Titular: Helio Fernandes

sexta-feira, 30 de agosto de 2019


O STF NUMA DECISÃO POLÊMICA E CONTROVERSA

HELIO FERNANDES

Depois de absolver o juiz Sérgio Moro da acusação de parcialidade, a Segunda Turma anula uma das suas condenações mais bem fundamentadas. A que atingiu o ex-presidente do Banco do Brasil e ex-presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.

Foi a primeira anulação de uma sentença da Lava Jato, baseada numa questão técnica que não anula a acusação. O acusado foi beneficiado três vezes e abre caminho para revisão de um numero enorme  de condenações.

Bendine saiu da prisão, a condenação volta para a primeira instancia. Foi suspenso um julgamento que confirmaria a condenação de Bendine. Passaria a regime semi aberto. Nunca um réu já condenado foi tão beneficiado.

Gilmar e Lewandowski confirmaram a tendência de libertar presos ou condenados pela Lava Jato. O terceiro era Toffoli. Com a ida dele para a presidência do tribunal, (sem  eleição) os que adoram "adivinhar", disseram que com a ida de Carmen Lucia para a Segunda Turma, o 3 a 2 seria mantido, para confirmar a  condenação.

Erraram completamente. A ex-presidente honrou a tradição do atual não deixou Gilmar e Lewandowski, isolados na estrada.

NA REUNIÃO COM OS GOVERNADORES DA AMAZÔNIA,
A SUBSERVIÊNCIA GANHOU DE 7 A 2

Inicialmente a reunião, (solicitada por 7 governadores por carta ao presidente,) tinha como objetivo pedir ajuda presidencial para poderem governar. Bolsonaro concordou, convidou os 2 que não assinaram a carta. Marcou a reunião. Mas até haver o encontro, a Amazônia se internacionalizou, se transformou no único assunto a ser comentado mundialmente.

Segundo afirmação publica do presidente da Câmara, "Bolsonaro tratou a questão da Amazônia, como um caso pessoal". E Maia defendeu abertamente, "que o Brasil aceitasse a ajuda financeira oferecida". Natural e obviamente, preservada a soberania nacional.

Realizada a reunião, a ajuda aos estados foi superada pela questão internacional. O próprio Bolsonaro deu prioridade á questão, receber ou recusar a ajuda internacional. Ele mesmo colocou a sua opinião, "recusar toda e qualquer colaboração financeira". Foi seguido e apoiado por 7 governadores.

Só dois governadores, Helder Barbalho, Pará. Flávio Dino, Maranhão, foram decididamente a favor da ajuda, argumentando que o dinheiro era indispensável, e a soberania não seria atingida de Jeito algum.

PS- A "convicção" de Bolsonaro foi embalançada, a aceitação e a recusa estão em discussão.

45 ANOS DA TRANSAMAZÔNICA

Assim que assumiu a "presidência" o general Médici, (que se inspirava em Pinoch, os dois adoravam assistir torturas, quando acabou a ditadura foram denunciados pelos órgãos de informação dos EUA,e pelos filmes libelos de Costa Gavras) decidiu realizar uma  obra que marcasse e eternizasse seu "governo".

Optou por uma rodovia que ligasse diretamente Brasília á Amazônia. Gastou uma fabula de dinheiro, fez uma festa faraônica. E construiu o que logo foi rotulado de "estrada que liga o nada a coisa alguma". 

Dessa estrada, sobrou apenas o charco, o lamaçal, o intransitável. Não deu nem para comemorar ou festejar, é um dos maiores fracassos da ditadura.

O FMI LIQUIDOU O PRESENTE DA ARGENTINA E O FUTURO DE MACRI

Nenhum país que recorreu ao macabro Instituto, resistiu. Cobra juros fantásticos, pratica terrorismo financeiro, seus "acordos" são sempre destruidores.

Vou contar rapidamente uma conversa entre Juscelino (presidente eleito e ainda não empossado, em viagem de 30 dias pelo mundo) e o ditador de Portugal, Salazar. Antes de ser ditador, tendo derrubado o presidente General Carmona, foi professor de finanças da famosa Universidade de Coimbra.

Disse ao presidente brasileiro: "Se o senhor. quiser governar até o fim do seu mandato, não faça duas coisas. 1- Não recorra ao FMI. 2- Não faça reforma cambial".

PS- JK, preocupadíssimo, seguiu o conselho de Salazar, governou os 5 anos.

PS2- Mais tarde, numa entrevista vastamente publicada, JK revelou: "Quando estava para terminar o meu mandato, fiz sondagens e consultas para uma possível reeleição. Não obtive receptividade, abandonei a ideia."

PS3- Macri não fez nada disso, está pessoalmente em situação desesperadora, e a Argentina sem saber o que acontecerá na eleição
de 27 de outubro.

BC: VOLÚPIA DE VENDER DÓLAR

Impressionante: passaram a semana jogando a moeda no mercado, para fazer a cotação cair. Pois de segunda até sexta, começando e terminando a semana, o placar não saiu dos 4,17. A direção  do BC considera que reserva de 400 BI é vitoria astronômica.

Um comentário:

  1. CARO
    HÉLIO FERNANDES ["avô" dos grandes jornalistas]
    Interessaria a mim um livro que catalogasse todo que o Sr. disse sobre o ex. president Fernandos Henrique. Foi atraves desses textos que vim a saber o canalha que foi e é o ex. FHC.
    Favor passar a uma amigo seu jornalistas. Obg.

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