O SUPOSTO SEMIPRESIDENCIALISMO, PARA IMPLANTAR O IMPOPULAR
SEMIPARLAMENTARISMO
HELIO FERNANDES
Esse
Congresso não tem respeitabilidade ou responsabilidade, para manter ou modificar
o regime ou o sistema político eleitoral. Alem do mais, o que tentam reinventar
com um rotulo ou uma identificação nova, existe igualzinho na França, desde
1960, rotina e insucesso.
Até essa
data, o Primeiro Ministro era eleito diretamente. O presidente indireto,
personalidade respeitada, no limiar dos 80 anos, com atividades quase ocultas
ou não conhecidas. Sua única participação, pedir a algum líder que formasse o
novo governo, em caso de voto de desconfiança. Aqui, no projeto, isso foi
eliminado.
Em 1960,
na maior de suas crises, com vários Primeiros Ministros que duravam meses,
todos os partidos, reunidos e preocupados, foram ao refugio de De Gaulle, em
Colombey le des Eglises, humildemente pedir a ele, "que salvasse a
França".
Aceitou,
mas naturalmente com exigências que agora, 57 anos depois, tentam copiar no
Brasil como saída para uma crise parecida com a da França naquela época. De
Gaulle inverteu as posições, o presidente, ele mesmo, passou a ser eleito
diretamente.
O
Primeiro Ministro, que eleito diretamente, passou a ser nomeado pelo presidente
da Republica, exercia funções burocráticas, e demitido a qualquer momento. A única
novidade: os ministros, indicados pelo presidente, precisavam ser aprovados
pelo Parlamento. (Aqui nem isso).
Assim,
foi criada a Quinta Republica. Para os que pretendem repetir a experiência: De
Gaulle foi reeleito em 1967, teve que renunciar 2 anos depois, em 1969. Desapareceu,
foi substituído por um presidente não eleito, que ficou até 1974.
A crise
brasileira é ao mesmo tempo de homens, de dignidade, credibilidade, não
propriamente da escolha entre Presidencialismo e Parlamentarismo. Este já foi
massacrado pelo povo, em dois referendos: 1963 e 1993. Repudiado como
Parlamentarismo inteiro, imaginem como meio ou semi parlamentarismo.
Essa
modificação foi proposta pelo presidente corrupto que não foi eleito nem pelo
Presidencialismo nem pelo Parlamentarismo. Recebida com entusiasmo pelos que
substituíram a política pela politicalha. Sempre consideraram que o pretenso regime
de negociação (leiam: negociata), facilitará o domínio do poder e o
enriquecimento ilícito pessoal. Mais do que nos últimos tempos?
PS- Não
ha nenhuma possibilidade de dividir o governo em duas partes, ambas suspeitas.
PS2-
Importantíssimo: reforçar o Presidencialismo, "limpar" de todas as
maneiras os presumíveis candidatos, facilitando a escolha do eleitor, o único
que pode consolidar o regime.
PS3-
Fortalecer o presidente, com mandato fixo de 5 anos. E sem reeleição, pai e mãe
de tudo que está acontecendo.
PS4-
Precisamos de esclarecimento para que aconteça, não reeleição de presidente,
deputados e senadores, e sim renovação.
RUMP INCENDEIA O ORIENTE MÉDIO
Insensato
e irresponsável, o presidente dos EUA anuncia: "A Palestina é a capital de
Israel". “Publicada na terça, transformou em realidade logo na quarta”. Assombrou
o mundo,não houve um único apoio, protestos de todos os países.
Como já
estava tudo preparado e premeditado, a embaixada americana mudou imediatamente
para a nova capital. Ha muito tempo, não se ouvia tantos protestos contra uma
posição. Lideres de países importantes como Alemanha, Grã-Bretanha, França, e
toda a comunidade internacional não ficaram silenciosos, condenaram o
presidente americano.
O Papa
fez apelo desesperado, para que a capital de Israel fique onde está. Não será
ouvido, atendido e respeitado.
O Hamas
mostrou o terrorismo que será implantado no Oriente Medo: Trump abriu as portas
do inferno para ele e para os EUA.
