Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 4 de maio de 2017

GREVE CHAPA BRANCA DO SERVIDOR PÚBLICO E DA ESFACELADA CUT.  GREVE NA VÉSPERA DO FERIADÃO? ESSA GENTE AINDA ACHA QUE O BRASILEIRO É CEGO! O SINDICALISMO SEPULTOU O ÚLTIMO RESQUÍCIO DE CREDIBILIDADE QUE O CIDADÃO AINDA NUTRIA PELO SEGMENTO
ROBERTO MONTEIRO PINHO
O conceito de GREVE não é genérico. Esta na Carta Magna. Karl Marx defendeu a paralisação de atividades para provocar a negociação entre empregados e empregadores. Ele ia mais a frente defendendo a tomada do poder, se necessário pela força, assim muitos operários tomaram fábricas e paralisaram serviços públicos e conquistaram direitos.
Para ele, a remuneração dos trabalhadores sempre foi questionada por Marx, que afirmou que o sistema capitalista representa a exploração do trabalhador por parte do detentor dos meios de produção.
Para ele, o valor do trabalho realizado pelo proletário não era pago integralmente. O que é recebido é apenas um percentual do resultado final do trabalho, que seria a mercadoria, e essa parte não paga se transforma no lucro do capitalista. Essa teoria recebeu o nome de “mais-valia”.
A primeira paralisação registrada na história foi no Egito. Operários que trabalhavam nas construções de templos e tumbas pararam seus serviços reivindicando remunerações atrasadas.
Nessa época (cerca de 1180 a. C.) não havia moeda; os trabalhadores eram pagos com ferramentas, alimento e outro utensílios. Os operários acabaram com sua manifestação após a promessa de receber sua remuneração; o que não ocorrera tão cedo. Somente após mais manifestações como esta, o Soberano pagou o que era devido a cada um.
No regime socialista na Espanha tivemos várias paralisações, a principal os ferroviários foram sublimes e competentes, a Espanha de Felipe Gonzalez parou e a solução aconteceu. Na linha da restauração do estado democrático, Gonzalez foi terceiro presidente do Governo. Ficou no poder de 1982 a 1996.
Estive na Internacional Socialista em Lisboa e Madrid em 1979, na época ele era secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). No poder, criticou a greve espanhola, com isso perdeu prestigio e afundo o PSOE.
O mecânico de carros Lech Walesa nos anos 70 colocou o sindicalismo polonês no ápice do poder. Ele foi voz operária para o mundo. Walesa organizava reuniões defendendo o livre comércio, os direitos dos trabalhadores e a democracia.
Em 6 de dezembro de 1990, ele passou de presidente do Solidariedade a presidente da Polônia. Era por excelência um sindicalista, mas não um administrador. Na presidência da Polônia, não repetiu o brilho de sua jornada. A greve precisa ser forte, convicta e tem que ter objetivo.
Não podemos misturar uma greve que é a parte mais sublime da relação capital e mais valia, para discutir e manifestar questões de popularidade deste ou aquele político seja ele o posto que ocupe. Essa greve é contra a violação das garantias constitucionais do trabalho. A aposentadoria, o salário e direitos trabalhistas.
Salvo engano, não aceito misturar essas greve que têm sabor nacionalista e de revolta popular, com movimentos de servidores públicos que reivindicam questões bem acima dos níveis do trabalhador comum.
O assalariado comum não tem estabilidade do emprego e sequer 10% das vantagens desses servidores. Infiltrados neste movimento, eles atrapalham, desvirtuam, quem duvidar disse vá aos comícios e ouça o discurso deles.
O salário mínimo hoje é de 937,00, um servidor federal não ganha menos de R$ 6 mil mês. O que faz esse cidadão infiltrado no meio da classe operária?
Estaremos juntos nas greves. Não creio que isso baste, mas ficam aqui minhas breves e singelas considerações. Convoco desde já as mulheres do Brasil para que venham as ruas, e também gritem pelos seus direitos, os mais aviltados no mercado de trabalho.
Essa greve “chapa branca” de servidores e a esfacelada CUT, em véspera de feriadão, sinalizou,  e comprometeu não apenas o movimento, mas o último resquício de credibilidade que os brasileiros ainda depositava nos sindicalismo.
Discriminação salarial, assédio, total e despudorada rejeição ao fato de que uma mãe tenha o direito de amamentar seu filho, e não perca seu emprego por isso. A LUTA IRMÃO. O BRASIL NÃO É DA REPÚBLICA DE BRASÍLIA. ELE PERTENCE AO TRABALHADOR BRASILEIRO.


Um comentário:

  1. Voce esta terrivelmente equivocado quando afirma que servidores de quaisquer esferas, inclusive federais, são dissociáveis da classe trabalhadora subalterna, explorada e desprovida de direitos, senão meniante luta diaria.

    Afirmação estapafúrdica e sem lastro na realidade de que "nenhum servidor federal recebe menos de seis salarios". Os dados salariais dos trabalhadores concursados que servem à nação são püblicos e sua remuneração média está muito abaixo desse patamar, constituindo diminuta minoria próxima ao poder e com maior potencial de barganha os que recehem tal nivel salarial

    Nao ha razao para discriminar categoria tao relevante de trabalhadores como os servidores, tentando, artificial, mentitosa e estupidamente, afasta-los da sua condição real de trabalhadores vulneraveis, subalternos e sujeitos a toda ordem de exploração e usurpação de direitos

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