ANÁLISE & POLÍTICA
“Informação com Liberdade de
Expressão”
ROBERTO
MONTEIRO PINHO
Quarta -
feira “D” de Temer e aliados
Na base do governo, não
poucos os que apostam na vitória do presidente Michel Temer na sessão marcada
para o dia 2 de agosto (quarta-feira), quando os deputados vão decidir se
admitem ou rejeitam a denúncia de corrupção passiva contra o presidente da
República. Caso seja admitida, o STF estará autorizado a processar Temer. A
denúncia da Procuradoria Geral da União (PGU) se fundamenta nas delações dos
executivos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS.
Torcendo por Temer o ministro-chefe
da Casa Civil, Eliseu Padilha, aos “quatro ventos” anunciou, “Temos certeza que
vamos rejeitar no plenário, como foi rejeitado na Comissão de Constituição e
Justiça, o pedido de abertura de processo crime contra o presidente da
República. Isso nós temos absoluta certeza que acontecerá”, disse o ministro ao
Portal G1.
A
votação
São necessários os votos de
342 dos 513 deputados para que seja autorizada a tramitação da denúncia no
Supremo. De acordo com os mapas com votos de deputados feitos por parlamentares
da base aliada a Temer, contabiliza cerca de 220 a 250 votos a favor do
presidente, Ma é preciso colocar 342 votos no plenário. Uma manobra do governo,
fez com que os deputados indecisos ou que votariam a favor da denúncia foram substituídos
por parlamentar que se posicionaram contra a acusação.
Parecer
de Zveiter foi derrubado
As mudanças para a votação
de 2 de agosto são as mesmas que garantiram a vitória dos governistas, com a
derrubada do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o
prosseguimento da acusação.
Marina detona Dilma e Temer. (...) “são faces da mesma moeda”...
A presidente
do partido REDE, Marina Silva, detonou a ex-presidente Dilma Rousseff e o atual
presidente da República, Michel temer. A entrevista foi publicada no jornal
mineiro O Tempo. Eis o trecho da entrevista:
(...) Dilma
(PT) e Temer são faces da mesma moeda, são irmãos siameses. Levaram o país até essa
crise juntos, praticaram a corrupção juntos e agora foram absolvidos juntos.
Usam os mesmos mecanismos juntos, por exemplo, Michel substituiu parlamentares
para ganhar votações nas comissões. Dilma fazia o mesmo. Ele libera emendas
parlamentares para manter controle da base, Dilma fazia o mesmo. Venho
repetindo que ele não possui credibilidade e legitimidade. É um governo
ilegítimo. Se tivesse algum sentimento de responsabilidade com o país, não
estaríamos nesta situação. Todos os atalhos que tomam levam o país para o mesmo
abismo. E agora temos o primeiro presidente denunciado no Congresso, e precisa
ser julgado. É uma situação dramática. O que aconteceu em 2014 foi uma fraude,
houve fraude eleitoral. Todos praticaram corrupção grave.
Voto impresso custará R$ 2,5
bi em 2018
A
impressão do voto nas urnas eletrônicas em todo o país deverá custar R$ 2,5
bilhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos, segundo projeção do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Além de criticar os elevados gastos com a troca das
atuais urnas eletrônicas por modelos com impressoras, ministros da Corte
Eleitoral acreditam que a reprodução em papel provocará uma série de
transtornos como o aumento nas filas e no número de equipamentos com defeitos.
O TSE
estima que 35 mil urnas do novo modelo — de um total de 600 mil — deverão ser
utilizadas em 2018. O equipamento custa US$ 800 (cerca de R$ 2.520), ante US$
600 (R$ 1.890) do modelo atual.
A blindagem de Bendine
O Ministério Público Federal confirmou
que o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine e seu
suposto operador André Gustavo Vieira da Silva, presos pela Operação Lava Jato
no dia 27 de julho, cuidavam muito para evitar eventuais interceptações das
comunicações entre eles. Para isso, usavam um eficiente aplicativo- o Wickr e, após as conversas que travavam,
destruíam as mensagens a cada 4 minutos, para evitar a utilização como prova de
ilícitos praticados.
Nas conversas em
que foram efetuadas capturas da tela do celular, uma delas refere-se à licitação
promovida pela Petrobrás, por meio do Convite nº 1930344.16.8. Segundo os
investigadores, o “print”
efetuado por Aldemir Bendine em conversa com André Gustavo “corrobora os dizeres de Fernando Reis no sentido de
que André Gustavo tinha acesso a informações internas, privilegiadas e
confidenciais da Petrobrás, fornecidas por Aldemir Bendine”.
O
fato é que se Bendine usava esse dispositivo de blindagem, com certeza todos
usavam. Dai se conclui: o escárnio com o dinheiro público foi muito alem do que
se apura.
O que é o Wickr
Wickr (pronuncia-se "wicker") é um
aplicativo para Android e iPhone,
concebido para ajudar pessoas no envio de mensagens, incluindo fotos e anexos,
que são automaticamente deletados a partir de um certo tempo. O objetivo
do programa é manter de forma sigilosa e segura a comunicação entre dois indivíduos.
Em 15 de janeiro de 2014, Wickr anunciou que está oferecendo $100.000 a
qualquer voluntário que encontrar alguma falha significativa no sistema.
Ação pública pede na Justiça a
suspensão nas regras do Enem
Paulo Miguel Nagib, procurador do estado de São
Paulo, criou a Escola Sem Partido (ESP), entrou com uma ação pública contra os
organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pedir a suspensão
de uma das regras de avaliação da prova.
O ESP discorda do critério que
prevê a anulação das redações dos candidatos do Enem que usarem qualquer
argumento que desrespeite os Direitos Humanos, disseminando mensagens de ódio
ou qualquer tipo de preconceito. Para o movimento, a norma é subjetiva e
injusta, já que os conhecimentos da legislação sobre os direitos humanos não é
uma exigência do exame.
Ação
continua
“O próprio Inep desrespeita os
direitos humanos propriamente ditos, uma vez que as liberdades de pensamento e
opinião, além de garantidas pela Constituição Federal, estão previstas na
Declaração Universal dos Direitos Humanos”, informa o documento que agora está
em andamento no Tribunal Regional Federal da 1º Região, em Brasília, depois de
ter a liminar indeferida duas vezes.
O mapa da violência
no Rio
De acordo com o Instituto de
Segurança do Rio (ISP), no mês de junho desse ano, os dados da violência
sinalizam acentuado crescimento. Os
casos de Homicídio Doloso – Aumento de 4,3% em relação a junho de 2016 (373 em
2016 – 389 em 2017). Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Lesão
Corporal Seguida de Morte e Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção
Policial) – Aumento de 5,9% em relação a junho de 2016 (478 em 2016 – 506 em
2017). Latrocínio – Redução de 7 vítimas em relação a junho de 2016 (25 em 2016
– 18 em 2017). Policiais Civis e Militares Mortos em Serviço – Aumento de uma
vítima em relação a junho de 2016 (1 em 2016 – 2 em 2017). Roubo de Veículo -
Aumento de 37,6% em relação a junho de 2016 (3.310 em 2016 – 4.553 em 2017).
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