Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A POSSE DO SEGUNDO JOAQUIM, VISTA DO ANGULO DO PLANALTO. O RODÍZIO DOS MESMOS EMBAIXADORES. RENAN, SEM CACIFE PARA ELA E PARA O PMDB.
HELIO FERNANDES
07.01.15
Assombrada e isolada, Dona Dilma assistiu e ouviu o discurso de posse do Ministro da Fazenda. Já comentei alguns pontos dessa importante afirmação, falta mostrar a reação da presidente. Uma das curiosidades dela e de toda a comunidade palaciana e subserviente, era como identificaria Dilma: presidente ou presidentA.
Usou a primeira forma, determinada e deixando a determinação de que fará concessões simplesmente para manter o cargo.
Joaquim Levy quis passar a impressão para todos, assessores, outros ministros, áulicos, seja quem fosse, que "ele não é o chefe da equipe econômica, ele é a equipe. E quem movimentará a economia será ele, somente ele".
O segundo Joaquim foi incisivo, conclusivo, definitivo. Não sabe até quando. Mas Dona Dilma também não sabe. Assim que desligou a televisão, com uma porção se folhas rabiscadas, a presidente chamou o insuficiente Mercadante para com ele mercadejar opiniões, já não se interessam muito por opinião.
Pergunta inicial e única de Dona Dilma: “Foi um desafio, um discurso contra mim e não a favor do governo ou do país:". O Chefe da Casa Civil que concorda sempre, é um derrotado como nunca se viu, respondeu sem tatear mas concordando tacitamente.
Foi rápido como sempre: "PresidentA, a senhora tem sempre razão e vê lúcida e imediatamente. O Ministro, prevendo o fracasso, quer provocar a demissão, assim justificará o que prometeu mas não tem condições de cumprir".
Acabou logo o que os dois chamam de "dialogo". Dona Dilma ia ligar para Nelson Barbosa que acredita fazer parte da equipe de Joaquim, o que é um equívoco. E Dona Dilma desistiu, pensou (?) que ele podia não atender. Apesar de ser do time da presidentA.
A “criatividade” Dona Dilma.
No meio de 2013, precisou trocar de chanceler. Antonio Patriota não justificava nem o sobrenome, deixou de ser chanceler, foi para a ONU, substituir o embaixador Luiz Alberto Figueiredo que veio para o Ministério do Exterior.
Tímido, sem liderança nem mesmo no Itamaraty, também teve que sair. Sem pensar muito, (não é o seu esporte predileto) Dilma usou a formula anterior, não deu certo mas repetir não dá trabalho. O chanceler vai para Washington, (o mais importante da carreira).
Quem estava lá, Mauro Vieira, vira chanceler.
Em 17 meses, dois chanceleres são mudados e mandados para os EUA. E nesse período, Figueiredo foi embaixador na ONU, Ministro do Exterior, embaixador nos EUA, mesmo sem a confirmação. Ninguém liga para isso.
Imaginem se esse príncipe da diplomacia tivesse méritos. E o novo chanceler tomou posse como se estivesse assumindo a OMC. (Organização Mundial do Comércio). Só falou em ”resultados”, para ele comprar e vender muito. Naturalmente para os Brics. Nessa OMC está outro brasileiro, também embaixador.
A presidência do senado.
Confirmadas as denuncias sobre Renan Calheiros e Romero Jucá, Eunicio de Oliveira será o próximo a assumir, substituindo o senador de Alagoas. Este e o senador Jucá, não são “invictos” em matéria de acusações. Conhecem muito bem o passado e o presente, o que os preocupa é a dúvida sobre o futuro.
A oposição não tem número nem nome para conquistar a presidência. Eunicio não é um cidadão “acima de qualquer suspeita”, mas não está vulnerável a respeito da corrupção na Petrobras. Derrotado para governador do Ceará, pode ser votado pelo ex-governador Cid Gomes.
