ANÁLISE &
POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Lula está praticamente fora das eleições
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na
próxima semana um pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Lula que sejam suspensos os efeitos da sua condenação, aplicados pelo TRF-4.
Agora o Supremo pode antecipar uma posição sobre a candidatura de Lula, antes
mesmo de o Tribunal Superior Eleitoral se pronunciar sobre a (in)
elegibilidade. Com isso pode surgir vários cenários jurídicos, conforme análise
de um jornalão.
Possibilidades...
Cenário nº 1 – O TSE nega o registro da
candidatura de Lula até o dia 17 de setembro (20 dias antes da eleição). Nesse
caso, Lula não concorre e o PT pode indicar outro candidato, com nome e foto na
urna eletrônica; Cenário nº 2 – O TSE nega o registro e o STF não
se pronuncia até o dia 17.9. Nessa hipótese, o PT manteria o nome de Lula como
candidato ou indicaria outra pessoa para aparecer na urna; Cenário n° 3 –
O TSE nega o registro e o STF nega o eventual recurso de Lula, entre 17.9 e o
primeiro turno (7 de outubro). Nessa hipótese, se o PT tiver mantido o nome de
Lula, ficará sem candidato na urna; Cenário nº 4 – O TSE nega
o registro e o Supremo indefere o recurso entre o primeiro e o segundo turnos.
Nesse caso, os votos dados a Lula no primeiro turno seriam anulados. O terceiro
colocado seria levado ao segundo turno E Cenário nº 5 – O TSE nega o
registro e o Supremo indefere eventual recurso de Lula entre o segundo turno e
a diplomação.
Registro
cassado
A hipótese é pouco plausível – mas, se ocorrer, e
se Lula tiver sido o mais votado, ele teria seu registro cassado antes da
diplomação. Haveria necessidade de convocação de novas eleições. Em uma reunião dos cardeais do PT os nomes de Fernando
Haddad e Jaques Wagner foram mencionados.
Lula quer Haddad
No entanto, a
preferência de Lula recai pára Haddad, sendo esse o plano B do partido para
assumir a candidatura no caso da impugnação da candidatura do ex-presidente. A
conversa surgiu nos bastidores da agência Reuters segundo uma fonte que
acompanha de perto as negociações.
É de
todo provável impugnação da candidatura de Lula que, condenado em segunda
instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, deve ser enquadrado na lei da Ficha Limpa.
Negócios da esquerda...
O PCdoB ”roeu a corda” com o
PT e escolheu o sindicalista Adilson Araújo, presidente da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), para vice de Manuela D'Ávila na disputa pela Presidência da República.
A informação foi publicada no jornal Estado de S. Paulo.
Fechamento...
Com chapa definida, dirigentes do
PCdoB mantêm aberta a possibilidade de fechar acordo com o PT, se Manuela for
escolhida como a vice imediata de Lula. Mas ISS “é remoto”, informou um cardeal
do partido à coluna. A jovem política tem 1% nas pesquisas. O prazo para
ajustar as negociações entre o PT e o PCdoB vai até as 19h do dia 15 de agosto
para registrar na Justiça Eleitoral os nomes escolhidos.
Redes sociais vão comandar as eleições
A exemplo do que vem ocorrendo
nas eleições da Europa e EUA as redes sociais, estão pontuando as eleições no
Brasil. Dados não divulgados, estimam que 40% dos eleitores estão garimpando nomes,
para fechar chapa para 7 de outubro.
Com a possibilidade de segmentar
o público-alvo e direcionar mensagens de forma rápida, barata e pouco
fiscalizada, as redes sociais atraíram o interesse dos operadores políticos
Objetivos
políticos
Nos EUA,
segundo Oxford, 85% da população adulta usa a internet regularmente e 80%
dessas pessoas estão no facebook. Na
maior parte do tempo, as redes sociais não são utilizadas para fins políticos,
mas sim para interação com amigos e familiares e compartilhamento de cultura
popular e vídeos bem-humorados.
O
problema é que, com a possibilidade de segmentar o público-alvo e direcionar
mensagens de forma rápida, barata e pouco fiscalizada, essas plataformas
atraíram o interesse dos operadores políticos.
Fiscalização
Para os
analistas á evidências crescentes de que as redes sociais estão sendo
utilizadas para manipular e enganar os eleitores. “Precisamos desenvolver leis
mais severas para o uso de mídias sociais, big data e novas tecnologias da
informação durante as eleições. Proteger nossas democracias agora significa
estabelecer regras de flair play antes das votações, e não
depois” – sintetizou a análise.
Eleições estão sendo manipuladas pelas redes
sociais
Alguns casos de manipulação nas redes sociais são
mais notórios, como o pleito norte-americano de 2016, que elegeu Donald Trump
como presidente dos Estados Unidos. Entre 2010 e 2018, as eleições de pelo
menos 48 países foram afetadas por campanhas que influenciaram os cidadãos em
polêmicas políticas e manipularam o debate público nas redes sociais. É o que
mostra o relatório divulgado no último dia 20 pelo Instituto de Internet da
Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Segundo o estudo, países de todos os continentes sofreram com as
chamadas “tropas cibernéticas” (ou
cybertroops), no termo em inglês) nas redes sociais.
