TODOS QUEREM "AJUDAR" A AMAZÔNIA
HELIO FERNANDES
Mas não pelo fato dela representar o "pulmão" do Planeta. E
sim pelo fato do seu fantástico território ser depositário de fabulosas e
diversificadas riquezas. Incluindo quantidades incalculáveis de nióbio, cobiçadas
pelas potencias do mundo. Principalmente as mais ricas, que se reúnem como
quadrilhas, e se intitulam de G7.
Quem complicou as coisas foi o presidente da França. Ele transformou um
problema que poderia ser resolvido com participação grandiosa, numa questão de
base comercial. Antes de qualquer encontro ou conversa do grupo, levou a
questão para o lado comercial, de forma abjeta, e sem qualquer apoio.
Duas propostas que só serviam a ele e a França. Sanções contra o
Brasil. E recusa de ratificar o acordo UE-Mercosul.
Foi contestado duramente pelo Primeiro ministro do Reino Unido. Assim
que chegou a Biarritze, Boris Jhonson foi incisivo e liquidou a questão:
"O problema da Amazônia não pode incluir interesses seja de quem
for".
Partiram então para a colaboração financeira. O G7, como um todo, doaria
ao Brasil, 90 milhões de reais para acabar com as queimadas. O Brasil já devia
ter recusado essa "proposta indecente". Recebendo dinheiro, fica
evidente que os doadores acreditam que podem reivindicar recompensas.
Mas a alternativa que seduz o presidente brasileiro, é inaceitável, tem
que ser recusada. A proposta de Bolsonaro, publicada por ele: "Acordo
Brasil-EUA para tratar e cuidar das queimadas e desmatamento". O Brasil
tem que assumir a responsabilidade e resolver o problema sozinho.
Com seu jeito estabanado de governar, desperdiçou 155 milhões da
Alemanha e 134 milhões da Noruega. Vinham colaborando há anos, sem nenhuma
exigência. Alem de abrir mão do dinheiro, insultou os dirigentes dos dois países.
PS- Agora a questão virou ação terrorista da França. Seu presidente
Macron propõe que a Amazônia seja internacionalizada.
PS2- Quer que a Amazônia, (desmatamento e queimadas) seja resolvido pela
ONU. Já garantiu apoio do Secretario Geral.
PS3- Mais grave ainda: sugere um confuso e premeditado ESTATUTO
com ingerência total sobre a Amazônia.
PS4- INTERVENÇÃO no Brasil. Isso exige reação dura e
imediata, que não parece estar nos planos de Bolsonaro. Inacreditável, mas
rigorosamente verdadeiro.
A IMPORTÂNCIA DA
AMAZÔNIA, SILENCIOU 2 ASSUNTOS
NO SENADO
A sabatina do embaixador nos EUA, "rachou" completamente os
senadores. Impossível dizer o que acontecerá na votação, se houver.
Dividiu até os personagens. Já aceito ha 15 dias, pessoalmente pelo presidente
dos EUA, a indicação deveria ter sido imediata.
Contraditoriamente o presidente afirmou: "Admito não fazer a
indicação, não quero expor meu filho a um fracasso". Passava recibo na
indecisão e na dificuldade de obter maioria,
Surpreendentemente o filho veio a publico, desmentiu o pai presidente: "Continuo
candidato a embaixador, serei aprovado". Na disputa pela
credibilidade da afirmação, o pai leva vantagem: é ele que envia a indicação
para o senado.
O outro assunto, atropelado, é a reforma da Previdência. Será aprovada.
A batalha,(que se trava nos bastidores) é para que o projeto não seja alterado.
Se for, volta para a Câmara.
PS- Com pressões e receios, Bolsonaro liberou emendas para as duas
votações.
PS2- È o que ele chama de "nova política".
OS MALABARISTAS DA
ECONOMIA, DO PROJETO DA REFORMA DA
PREVIDÊNCIA
Quando Paulo Guedes foi convidado para super ministro, e anunciou seu
plano de salvação nacional, ha muito não se falava em TRILHÃO. Foi categórico:
" A Nova Previdência vai produzir economia de 1 trilhão em 10 anos. Não
admito conversar sobre outro numero".
(Alem desse projeto, garantiu que venderia (privatizaria) 400 estatais,
faturando 800 BILHÕES, por fora. Contestado de todos os modos, aumentou a
euforia, sua previsão de economia, passou para 1 trilhão, 241 bilhões, não
abriu mão nem do quebrado.
Negado pelos maiores especialistas, que não iam acima de 700 bilhões,
foi recuando durante meses, aceitou o que a Câmara aprovou sob restrições:933
bilhões nos mesmos 10 anos. Durante todo esse tempo, contestei o projeto,
chamei-o de farsa planejada.
O projeto chegou ao senado, e foi escolhido relator o Tasso Jereissatti,
escrevi que a escolha fora combinada mas o resultado seria deplorável. Só que não
traduzi o que para este repórter se enquadraria como deplorável.
Não precisaria. Anteontem, depois de 12 dias com o projeto, Tasso deu
a primeira declaração com números avassaladores pelo entusiasmo e a euforia.
Estarreceu até o autor e redator do projeto. Seu cálculo e prognostico para a
economia, nos mesmos 10 anos. Vou colocar numa linha isolada.
1 TRILHÃO, 315
BILHÕES.
Guedes jamais chegou perto desse total. Os vários relatores que ficaram
meses discutindo e debatendo detalhes, não passaram, (repetindo) de 933
BILHÕES.
PS- O senador do Ceará, sozinho e com tempo mínimo, aumentou a economia
em mais 400 BILHÕES.
PS2- Se era difícil engolir 933 BI, imaginem essa mistificação
aumentada, (sem explicação) em mais 400 BI.
PS3- Alem da farsa, critica dura aos que vieram antes dele.
DÍVIDA PÚBLICA VAI A
4 TRILHÕES DE REAIS
Mas a direção do BC parece satisfeita e confortável com as reservas em
dólares. Perto de 400 BI em dólares. E continua desperdiçando a moeda.
Autorizou Paulo Guedes a gastar 50 BI. E ontem jogou 500 milhões no mercado
para sustentar a cotação. Que no entanto fechou praticamente em 4,17. A mais
alta.
E o presidente do BC fez declaração que considerou satisfatória,
auspiciosa e animadora: "O real precisa cair muito para nos
preocupar".
Nobel
Falam com insistência que o Brasil receberia seu primeiro Nobel. E seria
através de um representante da população mais antiga, o
Cacique Raonic. Seria uma condecoração individual para ele. E homenagem para
toda a família indígena. Pode não se confirmar.
Mas os primeiros rumores surgiram do Vaticano, quando ele foi recebido
pelo Papa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário