ANÁLISE & POLÍTICA
“Jornalismo opinativo com informação precisa
e contundente”
ROBERTO MONTEIRO PINHO
Bolsonaro tem plano “b” no caso de segundo turno
O candidato do Novo à Presidência da República,
João Amoêdo, no inicio do mês, durante evento organizado pelo banco BTG
Pactual, evitou responder a uma pergunta de repórter se apoiaria Jair Bolsonaro
(PSL), em caso de enfrentar o candidato do PT no segundo turno. Mas deixou a
senha, quando Amoêdo durante a sabatina num determinado momento retrucou:
"Para mim, Lula é um péssimo exemplo e esta declaração diz muito como
pensa Haddad."
Para muitos parece um caso isolado quando se trata
da discussão sobre o segundo turno das eleições presidenciais, porém o detalhe
é importante. Existe aqui dois aspectos: a consolidação das pesquisas até a
véspera do primeiro turno dia 7 de outubro, a nova composição da câmara e do
senado, e a eleição dos novos governadores.
Entre os
oito candidatos Bolsonaro poderá ter o apoio de quatro
Por outro lado, no PSL a conversa é de que “não
terá segundo turno”, Bolsonaro “liquida a fatura no primeiro”. Mesmo assim os
mais conservadores, trabalham com a segunda hipótese e arquitetam o plano “b”, por isso articulam junto com o
candidato as alianças possíveis. Na lista estão Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro
Dias (Podemos), e Marina Silva (Rede),
embora exista uma dúvida quanto ela apoiar candidaturas num segundo
turno. Por outro Amoedo não se encaixa no perfil do PT, e quem pode ganhar o
apoio é Bolsonaro.
Marina
“tem perfil para a educação ou meio ambiente”
A queda de Marina Silva também não se traduziria em
apoio por votos e sim para “compor os projetos de governo”. Para um dos
coordenadores mais próximo de Bolsonaro, ela tem o perfil “para a educação ou
meio ambiente).
Ciro
Gomes
O candidato Ciro Gomes (PDT), está com um discurso
onde ataca os dois que aparecem a sua frente na pesquisa: Bolsonaro e Haddad.
No entanto, sua posição ainda é definida quanto ao segundo turno, pelo fato de
que o candidato discursa para ser o segundo mais votado nas eleições do dia 7
de outubro. A dúvida neste momento fica por conta de Marina Silva e o próprio
Ciro Gomes. Ambos contam com eleitores próprios, Ciro regionalmente e Marina
embora polarizado tem uma boa fatia de votos por ser a única mulher na disputa.
Pesquisa:
Bolsonaro mantém larga vantagem sobre Haddad
A nova
pesquisa Datafolha de intenção de votos para candidatos à Presidência,
divulgada na no dia 20 de setembro (quinta-feira), apontou liderança de Jair
Bolsonaro (PSL), com 28% da preferência do eleitorado, seguido de Fernando
Haddad (PT), com 16% dos votos.
XP/Ipespe coincide com o percentual do Ibope
Em
relação ao último Datafolha, divulgado em 14 de setembro, tanto Haddad quanto
Bolsonaro cresceram três pontos percentuais entre o eleitorado feminino. Na
pesquisa XP/Ipespe Bolsonaro também alcançou 28%. Ciro Gomes (PDT) cresceu em
quase todos os segmentos, apresentando apenas uma queda: na faixa entre 45 e 59
anos, passou de 13% para 11% na preferência dos eleitores. Mas continua atrás
de Haddad.
Facebbok/Fake news...
No Facebook, o engajamento - curtidas, compartilhamentos
e comentários - com perfis disseminadores de notícias falsas (as
chamadas fake
news ) diminuiu nos últimos dois anos. A conclusão se deu
a partir de um estudo sobre desinformação publicado por pesquisadores da
Stanford University e da New York University (NYU), ambas dos Estados
Unidos.
Os autores analisaram 570 sites
norte-americanos classificados como produtores de conteúdo falso entre
janeiro de 2015 e julho de 2018. As fontes dessas fake news foram comparadas com páginas e perfis de veículos
tradicionais e pequenos de mídia, bem como de cobertura segmentada em temas
como negócios e cultura, por exemplo.
Crescimento
Segundo o levantamento, as interações com mensagens
desses sites de maior credibilidade cresceu entre janeiro de 2015 e os meses
finais de 2016, logo após as eleições presidenciais dos EUA. O grupo de sites
estudado teve nível de engajamento semelhante às 38 principais páginas de mídia
verificadas na pesquisa.
A partir de 2017, as interações caíram mais de 50% no Facebook.
No fim de 2016, a plataforma chegou a ter picos de 200 milhões de interações
por mês no conjunto dos sites analisados. A média caiu para 70 milhões de
engajamentos por mês.
