ANÁLISE & POLÍTICA
“Informação, notícia e
jornalismo de opinião”
Lula senhor absoluto das pesquisas
Com 30%
na preferência do eleitorado, segundo Datafolha, o PT lançou oficialmente,
no dia 8 de Junho, a pré-candidatura de Lula à Presidência. O ato aconteceu em
um hotel em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A pesquisa Datafolha, foi divulgada no início da
madrugada deste domingo, (10). No cenário com a presença de Lula, Jair
Bolsonaro aparece com 17%, Marina com 10% e Geraldo Alckmin com 6% das
intenções de voto.
Bolsonaro
Sem o petista na
corrida presidencial, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) continua à frente
dos concorrentes, com 19%, seguido de Marina Silva (Rede), que oscila entre 14%
e 15%, Ciro Gomes (PDT), que oscila entre 10 e 11%, Geraldo Alckmin (PSDB) com
7% e Alvaro Dias (Podemos) com 4%.
Queda do petista
Apesar da liderança, Lula vem registrando queda na preferência do eleitorado. Em janeiro, o Datafolha indicava que ele tinha 37% e na pesquisa divulgada no dia 15 de abril, 31% no cenário mais favorável entre nove pesquisados. Na atual mostra, nos cenários em que o petista fica fora do páreo, mais de 1/3 do eleitorado ainda diz que está sem opção de voto. E os dois candidatos mais cotados para a sua vaga, o ex-prefeito Fernando Haddad (SP) e o ex-governador Jaques Wagner (BA), aparecem com apenas 1% na pesquisa.
Apesar da liderança, Lula vem registrando queda na preferência do eleitorado. Em janeiro, o Datafolha indicava que ele tinha 37% e na pesquisa divulgada no dia 15 de abril, 31% no cenário mais favorável entre nove pesquisados. Na atual mostra, nos cenários em que o petista fica fora do páreo, mais de 1/3 do eleitorado ainda diz que está sem opção de voto. E os dois candidatos mais cotados para a sua vaga, o ex-prefeito Fernando Haddad (SP) e o ex-governador Jaques Wagner (BA), aparecem com apenas 1% na pesquisa.
Os números
Votos nulos, brancos e 'não sabem', com Fernando Haddad ou Jaques Wagner no lugar de Lula nessa disputa, chegam a 33%. Sem o PT no páreo, esses votos chegam a 34%. E com Lula na disputa, os que dizem não ter candidato ficam em torno dos 21%.
Votos nulos, brancos e 'não sabem', com Fernando Haddad ou Jaques Wagner no lugar de Lula nessa disputa, chegam a 33%. Sem o PT no páreo, esses votos chegam a 34%. E com Lula na disputa, os que dizem não ter candidato ficam em torno dos 21%.
Lula pode ter negociado acordo para desistir da
candidatura a presidência
No ato de lançamento da
candidatura de Lula à presidência da República, Fernando Haddad, coordenador do
programa de governo do PT, disse que o ex-presidente foi sondado sobre um
possível acordo: ele deixaria a prisão caso aceitasse não concorrer nas
eleições de 2018. “Acenaram para o Lula com um acordo”, contou Haddad,
“abre mão de sua candidatura que você sai da cadeia, que a gente liberta você”.
Lula, narrou Haddad, disse não, e
acrescentou: “me apresentem uma prova (de que ele agiu de forma corrupta) que
eu abro mão da minha candidatura”.
O impopular Michel
Temer
O
Instituto Datafolha divulgou os resultados de sua última pesquisa de opinião. O
levantamento avaliou o governo do presidente Michel Temer e mostrou que apenas
3% o consideram bom ou ótimo. Dos 2,8 mil entrevistados de 174 cidades, 82% o
avaliaram como ruim ou péssimo e 14% como regular. A pesquisa ocorreu durante
os dias 6 e 7 de junho.
A filha do presidente
Documento em posse da
Polícia Federal (PF) indicam uso de dinheiro vivo no pagamento de reforma da
casa de Maristela Temer, filha do presidente Michel Temer, em 2014. As
informações são do jornal Folha de S. Paulo. Em depoimento, um fornecedor ligou
o valor de R$ 56,5 mil em espécie a um contrato assinado por Maristela.
