ANÁLISE & POLÍTICA
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Pesquisa revela que Temer atinge 71% de rejeição
Pesquisa
divulgada pelo instituto Datafolha no domingo (3) mostrou que o presidente
Michel Temer tem seu governo avaliado como ruim ou péssimo por 71% da população,
enquanto apenas 5% considera a gestão ótima ou boa. Outros 23% dos brasileiros
avaliaram como regular e 1% não soube responder. O instituto fez 2.765
entrevistas em 192 cidades durante os dias 29 e 30 de novembro. A margem de
erro do levantamento é de dois pontos percentuais, seja para cima ou para
baixo.
Setembro
Na
pesquisa divulgada no mês de setembro, o instituto havia apontado uma rejeição de
69% dos brasileiros, ou seja, os que avaliaram o governo como ruim ou péssimo.
Na época, 20% consideravam o presidente como regular, enquanto os mesmos 5% o
avaliaram como bom ou ótimo e 2% não conseguiram responder.
Agosto
Em agosto,
a pesquisa também havia indicado que 69% de brasileiros consideravam o governo
atual como ruim ou péssimo, mas 23% avaliavam como regular, enquanto outros 7%
acreditavam que a gestão era boa ou ótima. Na época, os mesmos 2% não souberam
como responder.
Reforma da Previdência
No evento
que fez a entrega da casas no programa Minha Casa Minha Vida na cidade de
Limeira interior de São Paulo, o Michel Temer afirmou que o governo vai
verificar se tem o apoio necessário para a aprovação da reforma "até
quinta ou sexta-feira" (7 e 8 de dezembro). "Vamos fazer o
possível e o impossível para poder aprovar. Teremos reunião com o presidente da
Câmara e do Senado, que estão entusiasmados. Entusiasmados em nome do
Brasil", afirmou o presidente.
Aprovação do texto depende de 308 votos
A reforma
da Previdência se trata de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Por
este motivo, é necessário que o projeto seja aprovado em duas votações
distintas, que acontecem na Câmara e no Senado. Na primeira fase, é necessário
conquistar ao menos 308 dos 513 deputados para que o texto siga adiante.
Maia pessimista
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) demonstrou pessimismo com a
aprovação. Recentemente, Maia afirmou que "falta muito voto" para que
a proposta obtenha autorização para seguir ao Senado. Ele disse ainda que só
pretende pautar o projeto no plenário quando puder assegurar que o governo tem
o apoio necessário para que a reforma seja aprovada. Caso isso não aconteça, é
possível que a votação fique para o próximo ano.
O PSDB...
Sobre a permanência do PSDB na
base aliada do governo, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin no encontro
de tiveram no sábado (2) disse a Michel Temer que o presidente pode contar com
o partido. As afirmações foram feitas durante a entrega de moradias na cidade
de Limeira, interior de São Paulo.
Numa
aliança MPDB e PSDB o candidato seria Alckmin
O principal motivo pelo
qual o presidente tem interesse na permanência do PSDB em sua base aliada
é a aprovação da reforma da Previdência. Além disso, uma possível aliança entre
PSDB e PMDB na eleição presidencial do próximo ano também não está descartada.
Neste caso, Alckmin seria o candidato escolhido. Em convenção nacional que
acontece no próximo dia 9, o governador de São Paulo deve ser anunciado como o
novo comandante de seu partido.
Padilha...
Uma declaração do ministro da
Casa Civil, Eliseu Padilha, na última quarta-feira (29), foi de encontro
ao que disse Geraldo Alckmin neste sábado. Padilha havia afirmado que o PSDB já
não estaria mais na base do governo. Ele disse ainda que Alckmin teria apoio do
PMDB nas eleições apenas se defendesse o governo Temer.
Nunes...
Já o ministro das Relações
Exteriores, Aloysio Nunes, que também é do PSDB, manteve a linha defendida por
Alckmin durante a entrega das casas em Limeira. Nunes, na última quinta-feira
(30), havia afirmado que o partido não tinha rompido com o governo atual. "O PSDB não rompeu com o governo. O partido apóia o
programa do governo", garantiu o chefe do Itamaraty ao ser questionado por
jornalistas sobre o posicionamento da legenda.