Muitos
lembraram que durante a campanha presidencial, Trump afirmou com segurança, que
tinha muita esperança de estabelecer a paz entre os dois países. Agora declara
a guerra, se isola do mundo, só tem um interlocutor: o negrejado Netanyahu.
Este vive politicamente da guerra, contrariando o próprio povo judeu.
Lideres
judeus importantes e respeitados, têm uma obrigação da qual não podem fugir: atuar
e participar para que esse ato de terrorismo não seja concretizado. Judeus
conquistaram o respeito e a admiração do mundo, á custa da perda de milhões e
milhões de vidas, no horrendo, horripilante e horroroso massacre do HOLOCAUSTO.
PS-
Dezenas de lideres dos mais diversos países pedem á ONU que se reúna e
discuta essa absurda decisão do presidente dos EUA.
PS2- A
ONU já está tomando providencias para se reunir e votar contra o absurdo
perpretado e praticado por Trump. Mas mesmo que obtenha unanimidade contra
Trump, nenhum efeito pratico e positivo.
PS3 - Se
isso acontecer, a embaixadora dos EUA recorrerá ao Conselho. E com apenas um
voto, vetará a unanimidade do plenário.
PS4- È
preciso reformar com urgência o Conselho, trocando a decisão única pela votação
entre seus membros. E ampliar esse Conselho.
LUIZ FUX, PRESIDENTE DO TSE
Foi
escolhido ontem no fim da tarde, o que é uma satisfação. Comandará todo o
processo eleitoral de 2018. Mas só tomará posse em março.
O que
significa que Gilmar Mendes ainda ficará 3 meses presidindo o mais alto
tribunal eleitoral, o TSE, que ele aviltou.
MAIS UMA DECEPÇÂO DO STF
Depois da
própria Alerj, ter confessado publicamente, que não podia ter libertado os
deputados Picciani, Paul Mello e Albertassi, o STF colocou o assunto na pauta.
De quarta feira, anteontem. O relator Fachin, confirmou que Assembléias
estaduais, não têm esse poder.
Marco Aurélio
Mello considerou que podem, votou contra o relator. E ainda glorificou Arnaldo
Cesar Coelho, citando sua frase famosa: "A regra é clara". Acabou
a sessão em 1 a 1, adiamento para ontem, quinta.
Luiz Fux,
Rosa Weber, Tufou (surpresa) levaram o veto ás Assembléias para 4. O
novato Moraes, a favor das Assembléias, 4 a 2. O indefectível e indefensável
Gilmar Mendes, se exibiu por mais de uma hora, mas o voto era o conhecido, a
favor das Assembléia, 4 a 3.
Faltava
apenas o voto de 2 Ministros, Celso de Mello e Carmen Lucia. Luiz Roberto
Barroso está viajando, e Lewandowski em licença medica, embora tenha
voltado e votado na Turma. Com 9 queriam interromper a votação. Mas o Regimento
Interno garante a votação até com 8 ministros. Com menos não pode haver
julgamento.
(Em 1963,
único jornalista a ser julgado de corpo presente no STF, por ter
publicado uma circular sigilosa e confidencial do general Ministro
da Guerra, eram 8, ganhei de 5 a 4. O presidente do STF, o bravo Ribeiro da
Costa, desempatou a meu favor, declarando:" O jornalista nem devia ter
sido preso e estar sendo julgado, cumpriu corajosamente o seu dever").
Depois de
malabarismo jurídico intelectual, em 54 minutos. Celso o de Mello fez várias
reviravoltas. E acabou votando a favor dodireito das Assembleias,
empatando o resultado em 4 a 4.
Ultima a
votar, Carmen Lucia levou o placar para 5 a 4, mas declarou que é
RESULTADO PROVISORIO. Vão esperar 2 Ministros, não se sabe até quando.
OS -
5 a 4 é resultado definitivo, menos para esse STF, Gilmar não podia ser
derrotado.
PS1 - De
qualquer maneira, a negativa para as Assembléias, precisa apenas de 1 voto.
Confio no ministro Barroso
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