SUPREMO, OAB E
ABI TODOS APOIARAM O GOLPE MILITAR DE 64. O PAÍS DESDE ENTÃO MERGULHOU EM
PROFUNDA CRISE, MORAL, INSTITUCIONAL E SE ALIENOU AO CAPITAL INTERNACIONAL. UMA
GERAÇÃO INTEIRA DE BRASILEIROS PAGA UM PREÇO ALTO PELA COVARDIA DESSAS INSTITUIÇÕES
QUE JAMAIS PODERIAM AFAGAR ESSA DIABÓLICA E INSANA TRAMA POLÍTICA. MAGISTRADOS
SÃO APÁTRIDAS E SÓ PENSAM CORPORATIVAMENTE. COMO CONSEQUENCIA O CRIMINOSO “AUXÍLIO
MORADIA”.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
O Supremo, os tribunais e seus atores se constituíram numa grave
ameaça a “paz social”. Os fatos são evidentes. O resultado revela o quanto essa
justiça capitaneada com sua morosidade, corrói a estrutura social da nação.
A pesquisa “Quem Somos - A Magistratura que Queremos” se
encontra na internet, com livre acesso, onde revela insensatez do “auxílio
moradia”, concedido para os juízes, sendo que 70% de primeiro grau e 93% dos
desembargadores residem em casa própria.
São 18,5 mil magistrados, orbitando no Oasis de fartura,
alimentado pelos impostos de milhões de brasileiros, formando uma massa de 45
milhões de desempregados e subempregados, e 23% milhões de famílias vivendo
abaixo da linha da pobreza.
Na verdade os juízes brasileiros nunca navegaram em “águas turvas”
O modelo de tribunal que existe, foi implantando no Brasil
Colônia. A indumentária, (toga, mangas e golas de renda e adereços) é o retrato
dos tempos em que a nobreza imperial ditava as regras para o vestal cidadão do
Reino.
Até a postura, fala e discurso reflete os idos que já deveriam
estar no fundo da sua desprezível e podre gestação.
Como mudar? Porque o corporativismo dos juízes ainda consegue
convencer legisladores (deputados e senadores), influenciar presidentes e
autoridades?
A resposta (e muitos apostam nisso) pode ser dada a partir do viés
de que a maioria deles responde a processos criminais por peculato, corrupção
passiva e dano ao erário público?
A
alta cúpula da república é um organismo, contaminado, infecto e endêmico. A
mais alta Corte do país, o STF é débil, ensandecido com decisões das mais
estúpidas e de um cinismo incomparável, tudo a luz de uma blindagem altamente
nociva a democracia, forjada no incesto do Golpe militar de 64 com a
magistratura que resultou na aprovação da Lei da Magistratura Nacional – Loman.
As
Sessões da Corte é de puro exibicionismo, com textos lidos por horas,
simplesmente para dizer “nego!”.
O
corporativismo da magistratura brasileira soa de forma inquietante e desastrosa
para a moral do país. Em nenhuma outra nação do planeta, juízes gozam de
tamanha proteção estatal.
A defesa dos interesses da sociedade não encontra abrigo naquela
Corte federal. Predominam os interesses de grupos capitalistas, políticos
influentes e de seus próprios interesses quando se trata de matéria consoante a
sua atividade.
No mês passado os magistrados da ativa embolsaram o imoral “auxílio-moradia” (R$
4.377.73 por mês), concedido liminarmente em setembro de 2014, pelo colega
ministro Luiz Fux. Ou seja: julgou e advogou para ele mesmo. Assim no período
de vigência (51 meses) R$ 223.264,23 coube a cada um dos 18,5 mil juízes.
(livre de tributos).
A PEC da Bengala (EC
88/15) entrou em vigor no dia 08 de maio de 2015 e autorizou que a
aposentadoria compulsória aos 75 anos passasse a valer para os ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF), dos demais tribunais superiores e do Tribunal
de Contas da União (TCU).
Com isso, os ministros estão
perpetuados na função, que nem poderia ser regulada dessa forma estável e
conflituosa aos demais direitos dos trabalhadores brasileiros. Os privilégios
fizeram essa esta abominável e vetusta toga, que outrora conspirou com os
interesses nacionais, conspirando com o “Golpe de 64”
Na
oportunidade, com o apoio do STF Ranieri Mazzilli ocupou a Presidência da
República em duas ocasiões imperativas para os desdobramentos da crise que
culminou com o Golpe Militar e Civil de 64. Em agosto de 1961, quando Jânio
Quadros renunciou e o vice João Goulart estava em viagem oficial à China. A
renúncia acirrou as desconfianças dos militares e da elite empresarial. Sem
condições políticas de assumir o governo, Jango teve que se submeter à solução
parlamentarista.
Em 2 de abril de 1964, Mazzilli voltou à
Presidência da República, logo em seguida ao golpe que derrubou Jango. O breve
mandato não passou de um arremedo institucional, já que o poder de fato já era
exercido pelo “Comando Supremo da Revolução”, formado pelos três comandantes
das Forças Armadas. Como presidente da Câmara, Mazzilli aceitou o Ato
Institucional número 1, que convocou eleições indiretas para a Presidência da
República, e a cassação de parlamentares janguistas.
Da mesma forma que o STF, o Congresso, as Organizações Globo, a
Ordem dos Advogados do Brasil e a Associação Brasileira de imprensa, apoiaram o
Golpe. Todos se dizem arrependidos?
Agora a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF)
pretende acabar com a chamada ‘PEC da Bengala’. Conseguindo 171 assinaturas de
parlamentares a PEC é colocada em votação, e precisa da aprovação de 308
deputados.
Neste
pandemônio que dá ao STF a palavra maior, acima do Congresso e da própria
sociedade, mais uma vez, o dedo amaldiçoado da saga petista, que em 2015, a
então presidente Dilma Rousseff concedeu a compulsória aos 75 anos para
ministros do judiciário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário