O PRESIDENTE DO TRF4, TENTA TUMULTUAR
O JULGAMENTO DO LULA
HELIO FERNANDES
Falta uma
semana para o 24 de janeiro, e o desembargador Thompson Flores procura garantir
seu lugar nas primeiras filas do espetáculo. A mudança do seu comportamento foi
inesperada e surpreendente. Meses antes, deu entrevista esclarecedora, revelou
o que não se sabia.
Contou
que o TRF4 tem 7 membros, mas apenas 3 participarão da decisão. Textual,
importantissimo com repercussão no Brasil todo: "O tribunal está com
tantos processos vindos de Curitiba, que o julgamento não acontecerá antes de
junho ou julho de 2018". Isso era julho de 2017, tranquilidade geral
e absoluta.
Quatro
meses depois, o próprio presidente do TRF4 provoca explosão total, anunciando
espetacularmente: "O julgamento do ex-presidente acontecerá em 24 de
janeiro de 2018". Antecipação de 6 meses, o presidente não explicou como a
pauta foi desanuviada.
Nem uma
palavra sobre dezenas de processos que chegaram ha mais tempo, e foram
preteridos no tempo, o processo do Lula passou a ter prioridade irrevogável.
E a
prioridade não foi apenas para o julgamento. Mas também para o debate, a
discussão, a controvérsia. E a suspeita quase certeza: forças ocultas ganharam
espaço e preponderância, passaram a influir poderosamente na redação do roteiro
do julgamento.
E a
supremacia dessas novas forças, representadas com uma importância mais do
que visível, movimentaram obrigatoriamente os partidários do Lula, que estavam
silenciosos.Pois nesse processo e julgamento,não vale apenas o resultado. E com
maior gravidade, o tempo restante para os mais diversos recursos.
Com o
julgamento confirmado para a primeira data (junho-julho de 2018), Lula poderia
recorrer ao próprio TRF4, STJ,STF. Lançado candidato na abertura do processo
eleitoral-presidencial, disputaria a eleição, dependeria dele e dos seus
partidários, a vitoria nas urnas. Ou a derrota, irreversível e sem contestação.
Mas o
presidente do TRF4, não ficou tranquilo e satisfeito com esse quadro. E
continuou assustado, mesmo que os "juristas do efêmero", garantissem
e continuem garantindo: "Mesmo que o ex-presidente seja vencedor, não
tomará posse".
Diante da
imprecisão dos fatos, e da indecisão das conclusões, Thompson Flores resolveu
agir direta e drasticamente. Pediu audiência á presidente Carmen Lucia, que
distraída e generosa, concedeu.
Grande
decepção para o desembargador, ela apenas aconselhou-o a ter calma. Mesmo ele
tentando "dramatizar" o relatório, com supostas ameaças de morte a
juízes. Ameaças que ninguém confirma.
Estando
em Brasília e procurando recuperar o fracasso com a presidente do STF, foi ao Planalto
e á PGR. Inacreditável. O presidente de um tribunal autônomo e independente,
abre mão de tudo, mostra que não tem convicção. E se entrega dolosamente e
dolorosamente á pressão que ele mesmo denuncia, mas sem provas.
PS- As
autoridades civis e militares de Porto Alegre, garantem: "Até agora ninguém
pediu segurança, ou denunciou ameaças de mortes".
PS2- Aparentemente
são apenas informes, do conhecimento único do presidente do TRF4.
PS3- Será
uma semana agitada, de hoje até o dia 24.
PS4- E
haja o que houver, o dia 24 será prorrogado indefinivelmente. Até o dia 7
de outubro, e mais e mais.
INTIMADO A RESPONDER À PF, TEMER CONVOCOU O SEGOVIA
Corrupto,
estouvado, sem caráter, escrúpulos ou constrangimento, teve que responder a
perguntas, redigidas e enviadas pela PGR. Nem precisava ir pessoalmente,
bastava preencher e devolver. Mas ficou com medo.
Convocou
então o Chefe de Policia ao Planalto. Como é do seu gosto, habito e
estilo, "fora da agenda". Só foi registrar o encontro ás 6 horas,
duas horas depois dele ter ido embora. Segovia entrou e saiu sem saber a razão
de ter sido chamado
E o repórter
não descobriu o mínimo do que conversaram, devem ter ficado em silencio o
tempo inteiro. E o que é que o Moreira Franco vai escrever para responder as 32
perguntas?
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