Rodrigo Maia corre perigo. O
supremo perigo pra a Lava Jato
HELIO
FERNANDES
Com as
modificações provocadas pela conspiração parlamentar, muitas mudanças.
Principalmente na hierarquia do Poder. O Presidente da Câmara concentra muitos
poderes, tenho ressaltado o fato. Agora então esses Poderes aumentaram muito.
Deputados
sem nenhuma repercussão, eleitos presidentes da Câmara, acumulam também a vice
presidência da republica. Eventual, circunstancial, temporária, mas efetiva e
nada simbólica. Por causa disso, a grande disputa pela eleição do dia 2 de
fevereiro.
Faltam
menos de 10 dias para a eleição, a efervescência aumenta. Aumenta a pressão
sobre Rodrigo Maia, pelo fato de querer continuar no cargo, o que seria
reeleição, não permitida pela Constituição.
È tal o
interesse, que até um juiz de primeira instancia interferiu no assunto, sem
nenhuma competência para isso. Até "atravessando" o poder da Suprema
Corte. A presidente Carmen Lucia, tomou conhecimento de um recurso, intimou
Rodrigo Maia a se explicar. E colocou o assunto na pauta de julgamento, para a
quarta feira dia 1 de fevereiro.
Mais
interessante: a eleição é no dia 2. Derrotado na véspera, Maia pode ser
candidato no dia seguinte? Dizem-me que sim. Mas se for vencedor, caberá
recurso para o próprio tribunal que o derrotou. Esse juiz de primeira instancia
tem que ser punido.
TENTANDO ATINGIR OBAMA, TRUMP FAVORECE NETANYAHU
Não se
trata de unir ou desunir Israel e a Palestina, e sim construir a paz da única
forma possível e ratificada pelo mundo inteiro: a existência dos dois Estados,
como deveria ter acontecido em 1948. Quando criaram Israel e abandonaram a
Palestina.
Os dois
povos querem a paz definitiva, anseiam por uma vida normal. Mas a questão se
transformou num ambicioso jogo político, e enquanto Netanyahu for Primeiro
Ministro, haverá cada vez mais retaliação, em vez de reconciliação. O Primeiro
Ministro era subserviente aos EUA, com Obama. Continua servo e submisso a
Trump, apesar da diferença entre o ex- e o atual presidente.
Netanyahu
eTrump não estão "inventando" nada. O novo presidente americano mostrou
na sua odiosa e desprezível campanha, que apoiaria o Primeiro Ministro e sua
decisão de fazer mais assentamentos na Cisjordânia, oprimindo os palestinos,
Para isso mudaria a embaixada, que passaria a ser localizada em Jerusalém.
Trump já
cumpriu o primeiro item de sua desavergonhada agenda. O Primeiro Ministro, com
medo de hostilizar Obama, suspendeu os assentamentos, enquanto Obama ainda
estava na Casa Branca. Assim que ele saiu, no mesmo dia retomou as construções,
afirmou: "Vou construir mais 600".
Isso não
interessa e até merece o repudio do povo de Israel e logicamente da Palestina.
68 anos em guerra, desde 1948, separando dois povos irmãos, com as mesmas
origens. Sempre que podem, israelenses encontram com amigos na Palestina. A
mesma coisa fazem os palestinos. Os dois povos são condenados ao isolamento,
sem que o mundo tome uma providencia.
Semana
passada, importante encontro em Paris, com grandes personalidades. Agenda: a
paz no Oriente Médio, com a ratificação do Estado da Palestina. Com a reunião
tratando da questão, Netanyahu, deu entrevista em Tel Aviv, afirmando: "Esse
encontro é INUTIL". Até agora, tem tido razão
JUROS E DESEMPREGO
Agora, a
cada dia, surgem os especialistas no "mercado", cada vez mais
otimistas com a queda de juros. A partir de janeiro de 2015, defendo de forma
intransigente, a Selic em 10 por cento. Hoje, são inúmeros os que afirmam:
"A Selic fechará 2017 em apenas um digito". Ou seja, abaixo desses 10
por cento, 3 anos depois da minha analise.
