*Blog oficial do jornalista
Helio Fernandes que durante 46 anos foi diretor do jornal Tribuna da
Imprensa. Agora com suas matérias exclusivas, e também a participação de
colunistas especialmente convidados. (NR).
DONA MARTA: OPORTUNISTA Á PROCURA DE
OPORTUNIDADE. NO SENADO, COLISÃO EM VEZ DE COALIZÃO. E RENAN?
HELIO FERNANDES
14.11.14
Na semana
passada revelei: Dona Marta vai deixar o ministério, voltará para o senado.
Disse que seria candidata a prefeita da capital de São Paulo, mas não sabia que
sairia atirando em Dona Dilma. Oportunista mas praticamente suicídio eleitoral.
Gilberto Carvalho fez a mesma coisa, mas não é candidato a nada.
Dei o retrospecto
eleitoral dela, ninguém fez isso. Para conseguir legenda e disputar a
prefeitura, tem que desalojar Fernando Haddad, invenção do próprio Lula.
Acredita que tendo definido o “volta, Lula”, pode ser indicado por ele. Não
pode.
E mesmo que
fosse, têm e teria a oposição de Dona Dilma, que como os elefantes, não
esquece. Seria a sua quarta candidatura a prefeito. Perdeu a reeleição no
cargo, outra logo a seguir, com o apoio precioso de Maluf. Agora não terá nem
legenda.
Dona Marta
não fala publicamente, mas não esconde: com Dilma, acumula inveja, ciúme e
decepção. Tudo por conta de um fator que estraga e desgraça sua vida: “Por que
ela, muito menos preparada do que eu: Chegou ao Planalto enquanto fiquei na Planície”.
E acrescenta, raivosa ou irônica: “Ela nem nasceu em São Paulo”.
Já foi tudo o
que desejou e pretendeu, mas para ela, foram cargos acessórios. O único
importante foi a prefeitura de São Paulo, mas jogou tudo fora derrotada na reeleição.
Agora fala em voltar á prefeitura, não é mais trampolim e sim vingança contra o
destino.
Sabe que é quase
impossível obter legenda do PT. Admite sair da legenda, como é o fim da carreira,
não haverá maior prejuízo. Dona Suplicy teve muita sorte, nasceu rica, com
oportunidades maravilhosas, principalmente por causa de São Paulo. Lula só
pensa em 2018, não tem tempo para desperdiçar com 2016.
Os tremendos obstáculos de Renan.
A base está
destroçada para eleger o substituto de Henrique Eduardo Alves, a partir de 1º
de fevereiro. O PMDB tem um candidato lançado, pelo menos pertence á legenda. O
PT veta sumariamente esse nome, aparece com outro candidato, apesar de ser
também da base.
No senado, o
trajeto parece traçado para que Renan percorra o mesmo caminho de 2012. Toda
cúpula está com ele, a não ser que seja vetado pela poesia, surja uma pedra no
meio do caminho, Entre a eleição e a reeleição de Renan, muitas incógnitas e
insatisfações, principalmente da opinião pública.
Candidato inviável.
Miro Teixeira
disse publicamente, “Minha candidatura a presidente da Câmara é VIÁVEL”.
Esqueceu da primeira sílaba IN, que completaria a frase que mas não lhe daria o
cargo.
Quando Miro
disse que seria candidato a governador do Estado do Rio, contestei: “Não será
eleito pela razão muito simples de que não será candidato”. Não concretizou.
Continuará
como deputado que apoiou a ditadura, foi o segundo de Chagas Freitas, duas
vezes "governador" entre aspas. É possível que em 2016, faça o que já
fez no passado: se candidate a prefeito. Já perdeu, perderá novamente,
continuará na Câmara.
A
presidência da Câmara provoca tremenda guerra entre PT-PMDB, Eduardo
Cunha-Planalto. Vão decidir pelas armas. No senado, o problema é diferente, a
reeleição de Renan tem obstáculos internos e externos que ele terá que
ultrapassar com enorme dificuldade.
Sua base
está fracionada, atingida derrotada. Antes de mais nada terá que resolver os
problemas de três senadores derrotados. Em novembro do ano passado, para tirar
o favoritíssimo Eunício de Oliveira do caminho de Cid e Ciro Gomes convidou-o
para ministro. Nem deu resposta. Agora quer, silêncio do outro lado.
O líder
de Dona Dilma no senado, Eduardo Braga, considerava que seria facilmente
governador do Amazonas, levou uma "surra eleitoral" do prefeito de
Manaus, Artur Virgílio.
Agora
quer ser Ministro para a mulher assumir no senado como suplente dele. Tudo nas
"costas" de Renan.
O
terceiro senador a precisar de emprego é Vital do Rego. Em outubro de 2013,
indicado pela cúpula do senado, ficou esperando, não foi ministro. Relator da
CPI mista, farsa, mistificação sobre a Petrobras, irresponsavelmente se lançou
candidato a governador da Paraíba. Já no primeiro turno, derrotadíssimo.
Agora
quer ir para o Tribunal de Contas da União, na vaga aberta com a aposentadoria
do ministro José Jorge. Difícil não impossível. Alem desses três casos, Renan
tem também seus gravíssimos problemas pessoais.
A
"licença" de Sergio Machado na Petrobras (não voltará ao cargo),
atingiu-o frontalmente. E existe ainda a incerteza em relação às citações na
questão da delação premiada. A eleição no Senado, só em fevereiro, mas começa
agora.
E Dona
Dilma não pode ajuda-lo de maneira alguma. Ela está com mais dificuldades do
que o próprio Renan, para indicar e nomear ministros e o presidente da
Petrobras. Só depois do sinal verde do Ministério Publico, da Policia Federal,
do juiz Moro e do Ministro-relator do Supremo. É muita coisa.
PS-
Putin, ditador desde os tempos da KGB, é um "iluminado" em termos de
comunicação. Há 15 dias, revistas dos EUA, fizeram relação dos homens mais
importantes e poderosos do mundo, ele aparece em primeiro lugar. Por quê?
PS2-
Agora, na China ganha repercussão mundial, citado em jornais, televisões,
internet e redes sociais, por causa de um gesto simples e normal até para ele:
cobriu os ombros da primeira dama da China, com um chale. Por que a assombrosa
repercussão?
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