O
valor, que seria a primeira parcela pela prestação do serviço prestado na casa
da filha de Temer, em São Paulo, também aparece em um extrato bancário da
Qualifac, Fac Comércio de Acabamentos Ltda. Os papéis foram entregues à PF pelo
funcionário da empresa Carlos Pinto Júnior, que prestou depoimento no dia 29 de
maio. No mesmo depoimento, Pinto Júnior afirma que o pagamento em espécie
ocorreu a pedido de Maria Rita Fratezi, mulher do coronel João Baptista Lima
Filho, amigo de Temer e suspeito de ter intermediado propinas ao presidente.
A reforma é investigada pela
PF sob a suspeita que o presidente teria recebido propina com reformas de
imóveis de familiares e transações imobiliárias em nome de terceiros. O
presidente Temer nega as suspeitas.
STF
decide sobre uso da urna eletrônica
Na ação que trata da validade do “voto
impresso”, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, autora da ação
direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF),
sustenta que o voto impresso “causará transtornos ao eleitorado, aumentará a
possibilidade de fraudes e prejudicará a celeridade do processo eleitoral”,
sendo inconstitucional também por ter o potencial de comprometer o sigilo do
voto.
As urnas eletrônicas...
Desde 2015, a lei prevê que o
voto impresso seja 100% implementado nas eleições deste ano, pela primeira vez.
No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ao Congresso, com
anuência do Tribunal de Contas da União (TCU), não ter condições técnicas nem
dispor em orçamento dos R$ 2 bilhões previstos para a impressão em todo o País.
O TSE assinou, em 30 de abril, um contrato de R$ 57 milhões para instalar
impressoras em apenas 30 mil urnas eletrônicas, 5% do total.
A adoção do voto eletrônico teve
início no Brasil nas eleições de 1996, quando 35% das urnas foram
informatizadas. Desde o ano 2000, todas as urnas são eletrônicas, sem impressão
do voto.
Gilmar
Mendes
Relator da ação da PGR, Gilmar Mendes
votou pela manutenção do voto impresso, mas entendeu que a impressão deve ser
implementada pela Justiça Eleitoral conforme a disponibilidade de recursos. Em
seu voto, o ministro também criticou pessoas que contestam a segurança e
confiabilidade das urnas eletrônicas. O entendimento foi acompanhado por Dias
Toffoli.
Alexandre
Moraes
“Há uma ideia de que a votação,
toda ela, no Brasil, é fraudada, e que o eleitor vai ter o voto impresso e
vai levar para casa. Vai colocar no bolso e levar para casa. Daqui a pouco,
farão uma apuração particular. Vende-se um tipo de ilusão. Beira ou já
ultrapassou os limites do ridículo”, afirmou.
A divergência foi aberta pelo
ministro Alexandre de Moraes, que votou contra a norma que criou o voto
impresso por entender que a medida compromete a confidencialidade do voto.
Segundo Moraes, a impressão permite a possibilidade de identificação do
eleitor, podendo causar pressão indevida para que o cidadão vote em favor de
alguém.
Barroso
Luís Roberto Barroso, que também
votou contra a impressão, disse que não há evidência de fraude que justifique a
implantação do voto impresso. Barroso argumentou que também inviabilizam o voto
impresso o alto custo de implementação, de aproximadamente de R$ 2 bilhões, e o
risco da quebra de sigilo.
"Os controles atualmente
existentes são suficientes, não envolvem custos elevados. Nada documenta que
tenha ocorrido quebra da segurança ou que tenha ocorrido fraude",
acrescentou Barroso.
Carmen
Lúcia
A presidente do STF, Cármen
Lúcia, também reforçou que não há indícios de fraude que justifiquem o uso do
voto impresso, que poderia quebrar o sigilo. "É preciso que a gente
aprenda a confiar nas instituições brasileiras, especialmente nas que dão
certo, e a Justiça Eleitoral tem dado certo. O processo de voto eletrônico e da
urna eletrônica tem dado certo”, afirmou. O entendimento contra a
impressão também foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin, Rosa Weber,
Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
Imprensa mantém credibilidade
Além do
governo Temer, o Datafolha também perguntou sobre a confiança na política. A
credibilidade dos partidos políticos, Congresso Nacional e Presidência da
República foram baixas. Cerca de 65% não confiam em nenhuma dessas instâncias
políticas. Também foi perguntada a credibilidade da imprensa: 16% confiam, 45%
confiam um pouco e 37% não confiam.
