Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

OS 5 PERSONAGENS E FATORES QUE PROVOCARAM A DERROCADA 
DO BRASIL, EMPOBRECERAM MULTIDÕES, COMPROMETERAM 
E ANULARAM O DESENVOLVIMENTO, ARRUINARAM O PASSADO, 
PRESENTE E FUTURO DO PAÍS

HELIO FERNANDES

1- Toda essa crise, depressão, recessão interminável, começa com FHC em
1998, ha 20 anos. Quando ele acabou com a alternância no poder,
comprando a reeleição, financiado e patrocinado por empresários
poderosos. Não existe democracia solida, sem renovação política e
eleitoral. Rui Barbosa já defendia isso de forma intransigente,
colocando a não reeleição como principal clausula pétrea, na primeira
Constituição da Republica.

Os primeiros á anos de FHC foram catastróficos, desastrosos,
criminosos. Criou a Comissão de Desestatização, e através dela, DOOU,
(palavra utilizada por mim durante o seu governo) parte importante do
nosso patrimônio. Isso é crime de lesa Pátria, não prescreve. Elevou os
juros a 42 por centro, outro fato inominável. Mas o pior de todos foi
a entrega do poder, a grupos que não se renovam.

2- Lula, que havia perdido 3 vezes seguidas, sem protesto ou
desistência chegou ao poder, tentou recompor as coisas. Ao contrario
de FHC, seus primeiros 4 anos foram excelentes, até inesquecíveis. Se
tivesse acabado o mandato em 2006 e ido pra casa, poderia até ser
candidato em 2010. Mas com o roteiro escrito por FHC, ficou até 201O,
e queria mais, agora utilizando o chamado poste, a insignificante
Dilma.

Não queria renovação dentro do PT, fez acordo: ela ficaria 4 anos,
passaria o poder novamente a ele, num movimento chamado de "Volta, Lula".

3- A traição de Dona Dilma se recusando a cumprir o acordo dos 4 anos,
exigindo os 8 da Constituição, levou Lula ao desespero, mostrou o seu
primeiro grande erro, fora do Poder. E a economia, que já estava
deteriorada e no caminho da destruição nos 8 anos de FHC, e nos
últimos 4 do próprio Lula, se arruinou completamente com Dilma. Se a
ambição desvairada de FHC não tivesse criado a reeleição, não haveria
2014 na vida política, eleitoral e administrativa de Dona Dilma. Seria
eleito um novo presidente, quem sabe até pior, mas a alternância
democrática, seria mantida.

4- O impeachment de Dilma, começou a ser tramado logo em 2014, com a
sua reeleição. A posse foi fortuita, incipiente, praticamente
inexistente. O país ficou quase 2 anos sem governo de verdade, o
suposto Executivo devorado pela conspiração parlamentar. Com a
derrubada dela sendo apenas questão de tempo, para que mascarassem e
disfarçassem as ações dos corruptos Michel Temer, (vice) e Eduardo
Cunha. (Presidente da Câmara).

Com o Congresso omisso e silencioso, Temer e Cunha agiram nos
bastidores. Quando saíram dos subterrâneos, tiveram a cumplicidade
retumbante de deputados e senadores. Aí o vice passou a presidente
corrupto e usurpador. Cunha presidente da Câmara está na prisão. Temer
também tem pouco tempo de liberdade. Garantidos, não se sabe a razão,
3 meses e meio até 31 de dezembro. A partir daí, cada dia livre, já
será lucro.

5- Com tudo isso que resumi, dividiu totalmente o país, a palavra
mais repudiada é dialogo. Não esqueci de Aécio Neves. Com uma semana
da eleição de Dilma, antes da posse, entrou com recurso no TSE, pedindo
a cassação da chapa Dilma - Temer, e a posse dele mesmo como
presidente. O TSE nem respondeu. Quando Temer assumiu pelo malabarismo
escabroso, o primeiro a aderir foi Aécio Neves, então presidente do
PSDB. Hoje um partido arruinado, Aécio totalmente execrado, nem sabe se
será eleito deputado, ele que ocupou e disputou os mais altos cargos
da Republica.

Sem investimento, sem desenvolvimento, com total estacionamento, o
país totalmente dividido, sobrevive penosamente, com 13 milhões de
desempregados, e outros 27 milhões, que no  máximo  conseguem
receber (?) são 300 reais mensalmente. Essa é a realidade de um
governo sem autoridade ou credibilidade.

PS- Esses personagens e fatores que enumerei, trouxeram o país para
uma sucessão presidencial inédita e imprevisível

PS2- Faltam 24 dias para a disputa do primeiro turno. E mais 21 para o
segundo. Tudo pode acontecer ou até não acontecer. Tenho totais
duvidas, não só pelo que acontece a céu aberto. Mas principalmente
pelo que tentam tramar para não haver o segundo.
 
