CHARLIE, 6 MILHÕES SÓ EM PARIS, O
RESTO DA FRANÇA RECLAMA. E O BRASIL E O MUNDO, RECEBERÃO, MAS TEMOS QUE
ESPERAR. CERVERÓ, MENTOR DE DONA DILMA EM PASADENA, FOI PRESO.
HELIO FERNANDES
15.01.15
Sucesso
estrondoso, fabuloso e glorioso do novo número do semanário “Charlie”, que saiu
ontem. Habitualmente, vendiam 60 mil exemplares. Por exigência da realidade que
passou a existir com o assassinato dos terroristas, programaram 1 milhão para a
tiragem que foi ás ruas ontem.
Nas reuniões na
redação cedida pelo jornal “Liberation”, na segunda feira, aumentaram para 3
milhões. Distribuídos em vários países, em 16 idiomas. Mas ontem, ás sete da manhã
(da França), eram arrancados das bancas, (então 5 milhões), aumentaram na
madrugada da segunda feira para terça.
Depois disso,
duas decisões. 1 – Vão cumprir o prometido, estão “rodando” milhões de
exemplares nos idiomas prometido. Mas na França “exigem” pelo menos mais 1
milhão. Muita gente não conseguiu comprar, quase todos querem guardar, é
realmente edição histórica.
2 – Decidiram
que o “Charlie” da próxima quarta feira não circulará. Querem que a edição de
hoje, fique durante 15 dias sendo lida, discutida, degustada, debatida. Se saísse
outro exemplar a seguir, o de agora seria ofuscado rapidamente. O que prova que
os que estão fazendo o “Charlie”, não são apenas chargistas.
A reação.
Eu já havia
revelado aqui na terça feira, quando a capa de ontem-hoje, foi antecipada.
Elogiei, gostei, mas o editor não. Textual: “Não é a capa que o mundo queria,
muitos não gostarão”.
Dei minha
opinião, sobre o que teria que ser fundamental: Maomé na capa. O Profeta
chorando e “perdoando a todos”, foi um “achado” de competência jornalística. Eu chamei ante-ontem, de primeira “sátira
incógnita”.
A tentativa
de decifrar essa “incógnita”, começou ontem mesmo. Contra e a favor, é
rigorosamente o essencial. Até muitos que elogiaram o exemplar de ontem, diziam:
“Mas Maomé não podia estar novamente na capa”. Tinha que estar, foram altamente
“generosos” com a legenda e o profeta chorando. Nada acintoso ou agressivo.
Os
terroristas e os “islamistas” radicais, raivosos e revoltados, juraram vingança.
(é o que eu disse, o terrorismo veio para ficar, o mundo não será mais o
mesmo).
Os islamistas verdadeiros e pacíficos,
contra o terror.
Centenas de
milhares, vieram a público, condenando os assassinatos, o terrorismo, mostrando
que a base “fundamental do islamismo é a paz”. E fizeram isso da forma
altamente inteligente e pacifica. Deram entrevistas falaram a rádios e
televisões dos vários países, dizendo, “não temos nenhuma ligação com esses
terroristas”.
E todos traziam
um cartaz do mesmo tamanho daquele com a frase “Je Suis Charlie”. E escreveram
simplesmente: “Não em meu nome”. Magistral como criação, e como condenação dos
terroristas, mesmo que se apresentam como i-s-l-a-m-i-s-t-a-s.
Um suposto e
pretenso líder islamista, não entendeu nada escreveu: “A cara de hoje (ontem)
do Charlie, é extremamente estúpida. Estúpido e ridículo é quem não entende as
coisas, aí sim. A capa é polemica, como não poderia deixar de ser, mas não
tanto quanto se esperava.
Frases tolas
da presidentA.
“Temos que
tomar medidas econômicas mais drásticas”.
“A demissão
de Graça Foster não é necessária”.
“Não existe
crise de corrupção”.
“Vamos
recuperar totalmente a Petrobras, patrimônio dos brasileiros, indispensável no
desenvolvimento do país”.
“Vamos abrir
o capital da Caixa Econômica”.
“Os que falam
sobre o que o governo precisa para superar o déficit, estão chutando”. (SIC).”Não
há possibilidade de tratar ao mesmo tempo do desenvolvimento do país, e cuidar
das necessidades sociais”.
Perguntinha
ingênua, inócua e inútil: por que nos primeiros quatro anos, fez exatamente o
contrário? E quem acredita que agora percorrerá o caminho certo, se durante a
campanha eleitoral, faltou o tempo todo com a verdade?
Internet: progresso ou retrocesso.
Sem dúvida foi um avanço total. Jovem de 10 ou 12 anos,
abandonaram a gramática e os livros, sabem tudo dessa nova e assombrosa tecnologia.
