosos,
fortemente armados e dispostos ao enfrentamento.
Segurança se faz com eficiência, inteligência
e comprometimento e não com discursos.
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