ANÁLISE & POLÍTICA
“Jornalismo opinativo com informação precisa
e contundente”
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Lula
e o PT disparam na liderança das eleições
Depois de atravessar um período
de sucessivas derrotas políticas e jurídicas, com o impeachment da ex-presidenta
Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT
volta a se firmar isolado como o partido preferido do brasileiro.Em pesquisa do
instituto DataFolha divulgada no dia 23 de agosto o PT foi mencionado por
24% dos entrevistados como o partido de preferência, consolidando assim a
crescente que, nas pesquisas anteriores, já apontavam a legenda como a mais
relevante do país.
Com pouca pontuação, estão empatados,
PSDB e MDB – os dois pontuaram, cada um, 4%. Em terceiro lugar, embolados com
apenas 1%, aparecem o PSOL, PDT e PSB. Entre os principais partidos políticos
brasileiros, só o PSB não terá candidato à Presidência – os socialistas
decidiram manter neutralidade nas eleições de 2018. O dado curioso é que a
maior parte da população, entretanto, afirma não ter preferência partidária:
essa foi a resposta de 52% dos entrevistados na pesquisa.
A
preferência por Lula
A pesquisa Datafolha sobre os
candidatos à Presidência nas Eleições 2018 divulgada no dia 22 de agosto aponta
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril e
com a candidatura contestada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
como líder da corrida eleitoral, concentrando 39% das intenções de voto. O
ex-presidente é seguido pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que tem 19% da
preferência dos eleitores.
Marina,
Alckmin e Ciro
A pesquisa coloca três
candidatos tecnicamente empatados na briga pela terceira colocação: Marina
Silva (Rede), com índice de 8%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 6% e Ciro Gomes
(PDT), com 5% das intenções de voto. Alvaro Dias (Podemos) alcançou o
índice de 3% e João Amoedo (Novo), ficou com a marca de 2%. Henrique Meirelles
(MDB), Cabo Daciolo (Patriota), Vera (PSTU) e Guilherme Boulos (PSOL) atingiram
1% de intenções de voto. Os demais candidatos não atingiram o índice
mínimo. Brancos e nulos somam 11% e 3% - números que dobram sem a presença de
Lula (PT) nas pesquisas.
Petista dispara em Pernambuco. Bolsonaro lidera em
Brasília
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega a 60% em Pernambuco, (sua
terra natal). No cenário em que ele não disputa, contudo, Marina Silva (Rede) é
a principal herdeira dos votos lulistas em Pernambuco. A ex-ministra lidera
entre os pernambucanos com 18% das intenções de voto, enquanto Fernando Haddad
(PT) marca apenas 3%. Também é em Pernambuco que Jair Bolsonaro (PSL) tem seu
pior resultado entre as cinco unidades da federação pesquisadas, com 10% no
cenário com Lula e 12% sem Lula.
Brasília...
Por
outro lado, no Distrito Federal, Jair Bolsonaro lidera em todos os cenários
testados, inclusive o com o ex-presidente Lula candidato. No cenário com Lula,
Bolsonaro tem 27% das intenções de voto contra 23% do petista. Sem Lula, ele
chega a 28% das intenções de voto e tem Marina Silva como principal adversária,
com 17%.
Haddad não emplaca
Em
São Paulo, Lula lidera com 26% das intenções de voto contra 19% de Bolsonaro e
14% de Geraldo Alckmin (PSDB). Sem o petista, Bolsonaro chega a 21% e Alckmin a
18%. Também é em São Paulo que Fernando Haddad (PT) tem seu melhor resultado
entre as cinco unidades da federação pesquisadas, com 6% das intenções de voto.
Rio de Janeiro
No
Rio de Janeiro, Bolsonaro e a Marina Silva têm intenções de voto acima de suas
médias nacionais. Ainda assim, o ex-presidente Lula lidera no estado com 31%. Eleito
deputado por cinco vezes no estado, Bolsonaro tem 28% das intenções de voto no
Rio de Janeiro no cenário sem Lula e 23% no cenário com ex-presidente - em
ambos os casos acima dos 22% do resultado nacional.
Palocci e Coutinho indiciados
A Polícia Federal
indiciou os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, o ex-presidente
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano
Coutinho, o empresário Joesley Batista e mais três pessoas por suspeita de
corrupção no banco estatal. O indiciamento de Antonio Palocci e dos
demais investigados consta do relatório final desenvolvido pela PF acerca das
apurações da Operação Bullish. O documento foi encaminhado à Justiça Federal
de Brasília e agora cabe aos procuradores do Ministério Público
Federal (MPF) decidirem se denunciam ou não os investigados. As informações são
do jornal Folha de S.Paulo.