Ontem,
dois bancos, um brasileiro e outro estrangeiro, decidiram revelar o numero
exato: 9,50, no fim de 2017. Como está em 13 por cento, é necessário que o
Banco Central faça 7 reduções de 0,50, para que chegue a 9,50. Existe espaço
para isso, como existia antes. Falta coragem e espírito público.
Duas importantes
agencias do exterior, fizeram ontem previsões sobre o desemprego. No momento,
12 milhões e 300 mil brasileiros, estão sem emprego. Previsão dessas agencias: no
segundo semestre deste 2017, "o Brasil terá 13 milhões e 400 mil
desempregados". Portanto, em apenas 5 meses, o fechamento de 1 milhão e
100 mil vagas. O país não suporta.
GILMAR MENDES QUER SER O RELATOR
Quem
acompanha este repórter, sabe que o mais alto tribunal do país, está
completamente dividido. Não apenas em ideias e convicções, mas proporcionando
debates ou como se chama popularmente, "bate-boca", lamentável. Quase
num "desforço" físico, nada jurídico.
No
momento, duas disputas acirradissimas. A primeira: indicação para a condição de
relator da Lava-Jato, ocupado desde o inicio pelo Ministro Teori Zavascki. Alem
do fato inesperado e inimaginável, a perda de uma figura notável e extraordinária.
A
segunda: escolha de quem completará o plenário do mais alto tribunal do país.
Normalmente é dos cargos mais cobiçados. Agora então, ganhou uma relevância
fora do comum. Esse Ministro pode julgar o próprio presidente que vai indica - lo.
E precisará ser ratificado no mínimo por 14 senadores, que estão gravemente
envolvidos na Lava-Jato. E trabalham para que seja destruída, e eles se salvem.
No Supremo,
pela vaga de relator, a confusão é geral. No velório de Zavascki, Gilmar falou
para Carmen Lucia: "Se você precisar, estou á disposição para ser o
relator". Ela não respondeu, viu que Temer ia entrando lá no fundo, saiu
pelo outro lado. Só voltou quando o presidente indireto foi embora. Esse é o
clima, dentro e fora do Supremo.
TEMER ASSUSTADO, APESAR DE DIZER O CONTRARIO
Assim que
houve a tragédia que levou um dos maiores magistrados brasileiros, o presidente
indireto passou a dizer e a repetir: "Só anunciarei o novo Ministro assim
que o relator da Lava Jato for escolhido". Não existe nenhuma relação
entre um fato e outro. Mas nos bastidores, é conhecida a explicação. Temer
sofre pressão de senadores e até de deputados, para escolher um novo Ministro,
que seja de "total e extrema confiança".
Temer não
sabe o que fazer. Logo que senadores indicaram o "nome ideal" de
Alexandre Moraes, o presidente ficou entusiasmado. Sem duvida era isso mesmo, o
"nome ideal" para ele, senadores e demais envolvidos com a Lava Jato.
Mas o próprio Temer descartou a ideia: como justificaria essa indicação perante
a opinião publica? Está inquieto, intranqüilo, impaciente.
SURGE UM
"MINISTRO", AMIGO E APOIADO POR RENAN
Estava
demorando a entrada em cena do ex-presidente do Senado. Mas ontem, por volta
das 15 horas, começaram a falar num nome desconhecido nos meios jurídicos:
Bruno Dantas. Funcionário do Senado, intimissimo de Renan, foi
surpreendentemente nomeado Ministro do Tribunal de Contas da União. Não se
passaram nem 3 anos.
Renan
fechou a questão, "tem que ser ele", derrotando 2 senadores em fim de
mandato. Só que agora, Renan não conseguirá convencer nem o presidente
indireto. Mas está entrando no jogo. Mesmo que Bruno Dantas não vá para o
Supremo, (não irá) Renan está cacifado.
PS-
Quaisquer que sejam as circunstancias, o novo relator da Lava Jato será
indicado ainda esta semana, talvez até mesmo hoje, depois das conversas que foram
iniciadas ontem.
PS2- Os
interesses são colossais. A comunidade ficaria atendida e recompensada, se o novo
relator fosse um destes três Ministros. A presidente Carmen Lucia, o
decano Celso de Mello, o Ministro mais novo, Fachin. Apesar do que dizem,
soluções rigorosamente dentro da Constituição.
pensada, se
o novo relator
Nenhum comentário:
Postar um comentário