Titular: Helio Fernandes

quarta-feira, 26 de setembro de 2018


SUCESSÃO: REJEIÇÃO, INDECISÃO, CONFUSÃO, NENHUMA CONVICÇÃO, TOTAL INDEFINIÇÃO

HELIO FERNANDES

Faltando 11 dias para a realização do primeiro turno, a mais
compenetrada interpretação, leva para mais perto da conclusão: não
haverá o segundo turno. Não pela certeza de que alguém obterá maioria
absoluta. E sim pela incerteza que ronda e contamina a não realização
do segundo. Só existe uma analise não conclusiva, mas praticamente
unânime: a sucessão civil está militarizada, um capitão e um
general dominam o espetáculo.

Nem precisava nominá-los, mas mesmo de pijama, Bolsonaro e Mourão são
os principais personagens pelo menos nos 11 dias que virão.
Tenebrosos, duvidosos, perigosos, cada vez menos democráticos. E com a
expectativa e perspectiva de que o general e o capitão estão em
bunkers diferentes, não se encontram nem se falam, e veladamente,
até se hostilizam.

O general Mourão comanda a insensatez, de dentro do Clube Militar.
O capitão Bolsonaro, confortavelmente instalado no hospital. De onde
praticamente só sairá para votar. Temos que reconhecer, Bolsonaro é
personagem principal (e assustador), desde o primeiro momento, sempre
liderando o primeiro turno. Tudo o que se diz contra ele é analise ou
comentário, mas rigorosamente verdadeiro.

Já o general, ainda na ativa, surgiu nas manchetes, pregando a
intervenção militar. Foi passado para a reserva, cheio de privilégios e
prerrogativas. Virou vice do capitão, mas sua atividade a partir
daí se concentrou em sabotar o seu próprio candidato. O mínimo que o
general diz das candidaturas, e isso publicamente: "O Bolsonaro não tem
condições físicas de assumir. Eu assumirei e nomearei um constituinte
de NOTAVEIS, que farão uma Constituição para mim".

Indefensável, irrefutável, assustador, ninguém sabe qual será o
desenvolvimento dessa estranha e surpreendente sucessão. E a DATAFOLHA
e o IBOPE, que publicam pesquisa quase todos os dias, complicam cada
vez mais as coisas. Agora, pesquisam as intenções de votos nos
candidatos, com 3 identificações que consideram definidoras. Textual.

Definitiva. (intenção que não pode mais ser modificada).

Firme. (Pode ser mudada um pouco).

Momentânea. (Decisão de apenas um instante).

Inicial. (Apenas uma ideia, sem desenvolvimento)

Pois na pesquisa de ontem, Bolsonaro aparece com 49 por cento dos
votos, identificados no item DEFINITIVA. Se isso fosse verdadeiro,
ele estaria eleito no primeiro turno, pois nos outros itens,
precisaria apenas de 2 por cento. Os outros candidatos recebem ou
sofrem o mesmo tipo de analise.

Depois, sem o menor constrangimento, examinam o segundo turno, e
Bolsonaro perde para todos os adversários, como vem sendo constatado
há mais de 1 ano. Então pra que pesquisa?

PS- E a TV - Globo e Globo News, reservam espaço diário, abundante e
retumbante com seus principais comentaristas. Para divulgarem o vazio.
 
A MISTIFICAÇÃO (e o ridículo) DO PRESIDENTE USURPADOR NA ONU
 
Sem nunca ter disputado um cargo majoritário, em mais de 50 anos de
vida política é evidente que Temer jamais imaginou essa posição
estapafúrdia mas relevante: representar e falar em nome do Brasil,
perante todos os Chefes de Estado e do Governo.
 
Não tendo o que garantir, mistificou. Trecho textual: "O Brasil voltou
a crescer, a criar empregos, me preparo para entregar o cargo a quem
for eleito. Com a tranqüilidade do dever cumprido".
 
Os 190 dignatários presentes, se olharam perplexos. Todos são
informadíssimos sobre o que acontece no mundo.
 
PETROLEO EM ALTA NO MUNDO
 
Fechou nos EUA, quase em 75 dólares por barril. E em Londres, o brent,
a 85 dólares. Só pra lembrar: no ano passado estava a 35 e 39, dobrou
de preço. Só para exigir. Depois de amanhã, sexta feira, haverá novo
leilão do pré-sal. Mas é preciso atualizar os preços.
 
Os de agora, são os mesmos do leilão de seis meses passados.
Isso é crime de lesa-pátria.
 
TRUMP NA ONU
 
Sem a menor duvida, era o discurso mais aguardado. Por ser o
presidente dos EUA. E para saber quem ele atacaria ou
agrediria. Selecionou Irã, Venezuela e China. Todos com dureza.
Mas como reservou um espaço enorme para se queixar do GLOBALISMO,
teria usado essa palavra para atingir o Brasil?
 
BETO RICHA DENUNCIADO NOVAMENTE
 
Acusado com provas irrefutáveis e indiscutíveis, foi preso. Junto com
a mulher, o irmão e 14 cúmplices. È publico e notório, que está em
liberdade, conseqüência de um fulminante e generoso HC, de Gilmar
Mendes. Ontem á tarde, o MP do Paraná, cumprindo suas obrigações e
competência pediu a prisão do ex-governador, e chefe da quadrilha
que assaltou o estado.
 
A repercussão foi enorme, em todas as instancias do judiciário.
Principalmente no STF, Gilmar Mendes ficou revoltado. Impressão geral:
Beto Richa deverá voltar para a prisão. DEVERÁ? Ou DEVERIA?


Um comentário:

  1. Não é um movimento isolado.

    Mourão ataca em sua ofensiva corporativista, junto com Augusto Heleno e grupo de generais (um deles assessor de Toffoli) que empurram 80 candidatos.

    Mourão não é bom estrategista, não sabe guardar segredo, fala demais, anuncia a outorga de uma constituição polaca do século XXI, neste país sem segurança jurídica que muda de constituição a cada três ou quatro décadas como quem troca de roupa.

    Só para lembrar: em regimes autoritários os corruptos se locupletam, não são contestados e a altiva e hipócrita impunidade anda solta e violenta contra o livre pensamento.

    Não sejamos ingênuos.

    Espíritos atrasados e gananciosos querem arrastar o Brasil para as amarras do mesmo atraso dos corruptos de hoje, só que sem contestação.

    Silogismo autoritário da falácia assassinando a dialética,

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