Alckmin diz que Bolsonaro votava com o PT
Pedro
Tobias, presidente estadual do PSDB, chegou a propor a obrigatoriedade de os
filiados declararem apoio formal a Alckmin como candidato sob pena de expulsão
do partido por infidelidade. A ideia foi rechaçada porque poderia evidenciar o
conflito interno da legenda. Nas redes sociais Alckmin manifestou: “Sobre Bolsonaro: quem anda para trás é
caranguejo. O Brasil não vai regredir. O Bolsonaro e o PT são a mesma coisa, é
o atraso. Ele votou igual ao PT em toda as pautas econômicas.”
A extrema direita nazista na Alemanha...
A
minúscula cidade de Themar, na Alemanha, se prepara para recebeu no dia 8 de
Junho (sexta-feira) milhares de pessoas num festival de rock neonazista. Em
2017 o mesmo evento recebeu cerca de 6 mil espectadores e causou polêmica no
país. Após uma tentativa de proibir o show, a Justiça alemã deu sinal verde,
apesar de protestos de moradores e da administração local.
Negam...
O festival não se define
oficialmente como um "evento neonazista", até porque símbolos ligados
ao regime são proibidos na Alemanha. Por isso, os organizadores classificam o
show de "reunião política", um direito protegido pela liberdade
de expressão, contanto que não sejam mostrados emblemas nazistas ou realizadas
declarações racistas ou que incitem ao ódio.
Esse
foi um dos pontos que fez com que o festival do ano passado registrasse várias
ocorrências policiais. Quase 90 participantes foram indiciados e ainda há
processos na justiça por causa de supostas saudações nazistas e gritos de
“heil, Hitler”. Exibições de bandeiras e outros adereços com a suástica também
foram usados. Entre os acusados há cidadãos de países como a Polônia, a
República Tcheca e a Eslováquia.
Brasil no ranking da morte
O
Brasil atingiu, pela primeira vez em sua história, o patamar de 30 homicídios
por 100 mil habitantes. A taxa de 30,3, registrada em 2016, corresponde a
62.517 homicídios naquele ano, 30 vezes o observado na Europa naquele mesmo
ano, e revela a premência de ações efetivas por parte das autoridades públicas
para reverter o aumento da violência. É o que aponta o Atlas da Violência 2018,
produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, que foi divulgado no dia 5 de Maio.
Apenas
entre 2006 e 2016, 553 mil pessoas perderam suas vidas devido à violência intencional
no Brasil. Entre 1980 e 2016, cerca de 910 mil pessoas foram mortas pelo uso de
armas de fogo no país. Uma verdadeira corrida armamentista que vinha
acontecendo desde meados dos anos 1980 só foi interrompida em 2003, com a
sanção do Estatuto do Desarmamento. Em 2003, o índice de mortes por armas de
fogo era de 71,1%, o mesmo registrado em 2016.
Homicídios
nos estados
A
evolução das taxas de homicídios foi bastante heterogênea entre as Unidades da
Federação entre 2006 e 2016, variando desde uma redução de 46,7% em São Paulo a
um aumento de 256,9% no Rio Grande do Norte. Sete unidades federativas do Norte
e Nordeste têm as maiores taxas de homicídios por 100 mil habitantes: Sergipe
(64,7), Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará (50,8), Amapá (48,7),
Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). Entre os 10 estados onde a violência letal
cresceu no período analisado, estão o Rio Grande do Sul e nove pertencentes às
regiões Norte e Nordeste.
Rio de Janeiro
No
Rio de Janeiro, as taxas diminuíam desde 2003, mas em 2012 esse movimento se
reverteu e, em 2016, houve forte crescimento dos índices. São Paulo mantém uma
trajetória consistente de redução das taxas de homicídio desde 2000. Alguns
fatores que podem explicar esse desempenho são as políticas de controle
responsável das armas de fogo, melhorias no sistema de informações criminais e
na organização policial e a hipótese de pax monopolista do
Primeiro Comando da Capital (PCC).