Aloysio Nunes disse
ainda que "cabe ao presidente" decidir sobre a manutenção de nomes do
PSDB em sua equipe ministerial. Atualmente, além de Nunes, outros
dois peessedebistas chefiam ministérios no governo: Antônio Imbassahy
(Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).
Jereissati...
O chefe do Itamaraty é um dos tucanos mais fiéis a Temer,
tendo integrado a comitiva do presidente em viagens para fora do Brasil e
se revoltando contra integrantes de seu próprio partido para defender o governo.
Assim foi em agosto, quando o então presidente interino do PSDB, senador Tasso
Jereissati (CE), divulgou propaganda partidária com críticas a Temer.
Aécio e Temer
Um dos principais fiadores da ascensão de Temer à Presidência da
República mediante ao impeachment de Dilma Rousseff, o PSDB passou a conviver
com a possibilidade de romper a aliança com Planalto a partir de maio
deste ano. Naquele mês, tanto Michel Temer quanto o então presidente nacional
peessedebista, senador Aécio Neves (MG), viram-se cobertos de
suspeitas devido à divulgação das delações de executivos da
JBS.
Aécio se afastou da liderança tucana e abriu espaço para o senador Tasso
Jereissati (CE) assumir o posto interinamente. Tasso passou a usar o cargo de
destaque para defender o rompimento do PSDB com o governo, chegando a veicular
na televisão uma propaganda do partido recheada de críticas a Temer. O material
não passou pelo crivo de outros integrantes da cúpula tucana.
Ex- Globo e Del Nero envolvidos em
pagamentos ilícitos
O ex-funcionário da empresa argentina Torneos y Competências (TyC) José
Eladio Rodríguez, testemunha de acusação no julgamento do ex-presidente da CBF
José Maria Marin, apresentou na quinta-feira (30) no Tribunal Federal do
Brooklin, em Nova York, planilhas que registram pagamento de US$ 1 milhão ao
ex-executivo da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto. O atual presidente da CBF,
Marco Polo Del Nero, também aparece como destinatário de pagamentos ilícitos.
O Grupo Globo
Marcelo Campos Pinto negociou a compra de direitos de transmissão para o
Grupo Globo até o final de 2015, quando deixou a empresa. De acordo com
documentos apresentados por José Eládio Rodríguez, ele seria o "MCP"
que consta na planilha de pagamentos ilegais da empresa argentina -
inicialmente havia dito que a sigla era referente a Marco Polo Del Nero; depois
corrigiu. Os pagamentos teriam sido feitos em 2013. Mas o ex-funcionário da
TyC, encarregado de fazer as remessas da empresa, disse ao júri que não
conhecia Marcelo Campos Pinto.
Nas planilhas também apareceu referência a "MP", que seria
Marco Polo Del Nero. Ao depor no dia anterior, na quarta-feira, José Eladio
Rodríguez afirmou ter pago US$ 4,8 milhões em propinas para Del Nero e José
Maria Marin. Nesta quinta, a defesa do ex-presidente da CBF, que cumpre prisão
domiciliar em Nova York, voltou a dizer ao júri que era Del Nero, e não Marin,
que recebia propinas.
Diego Costa e Pepe na lista dos mais
odiados do futebol
A revista
inglesa Four Four Two selecionou as
50 personalidades mais odiadas do mundo do futebol. De diferentes partes
do planeta, os nomes da relação aparecem por terem acumulado antipatia
pelo público geral, torcedores e adversários. Na lista, aparecem ainda dois
brasileiros
Embora se
trate de jogadores que não defendam a seleção nacional, ambos nasceram no
Brasil. O luso-brasileiro Pepe aparece na 46ª posição e o naturalizado espanhol
Diego Costa é o 18º mais odiado do futebol futebol mundial. Confira o que a publicação britânica falou sobre
os dois atletas, que defendem o Besiktas e o Atlético de Madri,
respectivamente.
Top 5
A lista é
liderada pelo ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter. Seguido do ex-cartola da Federação
Internacional de Futebol, aparece o treinador português José Mourinho. A
terceira colocação fica por conta do ex-goleiro alemão Harald Schumacher. O
ex-jogador e ex-presidente da Uefa, Michel Platini, aparece em quarto lugar e a
quinta personalidade mais odiada do esporte é o apresentador inglês Richard
Keys.
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