Desinformação...
“Embora as evidências não sejam definitivas,
acreditamos que a magnitude geral do problema da desinformação pode ter
reduzido, pelo menos temporariamente, e que os esforços do Facebook após as
eleições de 2016 para limitar a difusão de desinformação podem ter tido um
impacto significativo”, dizem os autores do estudo.
Desde dezembro de 2016, o Facebook anunciou um conjunto
de medidas que teriam como objetivo barrar a difusão de fake news dentro
da plataforma. Foram celebrados acordos com agências de checagem, marcação de
conteúdos como falsos, redução do alcance dessas mensagens e derrubada de
contas falsas - até no Brasil.
70 milhões de interações
Apesar disso, os pesquisadores alertam que os níveis de
engajamento com fake
news continuam altos e que o Facebook tem um papel
importante nessa disseminação. O número de 70 milhões de interações por mês
nesses sites foi considerado relativamente alto pelos autores da pesquisa.
Fake news também no Twitter
No Twitter, entre 2017 e 2018, os
estudiosos identificaram uma ampliação de reações, compartilhamentos e outras
formas de interação com mensagens enganosas. Enquanto a média mensal de
compartilhamentos estava em 2 milhões em janeiro de 2015, em julho de 2018 ela
havia chegado a quase 6 milhões por mês.
Na comparação de interações entre Facebook e Twitter,
a proporção teve uma queda considerável, saindo de 45:1 (45 engajamentos no
Facebook para 1 compartilhamento no Twitter) em 2016 para 15:1 no meio de 2018.
No início deste mês, o diretor executivo do Twitter, Jack Dorsey, depôs a um
comitê do Senado dos fake
news e que não estava preparada para o fenômeno. A plataforma vem
focando sua atuação apenas na derrubada de contas falsas.
Queda de R$
1,95 bilhão na arrecadação da Previdência Social
A arrecadação líquida do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), que envolve os trabalhadores da iniciativa privada,
caiu R$ 1,95 bilhão no bimestre encerrado em agosto. No acumulado do ano,
segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a frustração
de receitas para o setor está em cerca de R$ 15 bilhões.
A informação foi confirmada no dia 21 de
setembro (sexta-feira) durante a apresentação do Relatório de Receitas e
Despesas do governo federal. Segundo Almeida, a previsão inicial de
arrecadação da Previdência era de R$ 405 bilhões, mas as atuais projeções
do governo indicam receitas na faixa de R$ 390 bilhões.
Lentidão na
recuperação do emprego formal
De acordo com o secretário, o resultado
abaixo do esperado está relacionado à lenta recuperação do emprego formal no
país. "Isso se reflete na [queda] da massa salarial e
consequentemente na arrecadação da Previdência", explicou.
A taxa de desemprego, segundo a mais recente
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrange 12,3% da
população economicamente ativa. O número representa um contingente de 12,9
milhões de pessoas sem trabalho no país.
Trump quer
legalizar imigrantes nos EUA
O governo de Donald Trump propôs no dia 22 de
setembro (sábado) uma nova lei nos Estados Unidos. Ele pretende que os
imigrantes parem de receber benefícios públicos, como assistência alimentar e
vales de moradia.
A medida poderia obrigar milhões de imigrantes
pobres, que dependem da assistência pública para alimentos e moradia, a fazer
uma escolha difícil. Eles terão que optar entre aceitar ajuda financeira ou
conseguir a residência permanente, conhecida como Green Card para viver e
trabalhar legalmente nos Estados Unidos.
Não
sobrecarregar os contribuintes americanos
A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen
Nielsen, disse em comunicado que a medida está de acordo com a lei vigente. –
De acordo com a lei federal de longa data, aqueles que querem imigrar para os
Estados Unidos devem demonstrar que podem se manter economicamente – disse ela.
Ainda segundo Nielsen, esta nova norma vai colocar
em prática uma lei aprovada pelo Congresso. A intenção é promover a
autossuficiência dos imigrantes e proteger os recursos limitados, garantindo
que não se transformem em uma carga para os contribuintes americanos.
Terceira
idade...
Os imigrantes de terceira idade, muitos dos quais
compram remédios receitados a baixo custo através de programas subsidiados,
também poderiam ser obrigados a deixar essa ajuda ou arriscarem-se a serem
considerados “carga pública”. A norma, que segundo a administração afetaria
cerca de 382 mil pessoas por ano, é a mais recente de uma série de medidas
enérgicas do presidente Donald Trump e de seus assessores sobre imigração legal
e ilegal.
A medida não pretende afetar os imigrantes que já
têm residência permanente. Porém, os defensores dos direitos dos migrantes
temem que inclusive eles deixem de usar os benefícios públicos para proteger
seu status migratório. (via Agência EFE).
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