A
redução dos homicídios também ocorre desde 2013 no Distrito Federal. A pesquisa
constata a efetividade de programas como Paraíba pela Paz (PB) e Estado
Presente (ES), lançados em 2011, quando esses estados eram o 3º e o 2º mais
violentos do país, respectivamente. Em 2016, caíram para as posições de número
18 e 19.
Café expresso para os nobres deputados
Insatisfeitos com a qualidade da
mistura de pó e água servida nas comissões, no plenário e nos gabinetes dos
demais colegas, os parlamentares torram dinheiro público para alugar as
tradicionais máquinas de café expresso. Três lideranças partidárias (DEM,
Solidariedade e Podemos) também fornecem cafés do tipo longo e curto, todos
moídos na hora. As informações são do saite Congresso em Foco, em matéria
assinada pelos jornalistas Joelma Pereira e Lucio Batista.
Desde o início da atual legislatura, em fevereiro de 2015, lá se foram R$ 600 mil com o aluguel dessas maquininhas que, além do cafezinho, entregam outras delícias, como cappuccino, mocaccino e chocolate quente. O valor sai da cota para o exercício da atividade parlamentar, uma verba pública destinada a cobrir gastos atribuídos pelos congressistas ao mandato, como aluguel de escritório político, passagens aéreas, locação de veículos e despesas com combustíveis.
Desde o início da atual legislatura, em fevereiro de 2015, lá se foram R$ 600 mil com o aluguel dessas maquininhas que, além do cafezinho, entregam outras delícias, como cappuccino, mocaccino e chocolate quente. O valor sai da cota para o exercício da atividade parlamentar, uma verba pública destinada a cobrir gastos atribuídos pelos congressistas ao mandato, como aluguel de escritório político, passagens aéreas, locação de veículos e despesas com combustíveis.
Imoral porem legal...
Embora sendo imoral, a prática não é ilegal. A brecha está associada ao uso da cota para a manutenção do gabinete. O valor equivale ao consumo de 48 toneladas de pó quando comparado com o que toda a Câmara gastará apenas este ano com a compra de 53,5 toneladas de café. Com essa quantia, é possível satisfazer a vontade dos 16 mil funcionários, jornalistas e os milhares de visitantes da Casa. Todos têm direito a beber sem desembolsar nada.
De acordo com o edital da compra, os grãos torrados são “de primeira qualidade”. A empresa vencedora foi a Odebrecht Café. Apesar do nome, a marca não faz parte do grupo envolvido na Operação Lava Jato. Pertence a outro ramo da família.
Embora sendo imoral, a prática não é ilegal. A brecha está associada ao uso da cota para a manutenção do gabinete. O valor equivale ao consumo de 48 toneladas de pó quando comparado com o que toda a Câmara gastará apenas este ano com a compra de 53,5 toneladas de café. Com essa quantia, é possível satisfazer a vontade dos 16 mil funcionários, jornalistas e os milhares de visitantes da Casa. Todos têm direito a beber sem desembolsar nada.
De acordo com o edital da compra, os grãos torrados são “de primeira qualidade”. A empresa vencedora foi a Odebrecht Café. Apesar do nome, a marca não faz parte do grupo envolvido na Operação Lava Jato. Pertence a outro ramo da família.
Mulheres em alta no governo espanhol
O
socialista Pedro Sánchez apresentou nesta quarta-feira 6 seu
novo governo na Espanha, fortemente pró-Europa e o mais feminino da história do
país, com 11 mulheres e seis homens, entre eles um astronauta. A
equipe de Sánchez, sucessor de Mariano Roy (Partido Popular, direita
conservadora) após derrubá-lo com uma moção de censura, também é o mais
minoritário em 40 anos de democracia.
Governabilidade
O Partido
Socialista (PSOE) tem apenas 84 deputados de um total de 350 na Câmara baixa, o
que antecipa uma governabilidade difícil, que dependerá da margem dada pelo
Podemos (esquerda radical) e pelos nacionalistas bascos e catalães. "Este
governo está comprometido com a igualdade de maneira inequívoca",
declarou Sánchez à imprensa, acrescentando que uma das primeiras
medidas será criar um alto comissariado contra a pobreza infantil, para o qual
serão mobilizados "todos os recursos", públicos e privados.
COLUNA PUBLICADA NAS SEGUNDAS E TERÇAS - FEIRAS.
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