A TIRAGEM DO ÚLTIMO "CHARLIE" PODE CHEGAR A 10 MILHÕES. AINDA EM 2014, A PETROBRAS PAGAVA PROPINA AOS ASSALTANTES.

HELIO FERNANDES

16.01.15

Desde que assumiu com a renúncia de Bento XVI, o Papa Francisco tem marcado posição de liderança, conquistando o mundo. Tenta mudar o Vaticano em muitos aspectos, acertando, apesar de ficar praticamente em minoria, que é uma consequência da renovação quase revolução.

Mas agora, lamentável e melancolicamente, Francisco dá apoio indireto aos terroristas, ao afirmar com a repercussão do seu nome no cargo: "A liberdade de Imprensa não permite o insulto".

Não houve insulto, os próprios islamistas condenaram os terroristas, dizendo, "não falam em nosso nome". O Papa Francisco, no caso, também só fala no próprio nome.

Conforme informei com exclusividade, (não sei explicar porque jornalões e televisões, com "exercito" de repórteres, deixassem passar o fato) o semanário "Charlie" não circulará com edição nova na próxima quarta, dia 21. Voltara com edição renovada, na quarta 28.

Elogiei a decisão. Hoje se completaram os 6 milhões de exemplares entregues nas bancas de Paris e no resto da França. (Já estão pagando fortunas por 1 exemplar colocado á venda ontem. Um dono de banca explicou: "Normalmente vendia quatro exemplares do 'Charlie". Hoje recebi 70, foi embora. Prometeram 150 para hoje").

Como os editores estão decididos a entregar exemplares em dezenas de países, "em 16 idiomas", nada surpreendente que o total chegue a 10 milhões de exemplares. Na França está sendo vendido nas bancas a 2 euros, (mais ou menos 6 reais), nada caro ou extorsivo. vale e merece, a procura não é por um produto inútil e sim rigorosamente histórico. (Seria como um discurso da presidentA, escrito por ela mesma, terrorismo verbal e gramatical). 

Quem pagará mais impostos?

Os que dominam e enriqueceram com os lucros da indústria, comércio e agronegócio, não sentirão nem saberão que houve aumento de tributação. Os poderosos banqueiros aumentaram periódica e vergonhosamente seus juros, dando razão a Lenine: “Nenhuma diferença entre fundar um banco ou assaltar um banco”.

99 por cento dos que trabalham e pagam impostos com “sangue” suor e lagrimas (Churchill), serão atingidos. O que resta, 1 por cento dos que não trabalham, não produzem, não se esforçam, “são pessimistas”, enriqueceram mais ainda.

Comparem o que a presidentA dizia na campanha para os camaradas, com o que já está fazendo antes de completar 1 mês do segundo mandato. Dona Dilma não foi á França para não “desgostar” os terroristas. Não vai a Davos para não ser “cumprimentada” pelos senhores do mundo. Dona Dilma é sempre contraditória, vai tentar uma formula de “lhe darem” o terceiro mandato. Isso se conseguir manter e terminar o segundo.

Donos e Executivos, patrões e empregados.

A inesperada e eficiente operação lava-jato, colocou debaixo dos holofotes dos senhores das empreiteiras, e os executivos sequer executam para eles. Os donos maravilhosamente ricos, os Executivos recebendo magestosas remunerações. Mas entre eles, pouco ou nenhum relacionamento, a não ser a responsabilidade e a irresponsabilidade.

Os donos pagam rigorosamente em dia, a responsabilidade deles termina aí. Os executivos dirigem de verdade as empresas. Agora atingidas foram as empreiteiras, mas a maioria delas, é dirigida pelo mesmo sistema, modo e regime ou objetivo: obter cada vez mais lucros, não importa os caminhos trilhados, percorridos, projetados.

A diferença completa e irreparável, está nas palavras que citei. Os donos (acionistas controladores) jamais são responsabilizados ou presos, os executivos respondem por tudo, sejam ou não sejam irresponsáveis. E essa diferença não se nota apenas nas contas bancárias, geralmente no exterior, mas também no tratamento, principalmente nestas épocas “natalinas e de ano novo”.

Nas circunstancias de agora, inesperadas e surpreendentes, os Executivos dormem em colchonetes de corredores e se alimentam de panetones. Eram tidos e havidos como tão poderosos, que foram sendo presos sem majestade ou dignidade, mas os verdadeiros senhores das empresas continuam desconhecidos, ignorados, seus nomes não aparecem de jeito algum.

Com dados irrefutáveis, se sabe que existem 130 mil brasileiros compradores dos apartamentos mais imponentes e mais caros de Nova Iorque. Miami é apenas “diversão barata”, para esses larápios miliardarios, que continuam impunes, intocáveis, invioláveis.

