SERGIO CABRAL ROUBOU AS MANCHETES
DE JORNAIS E TELEVISÕES, MUDANÇA
RADICAL
HELIO FERNANDES
Trocou de
advogado e de roteiro, tenta ganhar a liberdade,
comprometendo
a liberdade de muita gente, que "confraternizou" a
corrupção
com ele. Inicialmente uma duvida enorme: condenado a quase
200 anos
de prisão, terá que revelar muita coisa, fazer delação, acusação,
contar
fatos novos e importantes. Comentaristas e os chamados
especialistas,
consideram que o ex-governador está pregando
em vão, não obterá sucesso, fará mais 2 ou 3 depoimentos,
será abandonado.
Do lado
de Cabral, euforia e alegria. Fazem cálculos super otimistas.
A estratégia
do escritório do novo advogado, se dividiria em duas
partes. A
primeira: reduzir as condenações para 20 ou 30 anos,
considerado
o máximo de punição individual.
A
segunda: reduzida a pena, começaria a cumpri-la, negociando ano por
ano,
dentro da lei. Empreiteiras que publicamente "colaboraram" com
ele, garantem, "a corrupção já confessamos, é
coisa do passado". Mas
estão
assustadas.
Cabral
pode contar muita coisa. Governadores têm influencia total
sobre o
judiciário, a nomeação de desembargadores, que formam o
Tribunal
de Justiça. Depois dos "acertos" para as nomeações, Cabral
têm muito
a contar "sobre venda de
sentença" O desconforto visível no
TJ,
ratifica o "poder de fogo" do ex-governador. E por qualquer angulo
que se
examine, a constatação: Cabral voltou ao jogo, é personagem.
Pode ser
fortuito, mas isso só se saberá com o tempo que durarem as
negociações.
Cabral
justificou seu comportamento publico e político, com uma
afirmação:
"Esse meu apego ao dinheiro, é um vicio", e continuou
cumprindo
o roteiro escolhido.
O ex-governador
teria obtido mais sucesso, se confessasse: "Tudo que
fiz foi
uma tentativa de vingança contra o meu próprio destino".
Nasceu em
Terra Nova, um subúrbio deserto e abandonado, só se chegava
de trem,
o famoso "Maria fumaça". Viveu
miseravelmente, uma
adolescência
de fome. Conseguiu sair de lá, ninguém sabe como chegou a
Alerj,
que dominou por 12 anos. Considerava que era o seu destino
final.
Poderia
fazer outra confissão, nestes termos: "Aí cometi uma BURRICE
total,
inesperadamente senador, governador, citado e lembrado para
presidente,
troquei essa possibilidade, pela realidade enlouquecida do
luxo e do
volume de dinheiro roubado, tão grande
que tive que
inventar
um recurso para GUARDA-LO, não poderia ser em casa ou em
banco".
Aconteça
o que acontecer, a situação do ex-governador não pode piorar.
BOLSONARO: O MINISTÉRIO DESORIENTADO,
DESQUALIFICADO, DESEQUILIBRADO, DESMEMORIADO
Foi assim, com essas mesmas palavras, que identifiquei a maior parte
da equipe montada pelo inesperado presidente. E quase todos
confirmaram minha avaliação. Mas a Dalmares, (me recuso a chamá-la de
ministra), insiste na degradação dela mesmo.
O ministro do Meio Ambiente, confessou, "não sei qual a influencia do
Chico Mendes", e ainda acusou-o de aproveitador. Ainda bem que o vice
eleito, corrigiu-o ", é uma das mais notáveis personalidades dos
últimos tempos".
Sem lembrar ou citando pejorativamente o chanceler Ernesto Araujo, que
não tem nada a ver com diplomacia, mudo para o mais inacreditável de
todos, o ministro da Educação. Que não podia ser nomeado, nem
brasileiro.
A cada aparição um disparate. Agora fez nas ruas, publicamente, um
vestibular de subserviência. O Brasil todo ficou envergonhado com a
sua determinação de normas estapafúrdias sobre educação e gravações,
terminando o memorandun, com a citação do slogan da campanha de
Bolsonaro: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".
Os protestos foram de tal ordem, que mudou quase tudo, retirou
inclusive o slogan subserviente.
Devia ter sido demitido, mas o presidente estava absorvido com a
obrigação e convicção de exaltar torturadores e ditadores. Como
deputado,ocupou o microfone, para dizer que seu grande ídolo era o
coronel Ulstra. Torturador selvagem e cruel, que teve que ser
afastado, foi nomeado Adido Militar no Uruguai. Ontem, Bolsonaro
tinha uma preocupação maior. Exaltar o ditador do Paraguai Alfredo
Stroessner, que dominou o país por 35 anos, de 1954 a 1989. Derrubado,
conseguiu exílio no Brasil ,onde ficou até morrer.
De passagem, elogiou os generais torturadores de 1964 a 1985, que
chamou de "nosso governo". Desinformado e acumpliciado, elogiou
Castelo Branco, segundo ele, "eleito pelo Congresso". O fato
verdadeiro: Castelo Branco não fechou o Congresso, queria ser
"reeleito". O que aconteceu, foi PRORROGADO até março de 1967.
PS- Seria exagero, querer que Bolsonaro conhecesse e respeitasse a
História, mesmo as do seu tempo.
A NOVA PREVIDENCIA, ENTROU EM RITMO DE TROCA-TROCA
Como deputados, agora, e senadores, depois, manifestam a intenção de
apresentar emendas ao projeto enviado pelo governo, alarme no
Planalto. Então, o insuperável colaboracionista que sempre foi o
deputado Onyx Lorenzoni, entrou em campo, para tentar ganhar votos. E
como Chefe da Casa Civil, alicia e exibe o único trunfo que tem: o
troca-troca, usado pelos mais diversos governos.
Onyx fez as mais sedutoras promessas a deputados.
1- Promessa de liberar nomeações, mesmo nos estados.
2- Emendas parlamentares individuais, terão preferência e prioridade.
3- Garantiu que Bolsonaro manterá contato frequente com líderes partidários.
4- As bancadas "temáticas", (o tom é usado de forma negativa) serão
atendidas nas reivindicações.
5- Bolsonaro conversou ontem com deputados, usando sempre o tom de
humildade, ressaltando a importância do Congresso.
6- Textual do presidente, na conversa, "temos muita gordura para queimar".
7- Deputados gostaram, mas fizeram exigências, algumas com criticas duras.
8- Querem a participação de todo o governo, não pode ficar tudo com Onyx.
9- Reclamação quase unânime: Onyx garante e os ministros não cumprem.
10- Basta ver por esse resumo, rigorosamente verdadeiro, que a Nova
Previdência, "navega por mares nunca navegados".
11- Os navios e os marinheiros parecem os mesmos, apesar das promessas
de total RENOVAÇÃO.
VENEZUELA: PROTESTO NA ONU
Ontem, quando foi chamado para falar o chanceler da Venezuela, 62
representantes deixaram o plenário. Eram de países da Europa, Israel,
Brasil, e mais e mais. Foi protesto simbólico, lógico, mas de enorme
repercussão.
*ESSA COLUNA NÃO CIRCULARÁ NOS DIAS DO
PERÍODO DE CARNAVAL
SEXTA:
1° DE MARÇO RETORNANDO NO DIA 6 DE MARÇO (QUINTA-FEIRA)
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