A TÃO
DESEJADA E ANSIOSA PRIMEIRA
VIAGEM DE
BOLSONARO
HELIO FERNANDES
Para os
EUA, onde está seu ídolo vivo, o outro já está morto. Este
tinha
Brilhante no sobrenome, Trump, o máximo
que consegue é ser
identificado
no mundo todo como irresponsável. Nada disso apaga ou
diminui a
idolatria do brasileiro. Gostaria de ir agora, não dá, tem
que
esperar ser presidente empossado e "governando". E podendo
oferecer
ao americano, razões positivas da sua subserviência.
A
primeira: a transferência da embaixada do Brasil em Israel, de Tel
Aviv para
Jeruzalem. O chanceler de extrema direita, deve sancionar
logo, a
promessa-compromisso do presidente eleito. (A não ser que
Bolsonaro
recue, o Primeiro Ministro Natanaihu, está sendo processado
pela
terceira vez por corrupção ativa e passiva pela justiça do seu
próprio
país).
A segunda
oferenda a Trump: apoio na guerra comercial com a China.
Bolsonaro
não deve saber o que é BRICS, um acordo de 5 países,
incluindo Brasil e China, um dos nossos maiores
compradores.
Bolsonaro
não era nascido nem conhece Historia, poderia repetir o
gesto do
ex-chanceler Otavio Mangabeira, na constituinte de 1946. Eu
estava lá,
vi tudo e escrevi. No plenário, Mangabeira se abaixou e
beijou a
mão do general Eisenhower, ganhador da ultima grande batalha
que
acabou com a Segunda Guerra Mundial.
(Depois,
presidente dos EUA, de 1952 a 1960).
Bolsonaro
já marcou a viagem para fevereiro, lógico,
de 2019. Anunciou,
"vou
aos EUA, antes darei um giro pela America do Sul".
PS- Durante
a campanha vivia ás "caneladas" com o general candidato a
vice. Que
agora é vice eleito.
PS2- Terá
que passar o cargo principal a ele.
PS3- Provavelmente
pelo excesso de falta de confiança, encheu o
Planalto
de generais.
O MORO È TÃO EXIBICIONISTA, NÃO SAI DAS TELEVISÕES E DAS
MANCHETES, SEMPRE FALANDO SOBRE ELE MESMO
Já repetiu varias vezes sobre as acusações oficiais ao futuro Ministro
Chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni: "Eu confio nele". E quem confia num
magistrado, que afirmou repetidamente, "não deixarei de ser juiz para
fazer carreira política".
Pois agora, menos de 1 ano depois, abandonou o cargo de juiz, trocou
pela carreira política, patrocinado pelo candidato que ele apoiou
desabridamente, e que sem a sua colaboração criminosa, não teria sido
candidato, e logicamente, presidente da Republica.
Bolsonaro cumpriu integralmente o acordo-compromisso, transformou-o no
segundo personagem da Republica. E todos sabem que é o inicio de sua
carreira política. Numa eventualidade, Bolsonaro e Moro poderão estar
juntos, eleitoralmente.
Quem se sentiu em situação desconfortável foi o Corregedor do
CNJ. (Conselho Nacional de Justiça). Abriu investigação, considerando
que Moro devia explicação. Tentaram salva-lo, alegando, "ele não é
mais magistrado". Pediram o arquivamento.
Primarismo e parcialidade. A investigação é sobre atos praticados,
quando era juiz.
PS- Colocada a votos, a imensa maioria decidiu pela continuação da
investigação. E ainda colaborou com sugestões.
PS2- Na próxima terça feira, dia 11, o CNJ estará examinando 12 quesitos.
PS3-O CNJ tem poderes para convocar Moro a depor.
PS4- Para não ir, tem que entrar com recurso no STF. O presidente do
Supremo, preside o CNJ.
PS5- Preocupado, Moro tem se movimentado.
RENAN CALHEIROS, PELA PRIMEIRA VEZ, PREOCUPADO
Poderia dizer, assustado, seria mais apropriado. Desde 2007, responde a
11 indiciamentos no STF. Nesse ano, era presidente do senado, teve um
filho fora de casa, foi flagrado em negociações espúrias com uma
empreiteira. Esta financiou tudo, o senado não concordou, tentou
cassar seu mandato. Depois de meses fizeram um "acordo", assim entre
aspas. Renunciaria á presidência, continuaria com o
mandato. Maravilha.
Em 2010 foi reeleito, nos 8 anos, clamorosamente duas vezes novamente
presidente, enfrentando até o Supremo.
Agora foi candidato á reeleição e já candidato a presidir a Casa.
Encontra dificuldades, não propriamente veto. Quando vai conversar com
alguns dos novos senadores, perguntam logo: "O senhor tem apoio do
presidente Bolsonaro?".
Como não pode responder, a conversa acaba, o episodio se alastra.
BOLSONARO PRECISA FALAR PARA A COMUNIDADE, O POVO
Está se dirigindo para os cúmplices, apaniguados, e militantes dos
partidos e parlamentares corruptos, com os quais vem ensaiando o mesmo
troca-troca de sempre.
Duas declarações ontem e anteontem, impenetráveis.
A primeira: "Vou aprofundar a reforma trabalhista". O trabalhador
fica logo convencido de que perderá direitos conquistados pelo
mundo, pelo menos a 100 anos. (Até Mussolini, fascista e depois sócio
do nazista Hitler, desceu em Roma em 1922, proclamando e garantindo
mais direitos para o povo. Já existia a "semana inglesa", adotada pelo
mundo).
A segunda: "Vou fatiar a reforma da Previdência". Confissão de
incapacidade numérica. E fatiando, escolhe o que deseja negociar e
aprovar.
O JULGAMENTO DO INDULTO DE NATAL, JOGADO PARA O ANO QUE VEM
Só tolos ou desinformados esperavam a reunião decisão de ontem. Os
ministros Fux e Toffoli, pediram vista, não têm prazo para devolver,
não devolverão este ano.
Fica valendo o indulto de 2017, com restrições. Que não abalam ou
eliminam a generosidade do presidente corrupto e usurpador. Que ainda
tem 26 dias do mandato usurpado. Incluindo o Natal.
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