Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 26 de novembro de 2018


OS FATOS CAMINHAM CONTRA BOLSONARO.

EM TODOS OS SENTIDOS


HELIO FERNANDES

Depois de ganhar o primeiro e o segundo turno, obtendo 48 milhões de
votos, usando todos os recursos, os legítimos(raros) e os
ilegítimos, (vastos) não acerta uma decisão pessoal. Seu ministério é
um desequilíbrio total, a cada nome, um problema. Agora surge uma
contrariedade, com cara de desastre, sem a menor participação dele.

A cirurgia, que estava marcada para 12 de dezembro, foi prorrogada para
depois da posse. O que significa que o vice-general, com quem vive ás
caneladas, assumirá rapidamente.

PS- Não esquecer, que o vice Mourão afirmou em entrevista na
Televisa: "Bolsonaro não assumirá, não tem condições físicas, eu
assumirei".

PS2- E apresentou seu vasto programa de governo ditatorial.
 
O COMANDANTE DO EXERCITO, ANTES DA POSSE DISSE 
UMA PORÇÃO DE BESTEIRAS
 
Devia ter ficado calado, em vez de exibir sua ignorância eclética,
insuperável, irrefutável, irrevogável. Não conhece nem a sua própria
língua, e em matéria de Historia, o fracasso é decuplicado. De tudo o
que o general Pujou falou, selecionei dois trechos que me assombram  e
até assustaram, pelo desconhecimento das palavras, precisei traduzir
do próprio português.
 
1- "O período da ditadura, é tratado com preconceito e desinformação" A
palavra PRECONCEITO não tem nada a ver com ditadura. A ditadura foi
combatida por quem tinha CONVICÇÔES democráticas. E não admitia um
regime que torturava, assassinava, vibrava com os  grandes escândalos
de corrupção. A roubalheira da Petrobras, começou com seu
presidente, Shigeak Ueki  protegido do general Geisel, depois
"presidente" da Republica.
 
2- "Acho que a historia, (é com letra maiúscula, general) vai refazer
os fatos, e conciliar os divergentes". A ditadura de 64, foi condenada
até mesmo pelos que a apoiaram e enriqueceram com ela. Mais tarde,
consideraram esse apoio, "equivoco jornalístico". Os jornais que
transportavam presos torturados junto com os exemplares para as
bancas, se esqueceram, se consideram democratas.
 
O general Pujol não terá tempo para pedir desculpas. Está com 63 anos,
ano que vem completa 64, passa automaticamente para a reserva, não
será mais comandante do Exercito. Pelo contraste, o general Pujol me
lembra um Exercito que tinha generais  como Denys, o Ministro Lott  e
outros, que garantiram a posse de Juscelino. Eleito em 1955 e
empossado em . E passou 1 mês viajando pelo mundo, entre a eleição
e a posse.
 
PS- Assumiu com cacife para cometer uma das maiores barbaridades da
nossa historia. A construção de Brasília.
 
PS2- Ao mesmo tempo a capital mais bonita do mundo. E a mais cara,
mais perdulária, mais desagregadora.
 
PS3- È o maior escândalo de todos os tempos, transformando um deserto
de quilômetros, na NOVACAP, doada e dividida, de graça entre todos.

A INDICAÇÃO DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO,
EXIGENCIA DOS EVANGÉLICOS, EMBALANÇOU E QUASE
DESMONTOU A EQUIPE BOLSONARO

Foi o grande confronto entre o presidente eleito e os já escolhidos
para governarem com ele. È um grupo sem unidade e sem credibilidade,
que revelam e demonstram a precariedade da formação de Bolsonaro. Não
sabendo nada de coisa alguma,usou um truque que enganou muita gente: a
"carta branca" para todos. Transmitia a impressão de democracia e de
liberdade, mas na verdade, era a incapacidade de definir uma diretriz.

 Chamava os que escolhera, transmitia o convite, completava: "Você tem
carta branca para formar sua equipe, mas é responsável pelos
resultados". Não se passava nem meia hora, despedia o ministro, não se
encontrava mais com ele, tentava justificar: "Não temos nada a
conversar, sou apenas presidente eleito, empossado, presidente de
verdade, só depois de janeiro de 2019.

Tudo mudou com a escolha do ministro da Educação, praticamente o
último ministro escolhido. Enquanto se discutia apaixonadamente a
"Escola sem partido", os evangélicos poderosos e
comprometidos, (Malafaia e Edyr Macedo) descobriram ou inventaram um
nome, que impuzeram como "ministro com partido". Como o escolhido por
eles é de extrema direita,(tão radical quanto o chanceler),
consultaram Olavo de Carvalho, também de extrema direita, mas de
completa idoneidade intelectual.

Bolsonaro  aceitou logo a indicação. Apesar de repetir sempre, "a
Patria acima de tudo", concordou, entusiasmado, com  a indicação de um
estrangeiro, para um dos setores mais importantes, mais desprezados,
mais abandonados e  logicamente mais deficientes que é a educação.

Bolsonaro tenta justificar o fato do Ministro ser estrangeiro
afirmando," ele é naturalizado". È o Premio Nobel do primarismo.

Com essa indicação desconsiderou totalmente a "carta branca" dada ao
futuro Chefe da Casa Civil. Lorenzoni tivera 3 encontros com o
respeitadissimo professor diretor do Instituto de Educação Airton
Senna, órgão voltado exclusivamente para a Educação. Os que circulam
pelas reuniões da Transição, tinham quase a certeza de que ele seria
Ministro da Educação, uma escolha rigorosamente adequada.

Quando Bolsonaro anunciou o colombiano como Ministro da Educação,
jornalistas contaram a ele a coordenação do futuro Chefe da Casa
Civil, ele poderia ter reagido com seriedade. Mas deu uma gargalhada, e
Afirmou: "Tomem cuidado, o ministro da Educação é o colombiano. Quem
publicar outro nome, é FAKE"

PS- O colombiano Ricardo Velez, não parou mais de falar, na tentativa
desesperada de se impor.

PS2- Sua maior "descoberta" é que "o povo brasileiro é conservador". E
ele é o quê?

PS3- Como saber, examinando seu passado. E constatando que ele veio da
esquerda militante, para a extrema direita, sem convicção e até sem
país?


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