DESEMPREGO REAL, INFLAÇÃO REAL, GOVERNO IRREAL.
BRASIL NA MÉDIA DO DESEMPREGO GLOBAL.
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
16.01.15
Enquanto
a situação do emprego, no mundo, é alarmante, em todo o planeta, o já combalido
mercado de trabalho passa por profundas transformações - muitas delas
traumáticas - causadas pela globalização e pelo fantástico progresso
tecnológico dos últimos 20 anos. Estimativas
preliminares da organização, incluídas no relatório, Tendências
Mundiais do Emprego 2014, indicam que a taxa de desemprego global
atingiu 6% da população economicamente ativa mundial no ano passado, se
mantendo estável em relação a 2012.
No
Brasil, a OIT acredita que a taxa de desemprego atingiu 6,7% em 2013, cairá
levemente neste ano para 6,6%, e chegará a 6,5% em 2015 e também em 2016. Já o
índice global de desemprego deverá ser em média de 6,1% entre 2014 e 2016, nas
previsões da organização. Caso a projeção da OIT se confirme, o Brasil será o
único país entre os integrantes do Bric (grupo formado por Brasil China, Índia
e Rússia) a ter taxas de desemprego acima da média mundial pelos próximos dois
anos.
Na
China, o índice deve totalizar 4,6% em 2013 (e 4,7% neste ano). Na Índia, a
taxa preliminar estimada é de 3,7% no ano passado (e de 3,8% em 2014), e, na
Rússia, segundo os cálculos da OIT, o desemprego afetou 5,8% da população ativa
em 2013. Nesse caso o Brasil é o país que possui o maior nível de desemprego. Para
este ano e o próximo, o FMI já havia divulgado estimativas mais otimistas do
que as da OIT. Para o Fundo Monetário Internacional, o índice deve fechar este
ano em 5,8% (portanto, abaixo da média global da OIT) e, em 2014, em 6%
(exatamente a média de 2013). Por sua vez, consultorias como a LCA e a
Tendências preveem uma taxa de desemprego neste ano de no máximo 5,7% neste
ano.
Em
todo o mundo, 74,5 milhões de jovens com menos de 25 estariam desempregados. A
taxa mundial nessa faixa etária atingiu 13% no ano passado, mais do que o dobro
da média global de 6%, que inclui todas as idades. Segundo a OIT, o número de
novos desempregados aumentou em 5 milhões no mundo no ano passado, totalizando
202 milhões de pessoas sem emprego.
No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos
sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito
de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o
IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região
metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer
família alguém desempregado. O governo se sustenta em 7%. Essa é uma realidade
que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas:
para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão
desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade,
aquela sensação de inutilidade para o mundo social.
O
relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014, de responsabilidade da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), diz que a recuperação da economia
global, considerada fraca, não conseguiu reduzir a falta de emprego no mundo.
Segundo a OIT, o ano passado fechou com uma taxa de 6% de desemprego no mundo, o
que representa 202 milhões de pessoas sem trabalho (5 milhões a mais que no ano
anterior).
“De todos os aspectos da miséria social nada é tão doloroso
quanto o desemprego.” (Jane Addams).
Nenhum comentário:
Postar um comentário