O PSDB, DEFLAGRADO, CONFLAGRADO, DESINFORMADO E ULTRAPASSADO
HELIO FERNANDES
O partido
que já foi derrotado, fragorosamente, em 4 eleições presidenciais, (2002, 2006,
2010 e 2014) nem percebe que está envolvido em mais uma. E não pela
interinidade na presidência do partido, e sim pela efetividade, mais alta, de
outra presidência, a do país .E os 3 candidatos que foram sempre derrotados
pelo povo, agora nem chegarão lá.
Serra
que perdeu duas vezes, já confirmou , é candidato a governador. Aécio já
foi descartado para a interinidade, está mais perto da prisão do que da
indicação. Sobrou Alckmin, mas está longe do cenário onde se trava a batalha da
escolha.
Os
minoritários dentro do PSDB, foram encurralados e emparedados por uma jogada
política e eleitoral, tão surpreendente e audaciosa, que deviam ter compreendido,
que era hábil demais para disputar e conquistar o direito a uma interinidade .E
o seu autor, senador Tasso Jereissatti, não esconde a força, a importância
inesperada, e a coragem com que age e se manifesta.
Tentaram
"pacificar" o partido num almoço, Jereissatti colocou as coisas com
tal independência e segurança, que já deviam ter entendido ou até "
adivinhado",que alguma coisa estava fora do lugar. Mas continuam brigando
rasteiramente por insignificante interinidade.
Enquanto
isso acontece, Jereissatti e seu grupo, com autenticidade, representatividade e
credibilidade, são tidos e havidos como o verdadeiro PSDB .E sabem de ciência
própria, que para manterem a cidadela conquistada, têm que se manter
integralmente contra o AINDA presidenteTemer.
Os 4
companheiros de legenda, se quiserem praticar suicídio político e
eleitoral, que o façam, continuando nos ministérios esvaziados.
PS- Como
revelei, Aécio Neves garantiu a Temer que o PSDB votará com o governo .
PS2- Isso
só acontecerá ou aconteceria, se o grupo hoje majoritário, mudasse de
posição, deixasse a oposição.
PS3- Jereissatti
e o grupo que o mantém, têm objetivos definidos e defendidos, e cada vez se consolidam
mais, partidariamente.
A INCÓGNITA PGR
Rachel
Dodge TINHA condições, até internacionais, para exercer o cargo para o qual foi
nomeada. Esse TINHA não é restrição, mas reflete o clima de duvida que se
instalou. Existe incerteza e constrangimento, que não é culpa sua, mas tem a participação,
talvez distraída e desatenta, quase chegando ao ponto da
colaboração.
A
culpa é toda do AINDA presidente Temer, preenchendo o cargo, deliberada e
premeditadamente, 3 meses antes dele ficar vago. Aí ela não podia fazer nada,
recusar a nomeação. Se ela não fosse Procuradora, fosse de fora, nenhum
problema. Mas todo dia ela estava lá, sabia tudo o que acontecia.
E quando
foi chamada a primeira vez pelo presidente, não podia deixar de ir, mas devia
ter dito claramente: "Presidente, não posso vir aqui, minha posse está
longe". Tivesse tomado essa decisão, não teria sido convocada, fora de
hora e da agenda. Aí, seguramente colaborou.
E nos próximos
25 dias, até 18 de setembro, tudo o que ela disser ou fizer, será duvidoso.
Inclusive seu comportamento em relação á Lava-Jato.
OS TEMPOS ERAM OUTROS
Satisfação
quase diária, entrar na Câmara, cumprimentar o líder do governo, Gustavo
Capanema, e o da oposição, Afonso Arinos de Mello Franco. Sentados lado a lado.
Ia dar uma volta, direto para a Comissão de Constituição e Justiça, presidida
por Milton Campos.
Depois,
Milton e Afonso foram senadores e Ministros. Capanema, Ministro da
Educação, que teve a ideia de transformar a sede do ministério num monumento.
Projetado por jovens arquitetos como Niemeyer, Lucio Costa, Gustavo Ready e
tantos outros. Tudo acabou em 1960.
Um abraço
a todos, não sei se de saudade ou de decepção e frustração. Principalmente
neste momento, em que a Câmara trama e tropeça no lamaçal dos seus enlameados
personagens.
O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, AINDA CHEGA A GILMAR MENDES
Em tão
pouco tempo no Supremo, e citado desairosamente, já reprovado e conhecido
negativamente. Nenhum pudor ou constrangimento. Na primeira decisão do plenário,
agiu vergonhosamente. O Supremo julgava o fim do foro privilegiado. O relator
Luiz Roberto Barroso, num voto magistral condenava o privilegio.
Votava a
seguir o mais recente, ele, Alexandre de Moraes. Falou 1 hora e 40 minutos,
pediu vista. Outros 3 ministros, em protesto, anteciparam o voto, está 4 a 1
contra o privilegio. Escrevi: "Só devolverá o processo, quando não puder
mais atingir Temer, que o nomeou". Mais de 2 meses, e ele em
silencio.
Agora
recuperou a voz e o voto, monocraticamente. A OAB entrou com recurso no
Supremo, pedindo que determine ao presidente da Câmara, que decida se aceita ou
recusa os pedidos que já recebeu a respeito do impeachment de Temer.
Sorteado
relator, Alexandre de Moraes recusou o pedido ostensivamente: "Essa
questão é privativa da Câmara e do seu presidente, o Supremo não pode intervir
em outro Poder".
Mas pode
sanear sua própria "casa". E não deixar que um ministro contamine o
todo.
MADURO: "ESTUPRO INSTITUCIONAL"
A frase,
perfeita e irrefutável é do PGR, Rodrigo Janot. È uma resposta obrigatória ao
ditador da Venezuela, que declarou publicamente: "A Venezuela vai pedir a
prisão da ex-Procuradora, que fugiu do país, e está no Brasil".
Alem de
ditador, ignorante. Como a Venezuela tem Tratado de Extradição com o Brasil,
poderia exercer o seu direito. Mas como ditador prefere a ilegalidade. Apesar
da quadrilha que assaltou o poder, o Ministro do Exterior anunciou
oficialmente: "Se ela pedir asilo, será atendida imediatamente". A
comunidade brasileira não aceitaria outra decisão.
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