O BRASIL FOI SAQUEADO, EXPROPIADO DE SÍ MESMO E OS CRIMINOSOS
SÃO CANDIDATOS AS ELEIÇÕES NESTE ANO. O STF FEZ PARTE DO GOLPE QUE DERRUBOU
JANGO E ENTREGOU O PÁIS PARA OS MILITARES.
A DIGITAL DESSES SENHORES INDIGNOS, SOB A CHANCELA DO JUDICIÁRIO É UM
ALERTA AOS QUE AINDA ACEITAM ARGUMENTOS MENTIROSOS E ESCUSAS SEM CONTEXTO.
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Os sucessivos eventos de corrupção na cúpula da política
brasileira, e as últimas decisões da mais alta corte do país - o STF remeteram
a nação para o abismo da impunidade, incerteza e destruíram a princípio a
esperança da população de que o Brasil tem jeito.
É visível até mesmo para o mais leigo cidadão, de que neste
ano de eleições para presidente da República, Senadores, Governadores,
Deputados na Câmara e Assembleia, pouco será mudado. O Brasil foi saqueado,
expropriado de si mesmo e os criminosos são candidatos as eleições deste ano.
Tem fundamento a afirmação, eis que os personagens que se
destacam nessa fase pré eleitoral são os mesmos que estão envolvidos nessa
trama criminosa pilotada pela classe política e a cumplicidade dos grupos
econômicos que corrompem e banalizam a estrutura de não comprometida com o
respeito à cidadania e ao patrimônio público.
Chamam de pacto pra governar, o que na realidade é um acordo
entre poderes, tendo como fiador o judiciário brasileiro, com novos
personagens, mas com a mesma cumplicidade criminosa quando apoiaram o golpe
militar de 64, referendando a posse ilegal e inconstitucional de Rainiere
Mazzilli.
A história contém registro dos fatos, e “contra fatos não há
argumento”. Da mesma forma que hoje o Supremo respalda a corrupção, concedendo
liminares e retardando decisões em processos que envolvem as mais altas figuras
da República. É tudo uma grande, enorme e estarrecedora mentira. O Brasil não
merece essa gente lacaia e bandida.
Lembrando
que após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do
vice-presidente João Goulart ao posto presidencial.
Arquitetado o golpe, autoridades militares ofereceram uma carta ao Congresso Nacional reivindicando a extensão do mandato de Ranieiri Mazzilli, presidente da Câmara que assumiu o poder enquanto Jango estava em viagem à China. Esses militares se manifestavam a favor da realização de novas eleições para que a possibilidade de ascensão de Jango fosse completamente vetada. No cenário do golpe o STF vil e fascista, tal qual opera hoje.
Nesse contexto surgiu a “Campanha da Legalidade”, que habilmente utilizavam os meios de comunicação para obter apoio à posse de João Goulart, tendo como segundo protagonista na defesa do estado de direito o trabalhista Leonel Brizola.
Para encontrar uma saída em meio à tempestade o Congresso Nacional aprovou a mudança do regime político nacional para o parlamentarismo e conseqüentemente, diminuir os poderes dados para Jango. Em 7 de setembro de 1961, João Goulart assumiu a vaga deixada por Jânio Quadros.
Em 1963, na esteira do plebiscito a população brasileira apoiou o retorno do sistema presidencialista, o que acabou dando maiores poderes para João Goulart. Veio então o plano de reformas de base. Em março de 1964, o presidente organizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), no qual defendeu a urgência dessas reformas políticas. Nesse evento, se destacou o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
Em 31 de março daquele ano, os militares iniciam a tomada do poder e a deposição de Jango. No dia 2 de abril, o presidente João Goulart partiu de Brasília para Porto Alegre e Ranieri Mazilli (PSD) assumiu a presidência interinamente.
Neste momento coube ao STF o papel de subordinado e
antinacionalista, referendando o Golpe. Veio a intervenção da ditadura sobre o Supremo Tribunal Federal
(STF), três ministros são aposentados com base no Ato Institucional n° 5.
Em 1964, o governo, por meio do AI-2,
havia ampliado de 11 para 16 o número de ministros do STF, indicando cinco novos
membros para garantir sua maioria.
Em fevereiro de 1969, após as
cassações, Costa e Silva edita o AI-6, retornando ao formato de 11 ocupantes,
dos quais dez tinham sido indicados depois do golpe de 64. O 11°, Luiz Otávio
Galloti, era leal aos militares e obviamente tornou-se presidente do STF.
A página da vergonha da política nacional
estava escrita com a digital dos militares, Congresso, e judiciário. Todos
cúmplices do mesmo crime.
A cumplicidade e daquela época, e reflete ipisis
literis o quadro que assistimos nos dias de hoje.
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