Esses “controladores” que não têm nem ações em bolsa, comandam tudo longe dos holofotes, só se relacionam, se entendem, se fundem e se confundem com donos de bancos,. Daqui ou lá de fora. Mesmo que não fossem presos imediatamente na lava-jato, deveriam ter os passaportes apreendidos, vigiados, (sem tornozeleiras, vá lá) precisavam saber que chegaria a hora deles.

Como quem sabe faz a hora (Vandré), tentaram intimidar o país, de várias formas. Espalharam, "o Brasil irá á falência, se as empreiteiras forem consideradas i-n-i-d-o-n-e-a-s. Num assomo da revolta, a Petrobras considerou que 23 dessas empresas-empreiteiras, "não poderão participar de licitações". Esses controladores ladradavazes,  ameaçaram entrar na Justiça, pedindo indenizações a empresa mais roubada de toda a História. Não apareceram, o serviço foi feito por advogados.

Dona Dilma evita o máximo falar na Petrobras. Mas no discurso de posse ("reposse"), não fugiu do tema, se refugiou no eufemismo: "Vamos livrar a Petrobras dos predadores". Por que "predadores" e não corruptores. E atingindo em cheio os "acionista majoritários"?

Menos de 24 horas depois da posse, surgiu um novo escândalo "acobertado", "praticado", "corroborado" pelos dirigentes da Petrobras. A denuncia de agora é do TCU, Tribunal de Contas da União. Valor da fraude: 1 bilhão.

Segundo órgãos oficiais, incluindo a controladoria Geral e o Tribunal de Contas da União, "ainda em 2014, foram pagas propinas ELEVADAS aos que assaltaram a Petrobras". Lógico, Dona Dilma não sabia de nada, 2014, há quanto tempo.

E Dona Graça continua firma mas não mais poderosas na presidência da empresa. A revista de fofocas dos EUA, deve estar arrependida, por ter dito, há anos, que "Dilma e Graça estavam entre as mulheres mais importantes do mundo".

A proposito: Petrobras ontem, subiu 9,1. Por que? Anteontem caiu 8,2. Por que?


Cerveró, ser ou não ser.

Seu depoimento durou quase quatro horas, está marcado outro para a semana que vem. Pode ser que não haja, seu advogado entra hoje com pedido de libertação, através de Habeas-Corpus. Mas até chegar ao Supremo, tem que passar por duas instâncias.

 As perguntas se relacionavam com os nove (9) imóveis comprados em poucos anos. Resposta: "Eu ganhava mensalmente mais de 100 mil reais, entre salários e bonificações". Se isso for verdadeiro, facílimo de comprovar, não há duvida que dava para fazer as compras.

O que é quase impossível de conciliar é o pagamento de "propinas e bonificações". E até agora, é a primeira vez que se ouvir falar que a Petro pagava bonificações, desse volume, e qual a razão. Vamos espera o Habeas-Corpus e a justificativa das bonificações. Ninguém até hoje falou nisso.

Eduardo Braga.

Emocionado com o ministério que conseguiu depois da estrondosa derrota no Amazonas, defendeu ardorosamente Dona Graça. Disse textualmente: "Ela não tem nada a ver com o que aconteceu na empresa". O ministro está satisfeitíssimo, principalmente porque sua mulher se transformou em senadora, sem voto, sem urna, sem povo.

PS1- Satisfação, alegria, enorme contentamento. "Sal da Terra", sobre a vida do grande fotógrafo Sebastião Salgado, foi indicado ontem para disputar o Oscar de melhor Documentário.

PS2- É uma produção franco-brasileira. Salgado não é apenas notável fotógrafo. É uma personalidade extraordinária, merece o triunfo.

PS3- Ontem foram enterrados os chargistas assassinados pelos terroristas. A emoção e a comoção, a mesma de oito dias passados. Estão para sempre no cemitério mais famoso e popular de Paris e da França. (Na minha primeira viagem á Europa em 1946, visitei esse cemitério).

PS4- As 22 horas de lá, a Praça da República com multidões que andavam pelas ruas. Frio de 7 graus, chuva, mas todos ficavam, "estavam participando".

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As respostas serão publicadas aqui no rodapé das matérias. (NR).

Sr. Helio Fernandes.

Quero sugerir, que o senhor crie um site da Tribuna da Imprensa, e volte editar o jornal eletronicamente, como fazem alguns títulos que deixaram de circular, a exemplo do JB. Creio ser uma boa ideia, para o leitor tão entediado com a mesmice da grande mídia.

Abraços

Marcelo dos Reis – Rio de Janeiro – RJ

Ao Helio.

Parabenizo o seu trabalho, que muito me alegra, após anos sem contato com seus textos exclusivos. Estou aguardando “aqueles furos jornalísticos”. Cadê o Helio de outrora.

Volte Helio!

Lindomar Pereira Junior – Fortaleza - CE