Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 8 de novembro de 2018


LULA PODE ESTAR SOLTO, ANTES DA
POSSE DE BOLSONARO

HELIO FERNANDES

Os advogados do ex-presidente entraram com pedido de libertação no
STF. Justificação: parcialidade do juiz Moro na condenação.  Alegação; a
parcialidade está mais do que evidente com o entrosamento de
Moro-Bolsonaro no governo que começa em 1 de janeiro de 2019. Esse
relacionamento é a continuação contaminada e espúria da ligação entre
os dois, durante a campanha presidencial. E que explodiu agora, com a
elevação de Moro á condição de segundo personagem e o mais poderoso 
do futuro governo.

O recurso dos advogados foi para o ministro Fachin, relator da
Lava-Jato no STF. Fachin já examinou vários pedidos de Lula, recusou
todos. Agora, mudou de comportamento. Não decidiu, enviou o recurso
para a Segunda Turma. È da competência do STF, (Turma ou plenário)
examinar se as condenações foram maiores ou menores do que a lei
exigia.

Na véspera do recesso de junho do judiciário, a Segunda Turma já
examinava essa questão. Inicialmente avaliou o caso José Dirceu.
Condenado há 20 anos na primeira instancia, mais 10 na segunda,
consideraram absurdo. Foi libertado, está livre até agora.

A seguir iriam avaliar as duas condenações de Lula, com todos os
indícios de que foram conjugadas, premeditadas, coordenadas, com o
objetivo de torná-lo INELEGÍVEL. Imediatamente surgiu a pressão da
conspiração judiciária. No dia seguinte começou o recesso, Lula
precisava ficar INELEGIVEL e preso, ou preso e INELEGIVEL.

Passados quase 6 meses, Lula não representa mais um perigo para as
instituições. Pode ir para prisão domiciliar, mantidas as condenações.
Ou ter anulada a primeira condenação, episodio inicial da segunda,
e o afastamento da campanha eleitoral.

PS- Em junho, a Segunda Turma libertaria Lula, no mínimo por 3 a
2. Houve modificação.

PS2- Carmen Lucia é o voto novo e incógnita. Mas seu DNA é a favor
da liberdade.

DORIA E KASSAB, TUDO A VER
 
Eleito governador de SP, anunciou o ex-prefeito como Chefe da Casa
Civil. Os dois começaram como prefeitos, transitando por caminhos
diferentes. Kassab foi vice do prefeito Serra. Este cumpriu 16 meses,
renunciou para ser candidato a governador. Kassab assumiu 32 meses. 

Na posse se identificou ideologicamente: "Não sou de centro, de esquerda,
de direita". Doria foi prefeito eleito pelo governador Alckmin, que precisava dar
demonstração de força, para consolidar a condição de presidenciável.
 
Ao tomar posse, anunciou: "Sou gestor, não sou político". Revelou-se
politiqueiro, ficou prefeito 16 meses, tentou pular etapas, disputando
a presidência. Não deu certo, resolveu ser candidato a governador.
 
Ganhou precariamente numa campanha tumultuada. Agora tenta 
organizar a equipe, para um governo que não chegará ao fim. 
Renunciará para ser presidenciável. Alem de Kassab 
já convidou 2 secretários de pastas culturais do governo Temer, 
presidente corrupto e usurpador.
 
PS- Doria, politiqueiro, ainda não teve tempo de mostrar que é gestor.

AS LACUNAS E AS CONTRADIÇÕES DO BOLSONARO
 
È difícil acompanhá-lo, está sempre se desdizendo.
È difícil acompanhá-lo, jornalisticamente, jamais confirma o que disse
na véspera.
 
Sobre relações com a China, na campanha eleitoral: "È preciso cuidado,
eles não querem comprar do Brasil e sim comprar o
Brasil". Agora, presidente eleito: "Vamos negociar com a China, sem viés
ideológico". Quanta tolice. Não sabe ou esqueceu que Brasil e China
pertencem ao mesmo grupo internacional, os BRICS?".
 
Depois de mais de 15 ministeriáveis, protestaram, o ministério não tem
nenhuma mulher. Fingiu que estava atento, respondeu: "Ainda falta
preencher muitos ministérios". Falta mesmo.
  
Um dos mais importantes, que já deveria estar preenchido: o do
Exterior. Falou em 2 embaixadores aposentados, péssima repercussão,
dentro e fora do ministério. Está fugindo do assunto. Pra
"conversar" com o presidente Trump, o filho deputado, viaja segunda-
feira para os EUA.
 
DIFERENÇA BRASIL- EUA
 
Lá, ainda não acabou a apuração, e mais de 100 mulheres estão
eleitas. Aqui, nem a metade conseguiu se candidatar.


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