LONGAS NEGOCIAÇÕES, BOA VONTADE, SONATA
E FUGA, O QUE SE ESPERAVA
HELIO FERNANDES
No
momento, 23 horas em Singapura, 11 horas da manhã no
Brasil. Conversaram
muito, mas em grupos. As anunciadas conversas
reservadas
entre Trump e Kin, ficaram para depois.
Não
significa fracasso e sim uma espécie de estratégia para ganhar tempo.
O presidente
dos EUA tem pressa em saber quando o ditador da Coréia
garantirá
a tão almejada DESNUCLEARIZAÇÃO.
Kin Jun
pode não estar querendo descumprir os compromissos que o
levaram a
Singapura. Mas é natural que pretenda garantias e concessões
em relação ás recompensas que fazem parte do
acordo que empolga o
mundo. E
provocou esse dialogo de Singapura.
A Coréia
do Norte deixa de ser potencia nuclear. Mas passa a fazer parte do circuito
comercial do mundo.
O planeta
ignorou completa e totalmente a Coréia do Norte, só passou
a se
preocupar com ela, quando se revelou e
se confirmou como
potência
nuclear do primeiro time.
No primeiro
encontro, falaram muito em sucesso, o que foi
positivo.
Toda negociação é demorada, complicada, retardada.
Meia
noite em Singapura, hora de dormir. Talvez acordem com saudades de casa, acelerem
as conversas.
PS- Pode
demorar mas não ha fracasso á vista.
O COVARDE ASSASSINATO DE MARIELLE
Três meses amanhã. Nenhum sinal dos assassinos, apesar de estarem
praticamente á vista. A brutalidade, igual á incompetência.
Os mandantes ou autores, saíram sem duvida dos poderosos, vingativos e
corruptos milicianos.
Percentagem mínima para a corrupção fardada.
Vargas: Três anos e sete meses.
publicada em 08.07.15
Existe enorme semelhança entre o governo Vargas, pela primeira vez
eleito pelo voto direto. E o segundo de Dona Dilma. A partir de janeiro de
1951, foram três anos e sete meses, tragédia vivida dia a dia e que terminaria
em 24 de agosto de 1954, quando voluntariamente ele "deixou a vida para
entrar na História".
O segundo mandato de Dona Dilma, com fatos rigorosamente parecidos, mas
que ainda não se consolidaram. A presidente tomou posse em janeiro de 2015, com
duração normal ou constitucional um pouco maior, até dezembro de 2018, 43 meses
para Vargas, 48 para Dilma.
Vejamos rapidamente algumas coincidências, já que a presidente insiste
em comparar fato da Era Vargas, com fatos que podem constituir a Era Dilma.
Vargas quase não começou o governo de 60 meses (5 anos), precisou nomear
Ministro da Guerra, o presidente do Clube Militar, general da ativa de quatro
estrelas, Estilac Leal. Era a maior liderança Militar–Nacionalista, acabava de
derrotar o prestigiado General Oswaldo Cordeiro de farias.
Estilac tomou posse acabou a oposição duríssima de Lacerda-Golbery,
amicíssimos. Mas começava a luta de Vargas pela sobrevivência.
Logo em 1952, Jango, Ministro do Trabalho, dobrou o salário mínimo, foi
derrubado. Com Vargas sem poder fazer nada. Não podiam resistir a um Manifesto
assinado por 69 coronéis. (A primeira assinatura era do Coronel Kruel).
Governando, mas sem poder algum, Vargas foi “imprensado entre a renuncia
ou o licenciamento por 60 dias”. A oposição não dava tréguas a Vargas, ele
respondia apenas com palavras ou frases: “Não renuncio nem me licencio, se
insistirem encontrarão apenas minha morte”. Foi a primeira referência fúnebre.
Em março de 1953, se julgando poderosa (e parecia que era mesmo) a
oposição apresentou a Câmara o pedido de impeachment. Durante quase três meses,
a Câmara discutiu o assunto, até que numa noite de junho do ainda 1953, a
votação foi colocada em pauta.
Para surpresa de muita gente, da oposição e da situação, o impeachment
teve apenas 120 votos, a permanência de Vargas no poder, ultrapassou a casa dos
300 votos, Satisfação mas não tranquilidade.
A verdade: Vargas estava sitiado por fora e traído por dentro. As
reuniões dramáticas eram diárias até que 1954 houve o assassinato do Major Vaz,
oficial da FAB, de um grupo de fazia voluntariamente a segurança do deputado
Carlos Lacerda. Aí explodiu tudo, Vargas completamente isolado no Catete, cada
vez e com maior insistência, repetindo, “não renuncio nem aceito o
licenciamento”.
No dia 23 de agosto de 1954, Vargas convocou uma reunião no Catete, com
todo o ministério. Marcou para as 8 da noite, explicou, “tenho muito trabalho”.
Mas quando ele saiu já eram mais de cinco da manha. Único assunto da reunião,
para espanto do próprio Vargas: seu licenciamento por 30 ou 60 dias. Vargas
concordou em se licenciar por 30 dias.
Quando se preparava para dormir, o irmão “Bejo” Vargas entrou, falou:
“Não há licenciamento algum, você está deposto”. Vargas disse apenas, “então é
isso?”, pediu ao irmão para sair. Ficou sozinho, logo se ouviu o tiro que
liquidava uma Era.
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