BNDES e J&F
A Operação Bullish
investiga se houve irregularidades na concessão de aportes financeiros do
BNDES à J&F, controladora da rede de frigoríficos JBS. De acordo com o MPF,
os supostos crimes se deram no período entre 2007 e 2011 e envolveram,
considerando todas as operações realizadas entre o BNDES e a J&F, cerca de
R$ 8 bilhões. Entre as movimentações sob suspeita está a compra, pelo BNDESPar,
de ações da J&F por valores acima dos praticados pelo mercado, além da
não devolução de recursos que haviam sido liberados pelo banco para uma
aquisição empresarial que não se concretizou.
Os jovens desempregados
Segundo os dados divulgados esta semana pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) a partir da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) Contínua, no segundo trimestre de 2018 o
Brasil contava com 13 milhões de desempregados, uma parte dos 27,6
milhões de trabalhadores sub-utilizados. O índice, porém, é pior entre os
jovens, as mulheres e o negros. Contar com 13 milhões de desempregados
significa que 12,4% da população economicamente ativa está procurando emprego.
O índice de desemprego no Brasil, porém, salta para 26,6% entre os jovens
de 18 a 24 anos. Juntos, apenas esse grupo reúne 4,1 milhões de pessoas,
32% do total de trabalhadores sem trabalho.
Numericamente, o
grupo que vai dos 25 aos 39 anos até tem mais desempregados: são 4,5 milhões
que correspondem a 34,6% do total, mas há como este grupo é muito maior, o
percentual de pessoas que conseguem emprego nessa faixa etária comparativamente
aos que não conseguem é maior do que entre os mais jovens. De qualquer forma,
reunindo esses dois grupos, brasileiros com idade entre 18 e 39 anos
representam 67% do total de desempregados no Brasil. Enquanto, os que têm entre
40 e 59 anos somam 22,7% e aqueles que têm entre 14 e 17 anos, que já podem
trabalhar desde que respeitem uma série de restrições, representam 8,1%. Idosos
com 60 anos ou mais que ainda buscam emprego e não conseguem fecham a conta
somando 2,6% do total.
Divulgação de prints de conversa
em WhatsApp
O juiz James Hamilton de Oliveira Macedo, da 4ª vara Cível de Curitiba,
condenou ex-diretor do Coritiba Foot Ball Club por divulgar prints das conversas de grupo de
WhatsApp composto por membros da diretoria do time. Para o magistrado, como as
mensagens foram trocadas em grupo privado, elas não poderiam ter sido
divulgadas.
Indenização de R$ 5
mil para oito integrantes do grupo
Agora, o ex-diretor deve pagar R$ 5 mil, por danos morais, a cada um dos
oito integrantes do grupo da conversa.
Um dos membros diretores do grupo de futebol
ajuizou ação contra o ex-colega após ele ter exposto mensagens privadas à
imprensa, especificamente conversas via aplicativo WhatsApp. Na ação, o autor
alegou que o requerido, mesmo após não mais fazer parte do referido grupo de
WhatsApp, mantinha consigo o histórico das conversas, passando a atribuir
publicidade às conversas.
Ao analisar o caso, o juiz James Macedo entendeu que houve abuso do
direito de informar pela forma como foram divulgados os fatos, atingindo a
imagem pessoal e profissional dos autores.
Para o magistrado, as mensagens
foram trocas em aplicativo de celular em grupo privado, logo não poderiam ser
divulgadas. "Se, de um lado, o requerido, ao veicular prints
das conversas trocadas em grupo de aplicativo de celular whatsapp possui a
garantia da liberdade de expressão, de pensamento e de informação, asseguradas
pelo art. 5°, IV e IX, em conjunto com art. 220, § 1°, da Constituição Federal,
os autores, por outro lado, tem garantida a inviolabilidade da vida privada, da
honra e da imagem, além da consequente indenização por danos decorrentes da violação
desses direitos, nos termos do art. 5°, V e X, também da Constituição
Federal."
Assim, julgou procedente o
pedido de um dos membros da diretoria do grupo e condenou o requerido ao
pagamento de R$ 5 mil para cada um dos integrantes da conversa.
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