HOJE EM MAIS DE 80 PAÍSES,
"CHARLIE", ESTARÁ NAS BANCAS. CARTUNISTAS CONFESSAM: "NÃO É O
QUE O MUNDO ESPERAVA". NEM OS TERRORISTAS.
HELIO FERNANDES
14.01.15
Hoje, quarta-feira, vai para as bancas de todo mundo, em
16 idiomas, a primeira edição do “Charlie" depois do assassinato pelos
terroristas. Com apenas 16 páginas tabloide, uma em cada página, não será
problema a tradução e sim a distribuição. Nos mais distantes países (inclusive
o Brasil), enorme expectativa.
Mantiveram o estilo e o padrão do "Charlie", só
que de 60 mil passaram para três milhões. Foram apoiados por todos os jornais
da França (e as revistas que começam a circular amanhã) principalmente pelo
"Liberacion", em cuja redação estão trabalhando.
Gostando ou não gostando, (e discordar é um direito de
todos), o "Charlie" representa hoje um sentimento coletivo de dor,
sofrimento, tristeza, mas também protesto aberto, livre, ostensivo, que
mobilizou o mundo. O que mais estamos precisando, pois o terrorismo veio para
ficar.
Na capa, os remanescentes do terrorismo venceram o
desafio da criatividade. Precisavam colocar Maomé na capa, mas de que maneira?
O "Profeta" está chorando, e diz apenas, "tudo está perdoado".
É a primeira satira-incognita, cada um interpreta como quiser. Mas a
interpretação correta, "é que a luta continua", e não estão errados.
O Vaticano, alvo natural dos terroristas e órgãos da
própria França, receberam ameaças. E imediatamente reforçaram o policiamento.
Os terroristas islâmicos ou de outras procedências, dominaram pelo suspense e a
incerteza. Até que decidam atacar selvagemente em algum lugar, hora ou momento.
Por isso eu dizia no dia seguinte: "Haja o que houver,
o mundo não será mais o mesmo". E também repetindo o que escrevi 24 horas
depois do atentado: "Não ha distancia para o terrorismo, tudo é perto para
eles".
Ninguém, por mais longe que esteja, estará perto e fácil
para ser atingido. Podemos até dizer: para esses terroristas, quanto mais distante
melhor e mais surpreendente.
Não
conheço Anastasio, se passar por mim talvez não o reconheça. Nem quero Mem pretendo
defendê-lo, apenas colocar uma questão. Foi (oito anos governador de Minas,
nenhuma tradição ou acusação, tido e havido como intocável.
Agora
surge com “indiciação”, beneficiário de migalhas dos empreiteiros. SE fosse desonesto
e quisesse se aproveitar, no poderoso governo de Minas, poderia ter ficado com
o pão inteiro. Se provarem alguma coisa, reconhecerei.
CGU em empreitada difícil.
A
Controladoria Geral da União tentou ajudar as empreiteiras corruptas e corruptoras,
com boa intenção, todos reconhecem. Usou o mesmo “argumento” de outras pessoas,
advogados e gente “preocupada” com a possível punição das empreiteiras.
Principalmente se foram consideradas “inidôneas”, o que já são pela lógica
indestrutível dos fatos.
Teve
a audácia de procurara o Ministério Público Federal do Paraná que trata da Lava-Jato.
A proposta: “Livrar as empreiteiras (dos donos verdadeiros) da iminência de
serem consideradas inidôneas”.
Sugeria
que eles pagassem multas, mas não ficassem fora de licitações da Petrobras e de
outras estatais, as únicas que fazem obras colossais. Concluiu: “Isso seria bom
para o Brasil”. Foi recusado até com revolta.
PS-
Escrevendo. Lembro de outro Joachim famoso, também alemão, no tempo o primeiro
de todos. O Von Ribbentrop, chanceler, em 1936. Quando o Partido Nacional
Socialista chegou ao poder nesse ano, Hitler foi chanceler, (Primeiro Ministro), com o marechal Hindemburg
presidente.
PS2-
Logo depois o marechal morreria, Hitler acumularia os dois cargos. Como simples
cabo na Primeira Guerra, dominou os arrogantes e aristocratas generais da
Alemanha.
PS3-
O Primeiro Ministro da Turquia informou oficialmente ao governo da França, que
a procuradissima Hayat Boumedienne estava na Turquia antes dos atentados e
viajou para a Síria. Ela nasceu na Argélia, exatamente como os irmãos
terroristas assassinos.
PS4-
Em 1963, quando presidente e De Gaulle libertou a Argélia para evitar uma
guerra inútil, custosa e desnecessária, o governo desse país foi organizado
pelo camarada Boumedienne, primeiro governo comunista.
PS5-
Pelo nome e nacionalidade, desconfiei que fosse parente, consultei um
diplomata: “Helio, consta que é neta. Mas não há confirmação”. Anos depois, Boumedienne
foi assassinado, feito um excelente filme sobre sua morte, o grande ator
francês Jean Lois Trintignan, fez o papel de Boumedienne.
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As respostas serão publicadas aqui no
rodapé das matérias. (NR).
Ao Helio Fernandes
Quando a Tribuna de papel voltará a circular. Existe previsão?
Jose Lauro de Assumpção-Vitória-ES
A Tribuna online, Sr, Helio.
Quando puder fale sobre Pirassununga. Nasci nesta cidade e gostaria de saber algo sobre sua prisão ali.
Letícia Gusmão Diogenes - São Paulo - SP
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