BOLSONARO REDESCOBRIU
A "POLÍTICA DE
GOVERNADORES"
HELIO FERNANDES
A
Republica começou com essa forma de administrar. Deodoro e Floriano
assaltaram
o poder na madrugada de 15 de novembro, desprezaram e
ultrapassaram
os "Propagandistas da Republica",
belíssima, heroica e
desprendida
geração. Em grandeza, igual á geração dos
"Abolicionistas".
Deodoro ficou como presidente, Floriano como vice, e
comandante
do Exercito. 8 meses depois derrubou Deodoro, ficou até
1894,
pensou que fosse ficar até morrer.
Não havia
eleição, só existia um partido, o Republicano. A cúpula se
reunia,
decidia quem ia ser presidente e quem seria governador. O
presidente,
de um estado grande, o vice de um estado menor. Depois de
Floriano
veio Prudente de Moraes, presidente do Senado, o contrario
do
marechal. Os ministros eram indicados pelos governadores, daí a
denominação.
Sem essa colaboração, ninguém poderia governar.
Durou ate
1930, quando Getúlio tomou o poder com um golpe, que adoram
chamar de
Revolução. (Em 64, novo golpe, nova identificação como
revolução.
Mas isso é outra historia). Nos raros momentos de
democracia
e eleição direta, os presidentes recorriam aos governadores
e aos
partidos com representação no Congresso.Resumindo: Bolsonaro
tem medo do dialogo com o Congresso, por vários
motivos.
Cair no
troca-troca que ele tanto combateu. E o susto de pagar caro
pelo
apoio parlamentar, e ainda por cima ser derrotado. Terá que
enfrentar,
(a palavra exata é essa) 513 deputados e 54 senadores
totalmente
desconhecidos. Apenas 27 têm mandato por
mais 4 anos, e o
badalado
Anastásia, derrotado para governador volta para o senado até
2022.
Bolsonaro
prefere governar com os governadores, 14 ou 15, em total
desespero
por falta de recursos. Seu plano é fazer (ou terminar) obras
em todos
os estados , dando o credito e o prestigio aos governadores,
obscurecendo
parlamentares, até que seja procurado por eles. Sua
primeira
decisão sobre o assunto. Pretende ficar longe das eleições dos
presidentes
da Câmara e do senado.
PS- Faça
o que fizer, Bolsonaro ficará longe do sucesso para ele e
para o
país. Não está preparado nem para
prefeito.
PS2- Desde
28 de outubro, presidente eleito, em 20 dias errou tanto,
principalmente
na formação da equipe, que deixou implícito e explicito
que sua
eleição é produto de ações criminosas,ilegais e ilegítimas.
PS3-
Deveria ter sido cassado, como escrevi durante a
campanha,condenando
a omissão medrosa do TSE.
PS4- Alem
do mais, Bolsonaro é um FRACASSO anunciado. Fracassou como
militar,
como parlamentar, por que seria vencedor
como Presidente da
Republica,
com suas precárias condições morais, políticas, pessoais,
administrativas
e construtivas?
PS5-
Durante a campanha falou duas vezes sobre reeleição. A primeira,"
não gosto
de reeleição". A segunda," não disputarei reeleição".
PS6- Por
isso trouxe para o seu lado, Sergio Moro. Foi logo
desmentido,
Moro afirmou na televisa: "Não serei candidato a
presidente".
O CHANCELER QUE É EMBAIXADOR, CUMPRIU A CARREIRA,
NÃO QUER POSTO NO EXTERIOR
Estranho, inédito e surpreendente, foi promovido a Ministro de
Primeira, ultima promoção. Normalmente é designado ou "pede posto", é
embaixador, de fato e de direito. Só que essa rotina ou normalidade,
foi quebrada pelo agora conhecido Ministro do Exterior, Ernesto
Araujo. Notório personagem de extrema direita, e suas admirações e
idolatrarias, confessadas por ele mesmo, chegam a ser assustadoras.
Sua primeira declaração publica, "meu ídolo é o presidente Trump",
continha tal euforia e entusiasmo, que atrasado e retardado,e se
fosse possível, "pediria posto", nomearia a si mesmo embaixador nos
EUA, acumulando com o cargo de Ministro do Exterior.
Logicamente exerceria (?) os dois cargos de Washington, para ficar bem
perto do seu ídolo. Mesmo longe, esse chanceler estouvado ,estaria á
altura e competência, sem exceção, de toda a desarvorada e
desequilibrada equipe, (?) que Bolsonaro conseguiu ou pensa que
conseguiu, equilibrar á beira do precipício.
TRUMP, O PRESIDENTE MAIS IRRESPONSÁVEL
DA HISTÓRIA DOS EUA
Dia 20 de janeiro, completa 2 anos da posse.Mas pelas
confusões, desmentidos, acordos e desacordos, parece que já se passaram
20.Se examinarmos sua atuação desde que chegou á Casa Branca, a
Conclusão - interrogação é obvia e obrigatória: como chegará á hora ou o
tempo de tentar a reeleição? Basta um exemplo, mas existem dezenas.
Depois de diálogos tormentosos e tumultuados com o ditador da Coréia
do Norte, quando se falou no mínimo em guerra nuclear, tiveram um
encontro que dominou o interesse e a atenção do mundo. Mas que foi
descumprido pelas duas partes. Agora falam (e garantem) que haverá novo
encontro, em março. Logicamente de 2019. Isso serve de exemplo e
ponto de partida, da sua participação omissão no assassinato
esquartejamento bárbaro do jornalista da Arábia Saudita, que escrevia
para o Washington Post.
A família imperial que exerce ditadura covarde e cruel contra o país,
já foi provada e comprovadamente colocada no centro dos
acontecimentos, como mandantes, beneficiados e executores do crime.
Continuam longe de punição, por causa da proteção pessoal e
presidencial do poderoso presidente da maior potencia do mundo.
Anteontem, repetiu a declaração que fez dias depois do
Assassinato: "Não posso fazer nenhuma acusação á família Imperial da
Arábia Saudita, eles são os maiores compradores das armas que
fabricamos". Disse isso agora ao receber relatório da CIA, colocando o
Rei e o príncipe herdeiro, na cena do crime.
PS- O presidente eleito do Brasil, agora junto com o chanceler tosco,
difuso e confuso, querem acorrentar o Brasil a um Trump como esse.
PS2- E estão empolgados, entusiasmados e apressados.
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