Eleição
de Trump
Alguns casos são mais notórios,
como o pleito norte-americano de 2016, que elegeu Donald Trump como presidente
dos Estados Unidos, e o referendo do Brexit no Reino Unido, também ocorrido
naquele ano. Os pesquisadores também mapearam a manipulação de acordo com as
organizações responsáveis por praticá-la. No caso do Brasil, as empresas
privadas (três ou mais) e políticos e partidos (dois) foram os maiores
influenciadores do debate público nas redes sociais durante as eleições de
2010, período analisado pela universidade.
As agências do governo,
organizações civis e os próprios cidadãos também foram considerados
responsáveis diretos pela manipulação das discussões ocorridas na internet. Nas
Filipinas em 2016 e nos EUA em
2008, houve influência de todos esses atores definidos pela pesquisa - os
únicos dos 48 países analisados em que isso aconteceu.
Ódio a serviço da manipulação
Uma das técnicas de manipulação identificadas é o
uso de “trolls” para atingir pessoas, comunidades ou organizações específicas
com discursos de ódio nas redes sociais De acordo com o relatório, as tropas
cibernéticas utilizam uma variedade de técnicas para espalhar suas mensagens e
conduzir o debate na internet. Uma dessas estratégias é o uso massivo de
“comentaristas” que se engajam ativamente em conversas e discussões com
usuários verdadeiros.
Blogs e
sites de notícias
Estes comentaristas atuam em
diversas plataformas diferentes, incluindo blogs, sites de notícias e, claro,
redes sociais. Segundo a universidade britânica, há evidências de que os
governos e partidos políticos usam essa ferramenta para manipular o debate na
internet de três maneiras: espalhar propagandas favoráveis a seus pares; atacar
e difamar a oposição; desviar o foco das discussões para assuntos menos
relevantes.
No Brasil
Um número crescente de partidos
políticos está contratando empresas de relações públicas e análise de dados
para espalhar desinformação, lançar bots e iniciar campanhas
de trolling . A prática, de acordo com os pesquisadores, é
cada vez mais comum tanto nas democracias mais consolidadas quanto nas
emergentes.
Em termos de tamanho, as tropas
cibernéticas variam. Em alguns casos, as equipes são muito pequenas e empregam
apenas algumas pessoas para propagar mensagens nas redes sociais por um curto
período de tempo - durante as campanhas eleitorais, por exemplo. Outras são
empresas maiores, que mantêm centenas ou até milhares de “funcionários”
dedicados a manipular informações.
O Brasil, segundo o estudo, faz
parte do grupo de países que tem tropas cibernéticas de capacidade média. Estas
possuem forma e estratégias muito mais consistentes, que envolvem pessoas em
tempo integral e durante o ano todo, e utilizam uma variedade maior de técnicas
de manipulação. Cuba, Equador, Malásia, México, Irã, Coreia do Norte,
Filipinas, Arábia Saudita, Sérvia, Síria, Turquia, Ucrânia, Reino Unido,
Venezuela e Vietnã completam a lista.
De acordo com a universidade, o
Brasil mantém uma tropa cibernética permanente de cerca de 60 pessoas. Quanto
aos investimentos, foram verificados contratos múltiplos de R$ 24 mil, R$ 130
mil e até R$ 10 milhões.
O lucro da Petrobras...
O lucro da Petrobras
fechou em R$ 10,07 bilhões no segundo trimestre de 2018. Além de ser o melhor
resultado obtido desde 2011, a nova marca representa um crescimento de 45%
frente ao primeiro trimestre do ano, quando o lucro da estatal foi de R$ 6,96
bilhões. De acordo com a
empresa, atualmente presidida por Ivan Monteiro, o lucro da Petrobras “foi
influenciado principalmente pelo aumento das cotações internacionais do
petróleo, associado à depreciação do real em relação ao dólar”.
Além desses fatores,
o endividamento líquido da estatal obteve queda de 13% quando comparado com o
cenário de 2017, indo para US$ 73,66 bilhões, o menor desde 2012. Os principais
fatores que contribuíram para a redução da dívida da Petrobras (líquida) foram a geração
operacional e a entrada de caixa de US$ 5 bilhões com os desinvestimentos no
semestre. Com isso, o novo valor devido passou a corresponder a 3,23 vezes o
lucro de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitida ajustado). No fim
de 2017, a proporção era de 3,67. Vale destacar que a meta da estatal é reduzir
para 2,5.
Em relação ao
desempenho, a companhia sustenta que a tendência positiva já vinha sendo
registrada em trimestres anteriores, com um lucro operacional 18% superior ao
do primeiro semestre de 2017, totalizando R$ 34,5 bilhões. Fatores como menores
despesas gerais e administrativas e menores gastos com ociosidade de
equipamentos contribuíram para o resultado.
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