Titular: Helio Fernandes

segunda-feira, 24 de setembro de 2018


ANÁLISE & POLÍTICA
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ROBERTO MONTEIRO PINHO

Bolsonaro tem plano “b” no caso de segundo turno

O candidato do Novo à Presidência da República, João Amoêdo, no inicio do mês, durante evento organizado pelo banco BTG Pactual, evitou responder a uma pergunta de repórter se apoiaria Jair Bolsonaro (PSL), em caso de enfrentar o candidato do PT no segundo turno. Mas deixou a senha, quando Amoêdo durante a sabatina num determinado momento retrucou: "Para mim, Lula é um péssimo exemplo e esta declaração diz muito como pensa Haddad."
Para muitos parece um caso isolado quando se trata da discussão sobre o segundo turno das eleições presidenciais, porém o detalhe é importante. Existe aqui dois aspectos: a consolidação das pesquisas até a véspera do primeiro turno dia 7 de outubro, a nova composição da câmara e do senado, e a eleição dos novos governadores.
Entre os oito candidatos Bolsonaro poderá ter o apoio de quatro
Por outro lado, no PSL a conversa é de que “não terá segundo turno”, Bolsonaro “liquida a fatura no primeiro”. Mesmo assim os mais conservadores, trabalham com a segunda hipótese e arquitetam  o plano “b”, por isso articulam junto com o candidato as alianças possíveis. Na lista estão Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos), e Marina Silva (Rede),  embora exista uma dúvida quanto ela apoiar candidaturas num segundo turno. Por outro Amoedo não se encaixa no perfil do PT, e quem pode ganhar o apoio é Bolsonaro.
Marina “tem perfil para a educação ou meio ambiente”
A queda de Marina Silva também não se traduziria em apoio por votos e sim para “compor os projetos de governo”. Para um dos coordenadores mais próximo de Bolsonaro, ela tem o perfil “para a educação ou meio ambiente).
Ciro Gomes
O candidato Ciro Gomes (PDT), está com um discurso onde ataca os dois que aparecem a sua frente na pesquisa: Bolsonaro e Haddad. No entanto, sua posição ainda é definida quanto ao segundo turno, pelo fato de que o candidato discursa para ser o segundo mais votado nas eleições do dia 7 de outubro. A dúvida neste momento fica por conta de Marina Silva e o próprio Ciro Gomes. Ambos contam com eleitores próprios, Ciro regionalmente e Marina embora polarizado tem uma boa fatia de votos por ser a única mulher na disputa.

Pesquisa: Bolsonaro mantém larga vantagem sobre Haddad

A nova pesquisa Datafolha de intenção de votos para candidatos à Presidência, divulgada na no dia 20 de setembro (quinta-feira), apontou liderança de Jair Bolsonaro (PSL), com 28% da preferência do eleitorado, seguido de Fernando Haddad (PT), com 16% dos votos.
XP/Ipespe coincide com o percentual do Ibope
Em relação ao último Datafolha, divulgado em 14 de setembro, tanto Haddad quanto Bolsonaro cresceram três pontos percentuais entre o eleitorado feminino. Na pesquisa XP/Ipespe Bolsonaro também alcançou 28%. Ciro Gomes (PDT) cresceu em quase todos os segmentos, apresentando apenas uma queda: na faixa entre 45 e 59 anos, passou de 13% para 11% na preferência dos eleitores. Mas continua atrás de Haddad.
Facebbok/Fake news...

No Facebook, o engajamento - curtidas, compartilhamentos e comentários - com perfis disseminadores de notícias falsas (as chamadas  fake news ) diminuiu nos últimos dois anos. A conclusão se deu a partir de um estudo sobre desinformação publicado por pesquisadores da Stanford University e da New York University (NYU), ambas dos Estados Unidos. 

Os autores analisaram 570 sites norte-americanos classificados como produtores de conteúdo falso entre janeiro de 2015 e julho de 2018. As fontes dessas fake news foram comparadas com páginas e perfis de veículos tradicionais e pequenos de mídia, bem como de cobertura segmentada em temas como negócios e cultura, por exemplo.

Crescimento

Segundo o levantamento, as interações com mensagens desses sites de maior credibilidade cresceu entre janeiro de 2015 e os meses finais de 2016, logo após as eleições presidenciais dos EUA. O grupo de sites estudado teve nível de engajamento semelhante às 38 principais páginas de mídia verificadas na pesquisa.
A partir de 2017, as interações caíram mais de 50% no Facebook. No fim de 2016, a plataforma chegou a ter picos de 200 milhões de interações por mês no conjunto dos sites analisados. A média caiu para 70 milhões de engajamentos por mês.
Desinformação...
“Embora as evidências não sejam definitivas, acreditamos que a magnitude geral do problema da desinformação pode ter reduzido, pelo menos temporariamente, e que os esforços do Facebook após as eleições de 2016 para limitar a difusão de desinformação podem ter tido um impacto significativo”, dizem os autores do estudo.