Mas deixaram de lado relacionamento pessoal. Só se comunicam através de “mensagens”.
O Google é a “bíblia moderna”, serve para consultas eventuais, não consolidam
saber.
O Enem,
agora, veio confirmar isso. 529 mil alunos fizeram a prova, tiraram Z-E-R-O.
Também em matemática, a mesma nota decepcionante. Estamos formando gerações de “analfabetos
verbais e gramáticas”, que se julgam “aristocratas do conhecimento”.
Em 17 de
novembro o dólar estava a 2,65. A Moodys veio a público e sentenciou: “Fechará
o ano em 2,80. E no primeiro trimestre de 2015 já terá ultrapassado 3 reais”.
Ontem, quase dois meses passados, o dólar está em 2,60, quase o mesmo de antes.
A Petrobras
tem sofrido o que nenhuma empresa do mundo já sofreu. Alem do assaltos por todos
os lados, de escândalos e mais escândalos, que só Lula e Dilma não sabiam, a
especulação violenta, que as Bolsas do mundo praticam em todas as oportunidades.
Mas uma coisa
tem que ser esclarecida: nenhuma ação, por mais desastrosa que seja sua administração,
pode subir 8 por cento num dia, cair oito ou 9, 48 horas depois e seguir assim
indefinidamente.
Especulação
de investidores (liderados por bancos no mundo inteiro), que vendem e massa “a
descoberto”. Ganham fabulas com a queda. Ou compram também em massa, novamente
lucros colossais. Não é só a roubalheira e a corrupção que influem.
PS- Nestor Cerveró,
ex-diretor Internacional da Petrobras, foi preso no aeroporto quando tentava
viajar para o exterior Inacreditável, não pela prisão mas sim pela liberdade.
PS2- Os escândalos
e roubalheiras da Petrobras podem ser relacionados a partir de 2005, em
Pasadena. Foi ele que fez o “relatório recomendando a compra”. E Dona Dilma fez
a confissão atordoante: “Assinei porque não havia informação nem esclarecimento”.
PS3- Pois o
senhor Cerveró não aconteceu nada, nem o passaporte foi apreendido ou
confiscado. E foi depor várias vezes na CPI Mista do Congresso, nada lhe
aconteceu.
PS4- Acho que
agora acontecerá. Incluindo a presidentA. Ninguém pode confessar que PARTICIPOU
POR NÃO NÃO ENTENDER O DOCUMENTO.
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Nossos leitores podem fazer comentários
e se comunicar com o colunista, através do e-mail:
blogheliofernandes@gmail.com
As respostas serão publicadas aqui no
rodapé das matérias. (NR).
Ilustre jornalista Helio
Fernandes.
Sou um pesquisador de fatos e denuncias que
ocorreram antes e durante o Golpe de 64. Eis alguns, que gostaria da sua
opinião.
O historiador Luiz Antonio Dias, PUC-SP
informou que na pesquisa Ibope de meados de 1963, o presidente eleito João
Goulart tinha 70% de aprovação popular, aprovação de 86% entre os entrevistados
da classe pobre e 62% nas classes A e B. Na mesma pesquisa que investigava as
intenções de voto para as futuras eleições, Juscelino Kubitschek ganharia em
todas as capitais, mas na pergunta “E se Jango pudesse ser candidato?” Jango
ganharia de Juscelino em todas capitais menos em Recife e BH, mas mesmo assim
teria 39% das intenções de voto em BH.
O historiador afirma ainda que a Folha nunca teve censor em sua redação, que Estadão pedia intervenção dos militares desde 1963. Segundo suas pesquisas em meados de 63 João Goulart tinha grande popularidade, foi a grande mídia que preparou o terreno para o golpe.
Dias cita um Caderno especial da Folha com 44 páginas publicadas na manhã de 31/3/1964 que mostra claramente que os Frias e seus anunciantes sabiam que o golpe ocorreria no final da noite.
A historiadora Bia Kushnir, autora de Cães de
Guarda, mostra que havia apenas 220 censores no Brasil para cobrir todo o
território nacional e questiona: “Como 220 pessoas conseguiriam controlar toda
a imprensa, teatro, cinema, rádio, tvs? Não conseguiram.A grande mídia foi
parceira da ditadura militar, foi colaboracionista. Se a resistência tivesse
existido por parte da grande mídia a ditadura não teria durado tanto tempo.” É
falácia da Folha, Estadão e Cia dizer que o Estado censurava a grande mídia.
De acordo com a historiadora os grandes
jornais tinham entre seus quadros policiais do Dops, que andavam de
metralhadora nas redações. Ela mostra que a imprensa foi colaboracionista da
Ditadura Militar.
Podemos dizer que a grande imprensa do passado
foi golpista tanto quanto é hoje?
Oswaldo P Navarro – Belo
Horizonte - MG
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