Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 31 de julho de 2017

ANÁLISE & POLÍTICA
    “Informação com Liberdade de Expressão”

ROBERTO MONTEIRO PINHO

Quarta - feira “D” de Temer e aliados

Na base do governo, não poucos os que apostam na vitória do presidente Michel Temer na sessão marcada para o dia 2 de agosto (quarta-feira), quando os deputados vão decidir se admitem ou rejeitam a denúncia de corrupção passiva contra o presidente da República. Caso seja admitida, o STF estará autorizado a processar Temer. A denúncia da Procuradoria Geral da União (PGU) se fundamenta nas delações dos executivos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS.
Torcendo por Temer o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, aos “quatro ventos” anunciou, “Temos certeza que vamos rejeitar no plenário, como foi rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça, o pedido de abertura de processo crime contra o presidente da República. Isso nós temos absoluta certeza que acontecerá”, disse o ministro ao Portal G1.
A votação
São necessários os votos de 342 dos 513 deputados para que seja autorizada a tramitação da denúncia no Supremo. De acordo com os mapas com votos de deputados feitos por parlamentares da base aliada a Temer, contabiliza cerca de 220 a 250 votos a favor do presidente, Ma é preciso colocar 342 votos no plenário. Uma manobra do governo, fez com que os deputados indecisos ou que votariam a favor da denúncia foram substituídos por parlamentar que se posicionaram contra a acusação.
Parecer de Zveiter foi derrubado
As mudanças para a votação de 2 de agosto são as mesmas que garantiram a vitória dos governistas, com a derrubada do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o prosseguimento da acusação.
Marina detona Dilma e Temer.  (...) “são faces da mesma moeda”...
A presidente do partido REDE, Marina Silva, detonou a ex-presidente Dilma Rousseff e o atual presidente da República, Michel temer. A entrevista foi publicada no jornal mineiro O Tempo. Eis o trecho da entrevista:
(...) Dilma (PT) e Temer são faces da mesma moeda, são irmãos siameses. Levaram o país até essa crise juntos, praticaram a corrupção juntos e agora foram absolvidos juntos. Usam os mesmos mecanismos juntos, por exemplo, Michel substituiu parlamentares para ganhar votações nas comissões. Dilma fazia o mesmo. Ele libera emendas parlamentares para manter controle da base, Dilma fazia o mesmo. Venho repetindo que ele não possui credibilidade e legitimidade. É um governo ilegítimo. Se tivesse algum sentimento de responsabilidade com o país, não estaríamos nesta situação. Todos os atalhos que tomam levam o país para o mesmo abismo. E agora temos o primeiro presidente denunciado no Congresso, e precisa ser julgado. É uma situação dramática. O que aconteceu em 2014 foi uma fraude, houve fraude eleitoral. Todos praticaram corrupção grave.
Voto impresso custará R$ 2,5 bi em 2018

A impressão do voto nas urnas eletrônicas em todo o país deverá custar R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos nos próximos 10 anos, segundo projeção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de criticar os elevados gastos com a troca das atuais urnas eletrônicas por modelos com impressoras, ministros da Corte Eleitoral acreditam que a reprodução em papel provocará uma série de transtornos como o aumento nas filas e no número de equipamentos com defeitos.

O TSE estima que 35 mil urnas do novo modelo — de um total de 600 mil — deverão ser utilizadas em 2018. O equipamento custa US$ 800 (cerca de R$ 2.520), ante US$ 600 (R$ 1.890) do modelo atual.

A blindagem de Bendine

O Ministério Público Federal confirmou que o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine e seu suposto operador André Gustavo Vieira da Silva, presos pela Operação Lava Jato no dia 27 de julho, cuidavam muito para evitar eventuais interceptações das comunicações entre eles. Para isso, usavam um eficiente aplicativo- o Wickr e, após as conversas que travavam, destruíam as mensagens a cada 4 minutos, para evitar a utilização como prova de ilícitos praticados.

Nas conversas em que foram efetuadas capturas da tela do celular, uma delas refere-se à licitação promovida pela Petrobrás, por meio do Convite nº 1930344.16.8. Segundo os investigadores, o “print” efetuado por Aldemir Bendine em conversa com André Gustavo corrobora os dizeres de Fernando Reis no sentido de que André Gustavo tinha acesso a informações internas, privilegiadas e confidenciais da Petrobrás, fornecidas por Aldemir Bendine”.
O fato é que se Bendine usava esse dispositivo de blindagem, com certeza todos usavam. Dai se conclui: o escárnio com o dinheiro público foi muito alem do que se apura.

O que é o Wickr
Wickr (pronuncia-se "wicker") é um aplicativo para Android e iPhone, concebido para ajudar pessoas no envio de mensagens, incluindo fotos e anexos, que são automaticamente deletados a partir de um certo tempo. O objetivo do programa é manter de forma sigilosa e segura a comunicação entre dois indivíduos. Em 15 de janeiro de 2014, Wickr anunciou que está oferecendo $100.000 a qualquer voluntário que encontrar alguma falha significativa no sistema.
Ação pública pede na Justiça a suspensão nas regras do Enem
Paulo Miguel Nagib, procurador do estado de São Paulo, criou a Escola Sem Partido (ESP), entrou com uma ação pública contra os organizadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para pedir a suspensão de uma das regras de avaliação da prova.
O ESP discorda do critério que prevê a anulação das redações dos candidatos do Enem que usarem qualquer argumento que desrespeite os Direitos Humanos, disseminando mensagens de ódio ou qualquer tipo de preconceito. Para o movimento, a norma é subjetiva e injusta, já que os conhecimentos da legislação sobre os direitos humanos não é uma exigência do exame.

Ação continua

“O próprio Inep desrespeita os direitos humanos propriamente ditos, uma vez que as liberdades de pensamento e opinião, além de garantidas pela Constituição Federal, estão previstas na Declaração Universal dos Direitos Humanos”, informa o documento que agora está em andamento no Tribunal Regional Federal da 1º Região, em Brasília, depois de ter a liminar indeferida duas vezes.

O mapa da violência no Rio
De acordo com o Instituto de Segurança do Rio (ISP), no mês de junho desse ano, os dados da violência sinalizam acentuado crescimento.  Os casos de Homicídio Doloso – Aumento de 4,3% em relação a junho de 2016 (373 em 2016 – 389 em 2017). Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Lesão Corporal Seguida de Morte e Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial) – Aumento de 5,9% em relação a junho de 2016 (478 em 2016 – 506 em 2017). Latrocínio – Redução de 7 vítimas em relação a junho de 2016 (25 em 2016 – 18 em 2017). Policiais Civis e Militares Mortos em Serviço – Aumento de uma vítima em relação a junho de 2016 (1 em 2016 – 2 em 2017). Roubo de Veículo - Aumento de 37,6% em relação a junho de 2016 (3.310 em 2016 – 4.553 em 2017).


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