O JN NÃO ENTREVISTA, AGRIDE
 
Foi o que aconteceu com Haddad. Inicialmente deixaram o Bonner de
fora, Renata Vasconcellos usava 2 ou 3 minutos, com vários objetivos.
A - Mostrar a mesma arrogância supostamente aristocrática, que irritava
os colegas, no tempo do Notre Dame. B - Deixar a impressão que ele é
contra as mulheres, ela atacada, apenas se defendia. C - Roubar o tempo
destinado a uma conversa democrática.
 
Haddad mal conseguia abrir espaço para falar. Eles não faziam
perguntas. Liam raivosamente o que estava escrito, e que chamavam de
"promessas não cumpridas como prefeito", e engatilhavam o refrão: "Se o
senhor não cumpre o que prometeu como prefeito, como quer que
acreditem no que promete como candidato?". Quando ia responder,
cinicamente mudavam de assunto.
 
Quando Haddad ia começar a falar sobre programas e soluções, montavam
na sua frente, uma barragem que eu não chamaria de verbal. Enganaram o
telespectador, insistindo em acusações de corrupção. Nesse capitulo.
mais uma derrota incontestável para a dupla da casa. Haddad desmontou
o delator e os supostos entrevistadores.
 
PS- No minuto final, que Haddad aumentou para 2 minutos e meio, não
conseguiam silenciá-lo.
 
PS2- Um verdadeiro libelo. Veemente. Lúcido. Competente. Abandonou
Renata e Bonner se dirigiu diretamente para o telespectador. Um grande
final.
 
Está completando 20 anos ocupando cargos e praticando irregularidades
gritantes. Começou como prefeito de Ribeirão Preto, quase foi expulso
da cidade. A sua cidade. Ha 16 anos, eleito, Lula nomeou-o ministro da
Fazenda, surpresa total. Teve que ser demitido no segundo mandato.
 
Em 2010, escolhida para suceder Lula, Dona Dilma nomeou Palocci Chefe
da Casa Civil, com aval de Lula. Só ficou 7 meses, foi demitido por
excesso de corrupção. Acusado de ter desviado, inicialmente 122
milhões, tentou se defender melancolicamente. Não podendo negar a
propina, alegou "recebimentos como consultor". Consultoria como
ministro?
 
Não demorou a ser preso, e logo se ofereceu como delator. O primeiro
alvo, o ex-presidente Lula. Logo trocou por denuncias contra banqueiros
e figurões do “mercado". Ninguém acreditava nele. Lutou então, durante
meses para sua delação ser feita perante a Policia Federal.
 
Conseguiu, só que o delatado voltou a ser Lula. Não vai conseguir sair
da prisão para gastar a fortuna que roubou.
 
PS- As investigações provam que a propina de 122 milhões foi apenas o inicio.
 
PS2- Em matéria de corrupção, os números chegam ao dobro ou triplo.
 
Daí, a ânsia da liberdade a qualquer preço. Veemente. Lúcido.
 
TOFFOLI PRESIDENTE DA REPULICCA CIRCUNSTANCIAL
 
Presidente do STF, inacreditável e até absurdo. Mas esperado e ainda
mais grave. Nos próximos 100 dias, até 31 de dezembro, Toffoli será
presidente da Republica, toda vez que Michel Temer se afastar por
qualquer motivo. O presidente corrupto e usurpador, tem pelo menos duas
viagens agendadas. E os atos do presidente ocasional, têm total
validade.
 
(O presidente Collor viajou. O vice Itamar assumiu, e seu primeiro
ato, foi demitir o ministro da Justiça, coronel Passarinho.
Justificativa de Itamar: "Coronel não pode ser ministro da
Justiça". Collor voltou, recolocou Passarinho no cargo. Nenhum dos dois
exorbitou dos Poderes).
 
Toffoli é diferente. 15 minutos antes da posse na presidência, ainda
na Segunda Turma, libertou o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.
 
Quando o ex-ministro foi preso, sem conhecê-lo e sem jamais ter falado
com ele, escrevi: "Sua prisão tem características de injustiça".
Agora o ato de Toffoli é pura exibição de exorbitância, de arrogância,
de prepotência.
 
PS- O ex-presidente Lula tinha razão. Bastava um ministro do STF
anular a segunda e absurda condenação do TRF-4, para ele ficar
ELEGÍVEL.
 
PS2- Bastavam 15 minutos, os 11 ministros tinham COMPETÊNCIA para
praticar esse ato democrático.
 

PS3- A pressão da conspiração não permitiu. E os 11 ministros silenciaram.

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