Só que este não tem cacife para ser Ministro (da Educação, garantido) e ao mesmo tempo vetar um candidato a presidente do Senado. De qualquer maneira todos têm que esperar. A eleição normalmente é em 31 de janeiro. Mas como os interrogatórios de Curitiba já começam em 3 de fevereiro, quem terá a coragem ou audácia de decidir antes: Renan e Jucá: Nunca mais, Ou Dilma se complicará ainda mais.
Como eu disse há mais de um mês, Sergio Machado não voltará mais á presidência da Transpetro. Acreditou na volta, teve que prorrogar a “licença”, o “padrinho-patrocinador”, (Renan) não têm cacife para reivindicação pessoal. Quanto mais transverso.
O Presidente da Câmara, Henrique Eduardo, citado na lava-jato, pediu a Michel Temer para tirar seu nome da lista dos ministeriáveis. Temer atendeu na hora, está com o poder intacto de tirar e nenhum de colocar. Exemplo: indicou Moreira Franco, seu intimo amigo e correligionário para continuar, vinha fazendo bom trabalho, a presidentA não aceitou.
Prestigio mesmo, de bastidores, tem o senador “ficha suja”, Jader Barbalho. Conseguiu fazer o filho derrotado para governador, ministro secretário da Pesca. O filho com mais processos do que o pai.
Em diversos jornalões, foto grande do governador Pezão, com 28 secretários. Nesses 28, 7 só mulheres. Estas são apenas 13 por cento do total, parece uma “propina” da desigualdade. Nenhum negro, preconceito mesmo.
Na foto aparece Paulo Melo como secretario. Mas já disse ao governador, “tomei posse mas quero ir para o Tribunal de Contas”. Era presidente da Alerj, pretendia a reeleição, foi derrubado pela “família” Picciani.
Vargas na Academia.
Muitas pessoas pelas formas mais diversas pedem que identifiquem os intelectuais que se insurgiram contra a entrada do ditador na Academia. Foram Gilberto Freire, Carlos Drumond de Andrade, Sergio Buarque de Holanda. Teriam entrada direta na Academia, “jamais participaremos dessa Casa que aceita um ditador”.
Não consigo me lembrar quem era o presidente da Academia no auge do “estado novo”, já se passaram 75 anos. Os 40 acadêmicos atuais, estavam nascendo quando o ditador ameaçou e intimidou a Academia. Mas dois terços dos atuais, votariam em Castelo, Médici, Geisel. É que nenhum deles se lembrou.
PS- Em 2014 a grande luta do Botafogo era não cair para a Série B, caiu, Agora pode muito bem correr o “risco” da C. Pelo menos o técnico contratado tem todas as credenciais para isso.
PS2- E o Internacional? Rompeu depois apelou para Abel Braga sem sucesso. Perdeu um profissional competente. Não concordou com Mano Menezes, nova frustração. Para começar muito mal este 2015, contratou o Uruguai Diego Aguirres. Isso é que é vocação para o desperdício, Vai tentar ganhar do Botafogo.
Ps3 – Fred, o maior fracasso da seleção dos 7 a 1, (naturalmente com grande colaboração de Parreira e Felipão), ganhava no Fluminense, 959 mil por mês. Como a patrocinadora rompeu com o Fluminense, Fred “foi para o espaço”.
PS4- Não sabe se fica no clube ou é obrigado a sair, já fez “abatimento” para o Internacional: assina por 650 mil. Aos 31 anos não vale a metade.
A partir de hoje, nossos leitores podem fazer comentários e se comunicar com o colunista, através do e-mail:
blogheliofernandes@gmail.com
As respostas serão publicadas aqui no rodapé das matérias. (NR).

Sr. Jornalista,

Caso seja possível, de forma breve, explique com convicção a posição de Lacerda quanto ao Golpe de 64. Nossas gerações ficam confusas sobre essa página da história política do Brasil.

Ralph Lichotti - Niterói

Helio,
Sou Fluzão, nunca gostei do Fred, mas quem teria para colocar em seu lugar. Afinal jogador polêmico, também interessa aos clubes, para acender os holofotes da mídia.
Também se comenta que seu salário era dividido para alimentar a "gula" entre diretores.

Willian Dantas - Rio de Janeiro

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