Desde dezembro de 2016, o Facebook anunciou um conjunto de medidas que teriam como objetivo barrar a difusão de fake news  dentro da plataforma. Foram celebrados acordos com agências de checagem, marcação de conteúdos como falsos, redução do alcance dessas mensagens e derrubada de contas falsas - até no Brasil.

70 milhões de interações

Apesar disso, os pesquisadores alertam que os níveis de engajamento com fake news  continuam altos e que o Facebook tem um papel importante nessa disseminação. O número de 70 milhões de interações por mês nesses sites foi considerado relativamente alto pelos autores da pesquisa.

Fake news também no Twitter


No Twitter, entre 2017 e 2018, os estudiosos identificaram uma ampliação de reações, compartilhamentos e outras formas de interação com mensagens enganosas. Enquanto a média mensal de compartilhamentos estava em 2 milhões em janeiro de 2015, em julho de 2018 ela havia chegado a quase 6 milhões por mês.

Na comparação de interações entre Facebook e Twitter, a proporção teve uma queda considerável, saindo de 45:1 (45 engajamentos no Facebook para 1 compartilhamento no Twitter) em 2016 para 15:1 no meio de 2018. No início deste mês, o diretor executivo do Twitter, Jack Dorsey, depôs a um comitê do Senado dos fake news e que não estava preparada para o fenômeno. A plataforma vem focando sua atuação apenas na derrubada de contas falsas.

Queda de R$ 1,95 bilhão na arrecadação da Previdência Social

A arrecadação líquida do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que envolve os trabalhadores da iniciativa privada, caiu R$ 1,95 bilhão no bimestre encerrado em agosto. No acumulado do ano, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a frustração de receitas para o setor está em cerca de R$ 15 bilhões. 

A informação foi confirmada no dia 21 de setembro (sexta-feira) durante a apresentação do Relatório de Receitas e Despesas do governo federal. Segundo Almeida, a previsão inicial de arrecadação da  Previdência era de R$ 405 bilhões, mas as atuais projeções do governo indicam receitas na faixa de R$ 390 bilhões. 

Lentidão na recuperação do emprego formal

De acordo com o secretário, o resultado abaixo do esperado está relacionado à lenta recuperação do emprego formal no país. "Isso se reflete na [queda] da massa salarial e consequentemente na arrecadação da Previdência", explicou.

A taxa de desemprego, segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrange 12,3% da população economicamente ativa. O número representa um contingente de 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no país.

Trump quer legalizar imigrantes nos EUA

O governo de Donald Trump propôs no dia 22 de setembro (sábado) uma nova lei nos Estados Unidos. Ele pretende que os imigrantes parem de receber benefícios públicos, como assistência alimentar e vales de moradia.
A medida poderia obrigar milhões de imigrantes pobres, que dependem da assistência pública para alimentos e moradia, a fazer uma escolha difícil. Eles terão que optar entre aceitar ajuda financeira ou conseguir a residência permanente, conhecida como Green Card para viver e trabalhar legalmente nos Estados Unidos.
Não sobrecarregar os contribuintes americanos
A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, disse em comunicado que a medida está de acordo com a lei vigente. – De acordo com a lei federal de longa data, aqueles que querem imigrar para os Estados Unidos devem demonstrar que podem se manter economicamente – disse ela.
Ainda segundo Nielsen, esta nova norma vai colocar em prática uma lei aprovada pelo Congresso. A intenção é promover a autossuficiência dos imigrantes e proteger os recursos limitados, garantindo que não se transformem em uma carga para os contribuintes americanos.
Terceira idade...
Os imigrantes de terceira idade, muitos dos quais compram remédios receitados a baixo custo através de programas subsidiados, também poderiam ser obrigados a deixar essa ajuda ou arriscarem-se a serem considerados “carga pública”. A norma, que segundo a administração afetaria cerca de 382 mil pessoas por ano, é a mais recente de uma série de medidas enérgicas do presidente Donald Trump e de seus assessores sobre imigração legal e ilegal.
A medida não pretende afetar os imigrantes que já têm residência permanente. Porém, os defensores dos direitos dos migrantes temem que inclusive eles deixem de usar os benefícios públicos para proteger seu status migratório. (via Agência EFE).

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