PRESIDENCIÁVEIS
OFUSCAM A VONTADE POPULAR. DESEMPREGO É APENAS ESTATÍSTICA PARA OS CANDIDATOS DO
COMPADRIO. SERVIDORES ESTÁVEIS SÃO IGUAIS CUPINS, CORROEM A ESTRUTURA DO
BRASIL. SEM EMPREGO E SEM VOTO O PAÍS PATINA NA INÉRCIA. LULA JÁ DESISTIU E VAI
DE HADDAD PARA PERDER SUA QUARTA ELEIÇÃO
ROBERTO MONTEIRO PINHO
O homem público não só perdeu a vergonha, mas também
o receio de ser processado por práticas lesivas no exercício do cargo.
Agora, estamos assistindo uma das mais insólitas e
ousadas formas de exploração do cidadão - o segurado de plano privado de saúde,
que por pouco não teria sido engessado com seu contrato numa extorsão sem
precedente a luz do direito do consumidor e do próprio estado republicano e
constitucional.
O país atingiu o meteórico patamar de 14 milhões de
desempregados. Na metamorfose que envolve tamanha lacuna social, estão os que
estão com empregos garantidos, atores estáveis, com rara exceção, intocáveis e
arrogantes. São milhões de servidores públicos que povoam o país, em 5.673
cidades, num total de 4,7 milhões de pessoas.
No Rio de Janeiro, a máquina pública estadual
emprega 490 mil estáveis. Eles estão dentro e fora dos locais de trabalho, ou
seja: boa parte recebe sem trabalhar. Os federais extrapolam, são 2.039.449
servidores. 60% na ociosidade, em funções desviadas ou em casa, esperando o
contra cheque robusto do mês. Neste grupo se salvam apenas os agentes federais.
Os partidos e candidatos que são a favor deste debilitado
processo estatal, deveriam cometer genocídio político. No Japão quando o
cidadão comete ato vergonhoso, pratica o haraquiri,
meio milenar de ceifa a própria vida, para não envergonhar a família.
Os samurais não existem no Brasil, menos ainda entre
os que sugam, mamam e sangram as tetas da União, abocanhando 93% do seu
orçamento. Nos estados e municípios existe caso em que a folha ultrapassa o
orçamento. Isso perdura há anos.
A OECD – Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico publicou um estudo com os países que mais possuem servidores públicos
no mundo, o número é sobre da população total.
O Brasil está no top 5 do que mais emprega
servidores. A diferença é que nos países onde o percentual pode chegar a 15% a
exemplo do Japão, 80% são contratados sem vantagens adicionais, estabilidade e
por tempo determinado. Números oficiais de 2015 indicam que o Brasil possui 3,2
milhões de servidores estáveis. Mas fonte de ONGs indica que o número para o
ano de 2018 pode dobrar.
Ha dois meses das eleições, onde o eleitor vai
escolher o próximo presidente da República, é latente e manifesta indignação, por
conta da mistura da corrupção, má administração pública e total desprezo desta
para com a sociedade civil, ou seja: os que dependem da iniciativa privada para
trabalhar.
Neste faroeste de mentiras, facínoras e aproveitadores
fantasiados de “mocinhos”, eles desprezam a opinião pública. Ainda assim
ironicamente recebem o afago do nefasto e corporativo judiciário. Em suma uma
dezena de candidatos, (nomes já conhecidos da república, cujo discurso, não
convence ninguém.
O resultado dessa melancólica situação está na
resposta das pesquisas de opinião, onde quase 50% dos eleitores consultados não
querem votar.
O país faliu moralmente, politicamente e desmoronou
em seu mais profundo trauma, econômico e social. Os mentirosos de Brasília são
cúmplices entre todos, um acoberta e mentem pelo outro e o judiciário afaga
esses demônios.
Sem emprego, sem voto, o país patina na inércia. O
brasileiro não enxerga o horizonte da recuperação moral, econômica e social. No
retrovisor, figuras de um cinismo ímpar, onde não se poupa (inclui aqui o
período da ditadura de 1964/1985) nenhum dos ex-presidentes, de Fernando Collor
de Melo, FHC e Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff a Michel Temer.
Lula desistiu, sabe que não passa na “Ficha Limpa”,
indicou Haddad e vai perder sua quarta eleição.
O discurso populista, de compadrio traz indignação
popular. Vamos observar o pleito que se avizinha, onde a urna eletrônica será
ou não? A roleta para os mesmos nomes que a rodam há décadas e habitam Brasília
e os estados. “Façam o jogo.”
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