Titular: Helio Fernandes

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O PSDB, DEFLAGRADO, CONFLAGRADO, DESINFORMADO E ULTRAPASSADO

HELIO FERNANDES

O partido que já foi derrotado, fragorosamente, em 4 eleições presidenciais, (2002, 2006, 2010 e 2014) nem percebe que está envolvido em mais uma. E não pela interinidade na presidência do partido, e sim pela efetividade, mais alta, de outra presidência, a do país .E os 3 candidatos que foram sempre derrotados pelo povo, agora nem chegarão lá.

Serra  que perdeu duas vezes, já confirmou , é candidato a governador. Aécio já foi descartado para a interinidade, está mais perto da prisão do que da indicação. Sobrou Alckmin, mas está longe do cenário onde se trava a batalha da escolha.

Os minoritários dentro do PSDB, foram encurralados e emparedados por uma jogada política e eleitoral, tão surpreendente e audaciosa, que deviam ter compreendido, que era hábil demais para disputar e conquistar o direito a uma interinidade .E o seu autor, senador Tasso Jereissatti, não esconde a força, a importância inesperada, e a coragem com que age e se manifesta.

Tentaram "pacificar" o partido num almoço, Jereissatti colocou as coisas com tal independência  e segurança, que já deviam ter entendido ou até " adivinhado",que alguma coisa estava fora do lugar. Mas continuam brigando rasteiramente por insignificante interinidade. 

Enquanto isso acontece, Jereissatti e seu grupo, com autenticidade, representatividade e credibilidade, são tidos e havidos como o verdadeiro PSDB .E sabem de ciência própria, que para manterem a cidadela conquistada, têm que se manter integralmente contra  o AINDA presidenteTemer.

Os 4 companheiros de legenda, se  quiserem praticar suicídio político e eleitoral, que o façam, continuando nos ministérios esvaziados. 

PS- Como revelei, Aécio Neves garantiu  a Temer que o PSDB votará com o governo .

PS2- Isso só acontecerá ou aconteceria, se o grupo hoje majoritário, mudasse de posição, deixasse a oposição.

PS3- Jereissatti e o grupo que o mantém, têm objetivos definidos e defendidos, e cada vez se consolidam mais, partidariamente.

A INCÓGNITA PGR

Rachel Dodge TINHA condições, até internacionais, para exercer o cargo para o qual foi nomeada. Esse TINHA não é restrição, mas reflete o clima de duvida que se instalou. Existe incerteza e constrangimento, que não é culpa sua, mas tem a participação, talvez distraída e desatenta,  quase  chegando  ao ponto da colaboração.

 A culpa é toda do AINDA presidente Temer, preenchendo o cargo, deliberada e premeditadamente, 3 meses antes dele ficar vago. Aí ela não podia fazer nada, recusar a nomeação. Se ela não fosse Procuradora, fosse de fora, nenhum problema. Mas todo dia ela estava lá, sabia tudo o que acontecia.

E quando foi chamada a primeira vez pelo presidente, não podia deixar de ir, mas devia ter dito claramente: "Presidente, não posso vir aqui, minha posse está longe". Tivesse tomado essa decisão, não teria sido convocada, fora de hora e da agenda. Aí, seguramente colaborou.

E nos próximos 25 dias, até 18 de setembro, tudo o que ela disser ou fizer, será duvidoso. Inclusive seu comportamento em relação á Lava-Jato.

OS TEMPOS ERAM OUTROS

Satisfação quase diária, entrar na Câmara, cumprimentar o líder do governo, Gustavo Capanema, e o da oposição, Afonso Arinos de Mello Franco. Sentados lado a lado. Ia dar uma volta, direto para a Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Milton Campos.

Depois, Milton e Afonso foram senadores e Ministros. Capanema, Ministro da Educação, que teve a ideia de transformar a sede do ministério num monumento. Projetado por jovens arquitetos como Niemeyer, Lucio Costa, Gustavo Ready e tantos outros. Tudo acabou em 1960. 

Um abraço a todos, não sei se de saudade ou de decepção e frustração.  Principalmente neste momento, em que a Câmara trama e tropeça no lamaçal dos seus enlameados personagens.

O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, AINDA CHEGA A GILMAR MENDES

Em tão pouco tempo no Supremo, e citado desairosamente, já reprovado e conhecido negativamente. Nenhum pudor ou constrangimento. Na primeira decisão do plenário, agiu vergonhosamente. O Supremo julgava o fim do foro privilegiado. O relator Luiz Roberto Barroso, num voto magistral condenava o privilegio.

Votava a seguir o mais recente, ele, Alexandre de Moraes. Falou 1 hora e 40 minutos, pediu vista. Outros 3 ministros, em protesto, anteciparam o voto, está 4 a 1 contra o privilegio. Escrevi: "Só devolverá o processo, quando não puder mais atingir Temer, que o nomeou". Mais de 2 meses, e ele em silencio. 

Agora recuperou a voz e o voto, monocraticamente.  A OAB entrou com recurso no Supremo, pedindo que determine ao presidente da Câmara, que decida se aceita ou recusa os pedidos que já recebeu a respeito do impeachment de Temer.

Sorteado relator, Alexandre de Moraes recusou o pedido ostensivamente: "Essa questão é privativa da Câmara e do seu presidente, o Supremo não pode intervir em outro Poder".

Mas pode sanear sua própria "casa". E não deixar que um ministro contamine o todo.  

MADURO: "ESTUPRO INSTITUCIONAL"

A frase, perfeita e irrefutável é do PGR, Rodrigo Janot. È uma resposta obrigatória ao ditador da Venezuela, que declarou publicamente: "A Venezuela vai pedir a prisão da ex-Procuradora, que fugiu do país, e está no Brasil".

Alem de ditador, ignorante. Como a Venezuela tem Tratado de Extradição com o Brasil, poderia exercer o seu direito. Mas como ditador prefere a ilegalidade. Apesar da quadrilha que assaltou o poder, o Ministro do Exterior anunciou oficialmente: "Se ela pedir asilo, será atendida imediatamente". A comunidade  brasileira não aceitaria outra decisão.


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